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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 432

                        Uso de bebida alcóolica por trabalhadores da construção civil:
                        avaliação do impacto nas famílias.

                        AUTOR PRINCIPAL: Bárbara Reccanello Beraldo |  AUTORES: Beatriz Ferreira Martins, Laís Fernanda Ferreira da Silva, e Magda Lúcia
                        Félix de Oliveira |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá | Maringá - PR  |  E-mail: baberaldo@hotmail.com
                          O crescente consumo de drogas e seus efeitos nas famílias e no trabalho são problemas graves para a Saúde Pública (VARGAS VILELA;
                          VENTURA; SILVA, 2010). O presente estudo, resultado parcial de dissertação de Mestrado em Enfermagem, objetivou avaliar o impacto
                          do uso abusivo de álcool em famílias de trabalhadores da Construção Civil. Do tipo exploratório - descritivo, realizado no município
                          de Maringá-Paraná, com 11 famílias dos trabalhadores, com diagnóstico médico de intoxicação alcoólica, cadastrados no Centro
                          de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário Regional de Maringá, no período de janeiro a junho de 2013. Os instrumentos
                          foram roteiros para a entrevista semi estruturada; a Escala do Risco Familiar de Coelho e Savassi (2004) e a Escala de Avaliação da
                          Sobrecarga dos Familiares, elaborada por Tessler e Gamache (1996). A coleta de dados foi realizada por análise documental nas fichas
                          epidemiológicas do Centro e entrevista domiciliar. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo COPEP/UEM, parecer 207.377/2013. Todos
                          os trabalhadores eram do sexo masculino, com média etária de 44 anos, baixa escolaridade e renda individual. A ocupação mais citada
                          foi pedreiro. A estratificação do risco apontou dez famílias com risco social, sendo cinco sob risco máximo, e características como
                          desemprego, baixas condições de saneamento, hipertensão arterial sistêmica e drogadição em um dos membros da família. Foram
                          identificadas dois tipos de sobrecarga: a sobrecarga objetiva – indicada pela maioria como preparar ou auxiliar no preparo dos alimentos
                          (81,8%), e supervisionar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas (54,4%); e a sobrecarga subjetiva, como lembrar o trabalhador sobre
                          a higiene pessoal(100%), e observá-lo “beber demais” (85,7%). O impacto do uso abusivo de álcool nas famílias foi agrupado em três
                          unidades temáticas: Relações familiares e o uso abusivo de álcool; O álcool destruindo os laços conjugais;Violência na família e reflexos
                          na comunidade de convivência.Embora o estudo tenha sido realizado com uma população específica, intencionou aproximar os serviços
                          de saúde como suporte dos familiares de trabalhadores usuários de álcool. Referências: COELHO, F. L. G.; SAVASSI, L. C. M. Aplicação
                          da escala de risco familiar como instrumento de priorização das visitas domiciliares. Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade, Rio de Janeiro, v.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          1, n. 2, p. 19-26, 2004. TESSLER, R. C; GAMACHE, G. M. The family burden interview schedule – short form (FBIS/SF). In: SEDERER, L.;
                          DICKEY, B. (Ed.). Outcome assessment in clinical practice. Baltimore: Williams & Williams, 1996. p. 110-2. VARGAS VILELA, M.; VENTURA,
                          C. A. A.; SILVA, E. C. Conocimientos de estudiantes de enfermería sobre alcohol y drogas. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.
                          18, n. esp., 2010. Palavras-chave: Relações familiares; Características da família; Bebidas alcoólicas.


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                        Relato de experiência: Pet-Saúde - Mapeando e conhecendo um
                        território de Curitiba

                         AUTOR PRINCIPAL: Caroline De Azevedo Levino |  AUTORES: Kauana Soares, Kamila Souza dos Santos, Gabriela Dockhorn Paluch,
                         Deivisson Vianna Dantas dos Santos. |  INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná | Curitiba-Pr |  E-mail: caroline.levino@gmail.com

                          O presente relato de experiência sintetiza e demonstra a participação no projeto PET-SAÚDE, em 2015, pelas alunas do curso de
                          Medicina da UFPR. O PET-SAÚDE foi instituído pela portaria interministerial nº421 de 03 de março de 2010 e, de acordo com o artigo 2º,
                          “tem como pressuposto a educação pelo trabalho, caracterizando-se como instrumento para qualificação em serviço dos profissionais
                          da saúde, bem como de iniciação ao trabalho, dirigidos aos estudantes dos cursos de graduação e de pós-graduação na área da saúde,
                          de acordo com as necessidades do SUS, tendo em perspectiva a inserção das necessidades dos serviços como fonte de produção de
                          conhecimento e pesquisa nas instituições de ensino”. Através desse projeto, pode-se conhecer com profundidade o território do Bairro
                          Novo da cidade de Curitiba de forma a mapear a existência de locais de extrema importância para o matriciamento da região, como,
                          por exemplo: CAPS, CRAS, Portal do Futuro, centros de Esporte e Lazer e Unidades Básicas de Saúde. Essas visitas aos instrumentos da
                          rede permitiram a consolidação de um conhecimento sistematizado que extrapolou as fronteiras do PET, pois além de permitir o acesso
                          ao conhecimento dos locais de referência em serviços que antes eram desconhecidos pelas alunas em início de graduação, ainda
                          tornou-se subsídio de discussões no Núcleo de Pesquisa em Saúde Mental e Coletiva da UFPR, de forma a permitir o compartilhamento
                          do conhecimento e da experiência com colegas que não tiveram a oportunidade de participar do PET, mas que através dos relatos
                          e discussões dirigidas puderam partilhar de todo o aprendizado, permitindo a todos reconhecer a necessidade e a importância de
                          aprender, desde o início dos cursos da área de saúde, que o “apoio matricial e equipe de referência são, ao mesmo tempo, arranjos
                          organizacionais e uma metodologia para a gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar as possibilidades de realizar-se clínica
                          ampliada e integração dialógica entre distintas especialidades e profissões.” (CAMPOS, 2007). Referências: REFERÊNCIAS: BRASIL,
                          Portaria interministerial nº 421, de 3 de março de 2010. Campos, G. W. de S., & Domitti, A. C. (2007). Apoio matricial e equipe de
                          referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cadernos de Saúde Pública, 23(2), 399¬407. Palavras-
                          chave: PET-SAÚDE, Matriciamento, Núcleo de Pesquisa em Maúde Mental e Coletiva da UFPR







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