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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 376

                        Ação de uma equipe multiprofissional e cuidados com diabéticos
                        em uma unidade saúde da família da região metropolitana de
                        Curitiba

                        AUTOR PRINCIPAL: Renata Cordeiro Fernandes  |  AUTORES: Marina Katz, Geórgia Patricia Gresolle, Doroteia Aparecida Höfelmann,
                        Sandra Patrícia Crispim  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná  |  Curitiba-PR |  E-mail: renatacordeirofernandes@gmail.com

                          Caracterização do problema: Unidade de Saúde da Família (USF), com aproximadamente 8,5% dos usuários com diabetes tipo II, dos
                          quais 25% em uso de hipoglicemiante oral associado à insulinoterapia. Sabendo se que muitos pacientes encontram-se vulnerabilidade
                          social, insegurança alimentar e nutricional, baixa escolaridade dos usuários, baixa compreensão ao tratamento dietoterápico e farmacológico,
                          viu-se a necessidade de ações especificas para o grupo de diabéticos da unidade de saúde (U.S). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: A diabetes é
                          uma doença crônica, de origem multifatorial. Age de modo lento, progressivo e silencioso e que se não controlada pode causar nefropatias,
                          retinopatias, perda de sensibilidade neuro-periféricas, além de aumentar risco de amputações por problemas circulatórios e cicatrização
                          (FRANCISCO, 2010; SBD, 2015). Descrição da experiência: Por meio de convites e cartazes na comunidade, com data divulgada para um
                          sábado, no mês de novembro de 2015 a U.S abriu exclusivamente para atendimento e cuidado do diabético. Anteriormente a equipe toda de
                          saúde foi capacitada na temática da diabetes, com relação aos cuidados, manejos, procedimentos, protocolos a fim de ofertar o serviço mais
                          adequado ao paciente e sua família. Aconteceram consultas, solicitação de exames laboratoriais, avaliação de sensibilidade nos pés. Os
                          pacientes foram avaliados, e encaminhados para a Nutricionista integrante do Programa Multiprofissional de Residência em Saúde da Família
                          (PMRSF) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os quais receberam orientação nutricional na mesma semana. Efeitos alcançados:
                          Muitos pacientes, por diversos motivos não podem vir a U.S durante a semana, postergando assim suas consultas. Com abertura da unidade
                          ao sábado para uma ação especifica, atraíram-se muitos pacientes. Além disso, pôde se ofertar serviços os quais nem sempre são realizados
                          de modo rotineiro das consultas como, por exemplo, avaliação de sensibilidade e micose nos pés. Recomendações: Ações como estas
                          devem ocorrer de modo periódico, visando outras doenças crônicas além da diabetes. Palavras-chave: Diabetes. Nutrição. Amputação.
                          Referências: FRANCISCO, PMSB et al . Diabetes auto-referido em idosos: prevalência, fatores associados e práticas de controle. Cad.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 1, p. 175-184, Jan. 2010. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/csp/v26n1/18.pdf. Acesso em:
                          28/03/2016 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2014-2015. Sociedade Brasileira
                          de Diabetes; [organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio]. – São Paulo: AC Farmacêutica, 2015. Disponível em: http://www.
                          diabetes.org.br/images/2015/area-restrita/diretrizes-sbd-2015.pdf. Acesso em: 28/03/2016


                        EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 381

                        A descentralização e a realidade do financiamento
                        em saúde nos municípios de pequeno porte

                        AUTOR PRINCIPAL: Camila Ribeiro Silva  |  AUTORES: Brígida Gimenez Carvalho  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina  |
                        Londrina-PR  |  E-mail: camilarsilva@hotmail.com
                          A descentralização do SUS em nível municipal reproduz as relações fiscais entre os entes federativos e faz com que o tema do financiamento
                          e a provisão dos serviços de saúde sejam complexos, trazendo à tona a fragilidade fiscal brasileira. Existe desigualdade na capacidade de
                          financiamento do sistema de saúde entre os municípios relacionada ao porte populacional, arrecadação fiscal e capacidade instalada, o que
                          se reflete em diferentes realidades quanto aos orçamentos em saúde e a possibilidade de acesso universal ao Sistema. O financiamento
                          do SUS necessita de participação mais efetiva dos estados e da união, porém esta participação vem diminuindo ao longo dos anos,
                          ocasionando dificuldades para a gestão municipal. O estudo teve como objetivo descrever o financiamento do SUS em uma região de saúde
                          (RS) do Estado do Paraná. Utilizou-se a estratégia de estudo de caso único, tendo como unidades de análise os 18 municípios com até
                          20.000 habitantes pertencentes à RS, considerados municípios de pequeno porte (MPP). Os dados dos orçamentos municipais em saúde
                          foram coletados por meio de entrevistas com os gestores, membros da equipe de gestão e com a diretora administrativa do Consórcio
                          Intermunicipal de Saúde (CIS). Os dados de financiamento foram coletados em base de dados secundários (SIOPS). Em 2014 o gasto total
                          em saúde (GTS) para toda a RS foi de 126 milhões de reais. Deste montante, 88 milhões (69.6%) foram pagos com recursos próprios
                          dos municípios. Em relação aos MPP, os gastos foram proporcionalmente maiores: dos 79,4 milhões gastos, 57,6 milhões (72,5%) foram
                          pagos com recursos próprios dos municípios. A média de gastos com recursos municipais na RS foi de 69,7%, variando de 57,2, a 81,8%.
                          Existem nos orçamentos municipais despesas para provisão de serviços de Média Complexidade, tais como pagamento de mensalidade
                          do CIS; compra e contratualizações complementares para a realização de consultas e de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico.
                          A média de gastos constitucionais para os municípios no período estudado foi de 23,9%. A forma de configuração do SUS acarreta
                          dificuldades de gestão, pois a maior parte do financiamento está sobre os municípios, embora não exista proporcionalmente a mesma
                          capacidade de arrecadação fiscal. Esta problemática é difícil solução devido à progressiva diminuição da participação do estado e da união
                          no financiamento em saúde e ao aumento desta responsabilidade sobre os municípios, principalmente os de pequeno porte. Palavras-
                          chave: Sistemas de Saúde.Financiamento Público. Gestão em Saúde.
                          Referências: CFM. Conselho Federal de Medicina. A participação federal no SUS diminui. Conselho Federal de Medicina.Jornal Medicina,
                          n.245, jun./2015a. 12p. Disponível em: http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/?numero=245. Acesso em 25/01/2016. DAIN, S. Os
                          impasses do financiamento fiscal do SUS. Revista Trabalho e Educação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 6, n. 3, p. 623-632, jan./2008-
                          fev./2009. SIOPS. Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde. Despesas em Saúde Região Macronorte do Estado do
                          Paraná, 2014. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br. Acesso em 10/08/2015. TREVISAN, L. M.; JUNQUEIRA L. A. P. Construindo o
                          “pacto de gestão” no SUS: da descentralização tutelada à gestão em rede. Revista Ciência & Saúde Coletiva, n. 12, v. 4, 2007, p.893-902.
         196              VIANA, A. L. D. Financiamento da Saúde: Impasses ainda não resolvidos. Revista Trabalho e Educação em Saúde. v. 6, n. 3, nov/2008. p.
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