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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 359
Perfil das missões do aeromédico Paraná Urgências/Samu
- Base Cascavel/PR
AUTOR PRINCIPAL: Vanessa Coldebella | AUTORES: Liandra Kasparovisk Grando, Franciele Foschiera Camboin,
Rodrigo Nicácio Santa Cruz | INSTITUIÇÃO: SESA - 10ª REGIONAL DE SAÚDE | Cascavel-PR | E-mail: vanessacolde@gmail.com
A implantação do serviço aeromédico PRU/SAMU – base Cascavel deu-se em 22 de janeiro de 2014, uma evolução no atendimento
das urgências e emergências, pré e inter-hospitalar buscando chegar o mais precocemente a vítima após o agravo a saúde que possa
levar a sequelas e ou morte, prestando um atendimento qualificado e ágil da origem ao destino, conforme a Portaria do MS 2048/02.
O transporte é feito por helicóptero (asa rotativa) obedecendo as normas estabelecidas pela Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC)
com conjunto aeromédico, equipamentos médicos fixos e móveis, maletas contendo materiais e medicamentos (BRASIL,2006). Os
pacientes devem estar o mais estabilizado possível, considerando que dentro da aeronave o espaço físico é reduzido, trazendo limitação
na mobilidade, além de altitude, condições climáticas instáveis e ruídos constantes (SHWEUTZER et al, 2011). Assim, traçamos o perfil
das missões que totalizaram 563 atendimentos realizados, desde janeiro de 2014 a janeiro de 2016. Destes 320 masculinos e 243
femininos. Compreendendo as faixas etárias: neonatal 99, pediátrico 75, adultos 199 e idosos 190. A classificação por patologias:
causas externas 108, neonatais 99, respiratórias 93, cardiovasculares 106, neurológicas 70, sistema digestório endócrino e renal 35,
sistema circulatório e infectologia 27, oncologia 15 e obstétrica 10. Como benefício, o atendimento realiza transferências dos pacientes
em menor tempo para as referências de diagnóstico e alta complexidade para tratamento definitivo, diminui a taxa de mortalidade e
morbidades, transformando a realidade no atendimento da urgência e emergência dentro do sistema público de saúde (SUS). Palavras-
chave: Aeromédico. Perfil. Atendimento.
Referências: SHWEUTZER, G. N. et al. Protocolo de cuidados de enfermagem no ambiente aeroespacial à pacientes traumatizados -
cuidados durante e após o voo. Texto contexto - enferm. V.20, n3, p 478-85, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Departamento de Atenção à Saúde Especializada. Regulação Médica das Urgências. Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção à Saúde Especializada. – Brasília: Editora Ministério da Saúde, 2006. 126p.: il.
EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 364
Modelo de crenças em saúde e possibilidades de mudanças
no cotidiano de famílias de crianças intoxicadas
AUTOR PRINCIPAL: Camila Cristiane Formaggi Sales | AUTORES: Marcia Regina Jupi Guedes, Tuanny Kitagawa, Patrícia Suguyama,
Magda Lúcia Félix de Oliveira. | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá - UEM | Cidade - ESTADO | E-mail: Maringá-PR
O objetivo foi identificar mudanças no cotidiano domiciliar de crianças intoxicadas atendidas em uma unidade de urgência, que poderia
funcionar como “ponto de virada” para aquisição de comportamentos preventivos nas famílias. Estudo descritivo e observacional, à luz
do Modelo de Crenças em Saúde (ROSENSTOCK, 1974), realizado com familiares de 11 crianças intoxicadas e atendidas na Sala de
Estabilização e Reanimação do Pronto Socorro ou na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um hospital ensino da região Noroeste
do Paraná. A coleta dos dados ocorreu nos meses de março a outubro de 2015, por meio de análise documental, e observação com
participação moderada e entrevista domiciliar. As fontes de dados foram a ficha de Relação Mensal dos Pacientes Internados e a ficha
de Ocorrência Toxicológica do Centro de Controle de Intoxicações. As entrevistas foram gravadas e os depoimentos foram transcritos e
analisados por meio da análise de conteúdo temática, segundo as dimensões: susceptibilidade e severidade percebidas, e benefícios
e barreiras à prevenção (ROSENSTOCK, 1974). Das 11 crianças internadas, nove eram do sexo masculino, com idade até dois anos; a
principal circunstância da intoxicação foi o acidente individual; e a maioria das intoxicações aconteceu na residência, com a presença dos
pais e nos finais de semana. Seis casos foram classificados clinicamente como moderados e cinco como graves. A maioria das famílias
apresentava renda entre um a três salários mínimos, com dois filhos, e utilizavam as unidades básicas de saúde como referência única
para atenção à saúde. A análise das dimensões do Modelo de Crenças em Saúde indicaram que a susceptibilidade para a intoxicação
nos domicílios era percebida, mas a severidade do evento era negligenciada pela família. Também, os benefícios do comportamento
preventivo não eram percebidos e as famílias relataram barreiras ligadas aos serviços de saúde, principalmente ao acesso e vínculo
com profissionais de saúde. Atividades domiciliares de profissionais da atenção básica não foram informadas por nenhuma família, que
indicaram pressão social da escola, e críticas do serviço de saúde e da própria família expandida quando a intoxicação ocorreu. Os
resultados apontam à necessidade de ações e apoio domiciliar, pois a intoxicação não funcionou como "ponto de virada" para mudanças
no ambiente domiciliar e social das famílias após a alta hospitalar. Palavras-chave: Saúde da criança, Envenenamento, Família, Modelo
de crenças em saúde, Enfermagem em saúde comunitária.
Referências: ROSENSTOCK, I.M. The health belief model and preventive health behavior. Health Education Monographs, v.2, p.354-
387, 1974.
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