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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 369


                Implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família
                no Estado do Paraná: um olhar para os processos de
                trabalho na Atenção Básica à Saúde

                AUTOR PRINCIPAL: Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix  |  AUTORES: Regina Melchior, Kátia Santos de Oliveira, Paula Roberta Rozada Volponi,
                Melissa Aparecida Mattos Vernini  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina  |  Londrina-PR  |  E-mail: sbmeirelles@hotmail.com
                  Introdução:  O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) é constituído por equipes, com profissionais de diferentes áreas de
                  conhecimento, que devem atuar em conjunto com as equipes de Saúde da Família (SF), para transpor a lógica fragmentada ainda
                  hegemônica no cuidado à saúde, utilizando ferramentas como o apoio matricial, que pretende oferecer tanto retaguarda assistencial
                  quanto suporte técnico-pedagógico às equipes de referência. Por se tratar de um processo ainda em construção, demandar mudanças
                  de práticas, e apresentar obstáculos em sua implementação, justificou-se este estudo que teve como objetivo compreender como o
                  apoio matricial vem sendo desenvolvido em dois municípios de grande e médio porte do Paraná, considerando o processo de trabalho
                  do NASF, a prática da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e utilização como instrumento no processo de mudança pelos gestores
                  de saúde. Metodologia: Pesquisa exploratória, descritiva, do tipo qualitativo, realizado em um município de grande porte do Norte
                  do Paraná. Os instrumentos de investigação foram a observação, a entrevista e a análise documental, e para análise dos dados está
                  sendo utilizada a técnica de análise de conteúdo. Resultados e Discussões: As análises sugerem que muitas ações são realizadas
                  com perspectiva normativa (protocolos), com trabalhos direcionados pela demanda e norteados por propostas federais e estaduais.
                  Há dificuldade na organização das agendas para proporcionar momentos de encontros e interação entre os profissionais do NASF
                  e eSF. Dentre as dificuldades, relatam problemas com a formação em saúde dos profissionais do NASF e com os tipos de vínculos
                  e contratos dos profissionais, gerando alta rotatividade, ausência de planejamento conjunto (eSF+NASF) das ações nas unidades, e
                  responsabilização somente do NASF pelos grupos com a comunidade. Com relação ao matriciamento, há um início de implantação desta
                  prática, porém, ainda em um momento de disseminação desta tecnologia e de articulação dos profissionais para seu uso. Porém ainda
                  com predomina a fragmentação do cuidado, e a lógica do encaminhamento, mesmo no interior da equipe. Conclusão: Há necessidade
                  de produção de espaços de reflexão e análise para os trabalhadores das equipes de saúde da família, NASF e gestores envolvidos nesse
                  processo de trabalho para que possam produzir e disseminar inovações na prática do apoio matricial e potencializar o trabalho das
                  equipes.  Palavras-chave: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Processo de trabalho. Apoio matricial.
                  Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção
                  Básica no 39. Núcleo de Apoio à Saúde da Família – Volume 1: Ferramentas para a gestão e para o trabalho cotidiano/ Ministério da
                  Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. CAMPOS, G.W.S. Equipes
                  de referência e apoio especializado matricial: um ensaio sobre a reorganização do trabalho em saúde. Ciência Saúde Coletiva, v.4, n.2, p.
                  393-403, 1999. CAMPOS, G. W. S. Apoio matricial e práticas ampliadas e compartilhadas em redes de atenção. Psicologia em Revista,
                  Belo Horizonte, v. 18, n. 1, p. 148-168, abr. 2012 CAMPOS, G.W.S; DOMITTI. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia
                  para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.23, n.2, p.399-407, fev.2007. CUNHA, G. T.;
                  CAMPOS G. W. S. Apoio Matricial e Atenção Primária em Saúde. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.20, n.4, p.961-970, 2011


                EIXO TEMÁTICO:  Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde     TRABALHO 372

                 Regionalização e redes de atenção à saúde como
                 desafio na saúde mental

                 AUTOR PRINCIPAL: Eveline Cristina dos Santos  |  AUTORES: Eliane de Cácia Harmuch, Jefferson de Quadros  |
                 INSTITUIÇÃO: SIM-PR  |  Guarapuava-PR |  E-mail: evedomm@hotmail.com
                   Introdução: A Regionalização tem sido apontada como um dos principais desafios para viabilizar a equidade e a integralidade do SUS.
                   O avanço do processo de regionalização pode interferir positivamente no acesso à saúde. Os Consórcios Intermunicipais de Saúde são
                   uma iniciativa autônoma de municípios localizados em áreas geográficas contíguas, que se associam para gerir e prover conjuntamente
                   serviços especializados e de apoio diagnóstico de maior densidade tecnológica à população das municipalidades participantes. Tendo
                   em vista a necessidade da população um serviço diferenciado de caráter regional foi concebido para complementar a Rede de Atenção
                   Psicossocial organizada no Centro-Oeste do Estado do Paraná. A fim de organizar os serviços públicos de saúde para promover o cuidado
                   integral às pessoas com sofrimento, transtornos mentais ou necessidades decorrentes do uso de drogas, O SIM-PR localizado em
                   Guarapuava é administrado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Centro-Oeste (CIS Centro-Oeste). E é uma unidade de referência
                   para atendimento dos 20 Municípios pertencentes à 5ª Regional de Saúde, que oferece assistência especializada a dependentes de
                   álcool, crack e outras drogas. Objetivos: •Apresentar a organização da Rede Regional de Saúde Mental na Região Centro-Oeste/PR;
                   •Destacar a importância da atenção no cuidado integral de pessoas com sofrimento, transtornos mentais e/ou necessidades decorrentes
                   do uso de drogas, como desafio na saúde mental; Metodologia: Trabalho a ser apresentado como sistematização de experiências e
                   propostas de intervenção; Resultados: Com a implantação desse serviço, foi possível atender em 2014 cerca de 230 pessoas foram
                   atendidas no CAPS Adulto e 164 pessoas na Unidade de Acolhimento. No CAPS Infantil foram atendidas cerca de 30 pessoas e na
                   Unidade de Acolhimento 26 pessoas. Em 2015 cerca de 1120 pessoas foram atendidas no CAPS Adulto e 214 pessoas na Unidade
                   de Acolhimento. No CAPS Infantil foram atendidas cerca de 210 pessoas e na Unidade de Acolhimento 24 pessoas. Conclusão: Para
                   um trabalho dessa amplitude, o CAPS AD III – Regional compreende a estrutura da comunidade da qual esta inserida sua organização,
                   seus problemas, as diferentes formas como seus membros vivem, suas crenças, valores e normas que regem suas necessidades e as
                   maneiras de satisfazê-las. Palavras-chave: Regionalização. Saúde Mental.
                   Referências: VILAÇA, E. V. As Redes de Atenção a Saúde. Ciência e Saúde Coletiva. Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais.   195
                   Belo Horizonte, 2010. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº121, de 25 de Janeiro de 2012. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº3. 088,
                   de 23 de Dezembro de 2011.
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