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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 412

                         Consumo alimentar em ambiente escolar por adolescentes
                         matriculados na rede pública estadual, Colombo-PR.

                         AUTOR PRINCIPAL: Ana Flavia Fontes |  AUTORES: Alexsandro Wosniaki; Suely Teresinha Schmidt |  INSTITUIÇÃO: Universidade Federal
                         Do Paraná | Curitiba - PR |  E-mail: anafontesflavia@gmail.com
                          A adolescência é a fase compreendida entre 10 a 19 anos, marcada pela transição da infância para vida adulta e por mudanças
                          biopsicossociais. É considerado um grupo vulnerável a risco nutricional em função dos hábitos alimentares e estilo de vida. A escola atua
                          como promotora de Segurança Alimentar e Nutricional, ofertando alimentação pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE),
                          com o intuito de assegurar parte das necessidades nutricionais aos alunos. Este estudo é parte do projeto “Consumo alimentar de
                          adolescentes matriculados na rede pública estadual de ensino de Colombo-PR” e seu objetivo é avaliar o consumo alimentar no ambiente
                          escolar e o estado nutricional de adolescentes. O estudo é de caráter transversal, observacional e analítico. O consumo alimentar (CA)
                          foi avaliado pela aplicação do Inquérito Recordatório de 24 horas. Para avaliação de CA os adolescentes foram categorizados em
                          grupos de acordo com o consumo em ambiente escolar: os que não consomem nada; aqueles que consomem a alimentação escolar
                          (AE); aqueles que consomem alimentos competidores (AC) e os que consomem ambos AE e AC, ou seja, alimentação mista (AM).Para
                          o estado nutricional realizou-se antropometria, com utilização do programa Antrho Plus®,com o uso das curvas de Índice de Massa
                          Corporal. A população estudada foi de 359 adolescentes sendo 55,5% do sexo feminino; quanto ao estado nutricional, 29,5% dos
                          adolescentes estão com excesso de peso, o grupo que representou o maior excesso de peso foi o dos que aderem AC, correspondendo,
                          37%. Em relação ao consumo em ambiente escolar 47,9% alunos não consumiram nenhum tipo de alimento no ambiente escolar,
                          14,9% consumiram  AE, 31,8% AC e 5,8%  AM. Os grupos AE  e mista consumiram  mais proteínas, sódio, fibras, cálcio, magnésio,
                          vitamina A e C, ferro e zinco quando comparados ao grupo AC. A inadequação da ingestão dos nutrientes preconizados pelo PNAE
                          (20% das necessidades nutricionais diárias) é incidente nos adolescentes que consomem alimentação escolar, sugerindo uma falha
                          do programa. O presente estudo conclui que AE não está contemplando as recomendações do PNAE, e que a AM obteve consumo
                          superior dentre as categorias de consumo, em relação ao estado nutricional é expressivo o excesso de peso. Portanto, são necessárias
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          medidas de intervenção nutricionais a fim de estimular escolhas alimentares mais saudáveis, inserir ações de educação nutricional e
                          maior fiscalização na aplicabilidade do PNAE para que sua adesão seja plena.Palavras-chave: Cuidado da Criança, Automedicação,
                          Saúde Pública.
                          Referências: ACCIOLY, E. A escola como promotora da alimentação saudável. Instituto de Nutrição Josué de Castro, UFRJ. Ciência em
                          tela, vol.2, n.2, 2009. EISENSTEIN, E. et al. Nutrição na adolescência. Jornal de Pediatria, vol.3, supl. 76, 2000. PRIORE, S. E. et al.
                          Nutrição e saúde na adolescência. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2010, 460p. WHO, World Health Organization. Growth references BMI
                          – for- age 5 -19 years, 2006. Disponível em: http://www.who.int/growthref/who2007_bmi_for_age/en/.


                        EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 413

                        Indicadores de Risco Psíquico e o processo de implantação dos
                        Núcleos de Atenção ao Desenvolvimento da Criança - NADC

                        AUTOR PRINCIPAL: Silvia Karla Azevedo Vieira Andrade |  AUTORES: Maribel Sales de Melo; Cristina de Almeida |  INSTITUIÇÃO:
                        Cismepar; Espaço Escuta  | Londrina - PR |  E-mail: silviakarla77@gmail.com
                          Os Núcleos de Apoio ao Desenvolvimento aa Criança constituem uma proposta inivadora de formação aos profissionais da saúde,
                          educação e assistência social propondo um novo olhar clínico a partir dos riscos psíquicos da criança, que vão além das questões
                          do crescimento e da maturação, destacando a importância do desenvolvimento global e da atuação transdisciplinar. A proposta de
                          implantação dos Núcleos de Apoio ao Desenvolvimento da Criança surgiu a partir da estruturação do Centro Mãe Paranaense, que oferece
                          um diferencial na atenção integral e transdisciplinar, e fora implantado por iniciativa da Secretaria Estadual de Saude, considerando as
                          lacunas assistenciais que se apresentavam no âmbito da assistência especializada. Com a implantação junto ao Cismepar, verificou-se
                          que tambem os riscos psíquicos de gestantes e bebês são entraves significativos para a redução dos índices de mortalidade materno-
                          infantil, especialmente casos evitáveis, sendo fundamental a prevenção da doença mental. A estrategia de atuação do NADC baseia
                          em um novo olhar acerca dos indicadores de risco, conceituando a constituição subjetiva do sujeito, o vínculo mãe-bebê, aspectos
                          estruturais e instrumentais do desenvolvimento infantil  e outras questões inerentes ao perfil clínico, social e psíquico da gestação do
                          risco intermediário e bebês de risco. O projeto desenvolvido contemplou a implantacao de uma escola de saude tendo como publico alvo
                          os profissionais da atencao primaria em saude, atores do setor educacao e assistencia social, conselho tutelar, entre outros. O programa
                          de formacao contempla 8 módulos, totalizando 64 horas de formação na primeira etapa, que seguem com encontros mensais de
                          matriciamento, além da segunda etapa de formacao com 16 horas, os resultados obtidos foram o compartilhar de saberes entre todos
                          os níveis de atenção, o avanço da multidisciplina para a interdisciplina e transdisciplina na região, mudança nas práticas do cotidiano nas
                          ações da atenção primária em saúde, educação e assistência social, integração para atuação em equipe e em redes intersetoriais, entre
                          os atores envolvidos, alem da apropriação de um novo olhar clínico para a avaliação e o cuidado de gestantes e bebês, com enfoque nos
                          riscos psíquicos para a constituição do sujeito. Esta experiencia evidencia que alem das questoes organicas do crescimento, torna-se
                          fundamental a ampliacao do cuidado na rede materno infantil para um novo olhar com enfoque no desenvolvimento global da criança.
                          Palavras-chave: Rede materno-infantil; desenvolvimento da crianca; psicanalise; constituicao subjetiva.
                          Referências: BERNARDINO, L. O que a psicanálise pode ensinar sobre a criança, sujeito em cons- tituição. São Paulo: Escuta, 2006.
                          JERUSALINSKY, A. Psicanálise e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Artes Mé- dicas, 1989. _____. Enquanto o futuro não vem.
                          Salvador: Ágalma, 2002.
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