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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 449

                Transporte do recém-nascido do hospital até o domicílio:
                Realidade de Cascavel/Paraná

                  AUTOR PRINCIPAL: Franciele Foschiera Camboin |  AUTORES: Franciele Foschiera Camboin; Marta Angélica Iossi Silva; Liandra
                  Kasparowiz Grando; Vanessa Coldebella  |  INSTITUIÇÃO: UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná | CASCAVEL - PR |  E-mail:
                  smfran@hotmail.com.br

                   As mortes, hospitalizações e sequelas por acidentes de trânsito são a grande preocupação no cenário da saúde mundial e das políticas
                   brasileiras. A criança encontra-se muitas vezes predisposta a acidentes, indefesa e vulnerável a violências, por sua imaturidade,
                   curiosidade e intenso crescimento e desenvolvimento (MARTINS; ANDRADE, 2005). O profissional da saúde, ao conhecer as fases do
                   desenvolvimento e crescimento das crianças e adolescentes, têm condições de promover orientações de prevenção, correlacionando
                   os acidentes e sua prevenção no contexto do desenvolvimento (WAKSMAN; PIRITO, 2005). O objetivo deste estudo foi conhecer como
                   acontece o transporte do recém-nascido do hospital até o domicílio, ou seja, qual o meio de transporte que os pais ou responsáveis
                   utilizaram ao sair, qual o local de residência, a distância que seria percorrida com o recém-nascido dentro do meio de transporte, qual
                   o percurso realizado. Tratou-se de pesquisa exploratória, realizado por meio de questionário aplicado ao pai ou responsável pela criança
                   na alta da maternidade, totalizando 30 entrevistados. Em relação ao meio de transporte utilizado ao sair do hospital, 14 (46,7%) saíram
                   em carro próprio, sete (23,3%) saíram com carro de familiar/amigo, dois (6,7%) utilizaram o táxi como meio de transporte e sete (23,3%)
                   entrevistados utilizaram outros meios, esses meios eram carro da saúde ou ambulância do município à qual o mesmo pertencia, e até
                   mesmo ônibus. Em relação ao local de residência, a maioria dos entrevistados 18 (60%), mora no município de Cascavel/PR à qual o
                   hospital pertence, os outros 12 (40%) entrevistados moram em cidades vizinhas a Cascavel/PR. Em relação à distância a ser percorrida
                   durante o trajeto do hospital até a residência, 19 (63,3 %) entrevistados percorreram uma distância menor que 30 km, e 11 (36,7%),
                   participantes percorreram uma distância maior que 30 km ao retornar para casa. Independente se a distância a ser percorrida é pequena
                   ou longa, o cuidado deve ser o mesmo. Por não ser algo obrigatório por lei em todos os modelos de veículos, como transporte em
                   ambulâncias, táxis, ônibus e outros veículos utilizados para o transporte coletivo, os pais acabam transportando seus filhos de forma
                   inadequada. Para que esse quadro mude, necessitamos de políticas e intervenções mais efetivas, tendo na educação dos motoristas,
                   o meio essencial para promover mudanças no comportamento dos mesmos.Palavras-chave: Acidentes de Trânsito; Prevenção de
                   Acidentes; Educação em saúde.
                   Referências: MARTINS, C. B. G.; ANDRADE, S.M. Causas externas entre menores de 15 anos em cidade do Sul do Brasil: atendimentos
                   em pronto-socorro, internações e óbitos. Rev. Bras. Epidemiologia, v. 8, n. 2, p. 194-204, 2005. WAKSMAN, R. D.; PIRITO, R. M. B. K. O
                   pediatra e a segurança no trânsito. Jornal de Pediatria, v. 81, n. 4, p. 181-188, 2005.




                EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 453
                Missões do serviço aeromédico da base Cascavel por causa
                externas: Relato de experiência

                  AUTOR PRINCIPAL: Franciele Foschiera Camboin |  AUTORES: Vanessa Coldebella; Liandra Kasparovisk Grando |  INSTITUIÇÃO:
                  UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná | CASCAVEL - PR |  E-mail: smfran@hotmail.com.br
                   O aumento dos acidentes e violências configura um problema de saúde pública que tem causado impacto na mortalidade e morbidade
                   resultando em alterações no perfil epidemiológico e demográfico da população brasileira. As lesões por causas externas é a primeira causa
                   de morte em adultos jovens entre10 a 39 anos (WHO, 2014). Os acidentes e as violências ou causas externas de morbimortalidade,
                   estão representados no Capitulo XX da Classificação Internacional de Doenças ¬ 10a Revisão (CID-10) e são constituídos pelos
                   acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, outras violências (intoxicações, acidentes de trabalho, queimaduras, quedas, afogamentos,
                   entre outros) e daquelas causas externas não especificadas se acidentais ou intencionais (OMS, 1998). Em 2013, segundo dados do
                   Departamento de Informática do SUS, houve no Brasil 150.310 mil óbitos por causas externas. No estado do Paraná foram 8.953 mil
                   óbitos e no município de Cascavel 270 óbitos. Nesse mesmo ano, 493 pessoas ficaram com sequelas devido às causas externas no
                   Brasil. (BRASIL, 2013). Assim, este estudo objetiva apresentar os atendimentos realizados pelo serviço aeromédico da base Cascavel
                   nos anos de 2014 e 2016. Foram realizados durante os dois, anos aqui destacados, 563 atendimentos. Em relação às causas externas
                   foram realizados 108 transportes destes, 76 homens e 32 mulheres. Quanto a faixa etária 21 atendimentos foram de zero a 14 anos,
                   75 de 15 a 59 anos e 12 acima de 60 anos. Dentre as causas, foram atendidos 26 grandes queimados, que foram encaminhados
                   para a unidade de referência em atendimentos a queimados em Londrina. Os demais atendimentos de traumatismos crânio encefálicos,
                   politraumas, intoxicações exógenas, ferimentos por arma de fogo, arma branca e corte contuso, traumas raquimedulares e traumas
                   abdominais foram encaminhados ao Hospital Universitário do Oeste do Paraná. O atendimento aeromédico iniciou em 2014 e trouxe
                   vários resultados positivos para a população da região. O transporte realizado pelo helicóptero resulta no aumento das chances de
                   sobrevida do paciente. O tema resgate aéreo é pouco abordado e divulgado, assim é importante divulgar estes dados sobre esse serviço
                   e o atendimento prestado. Palavras-chave: Causas externas; resgate aéreo; saúde.
                   Referências: BRASIL . Morbidade Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. DATASUS. Sistema de Informações Sobre Mortalidade
                   2003 a 2010. Disponível em: Acesso em 10 jul. 2013. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Injuries. Disponível em: . Acesso em:
                   25 mar. 2014.
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