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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 454

                        Violência: um desafio a ser enfrentado

                          AUTOR PRINCIPAL: Melânia Aparecida Agustinha Marin |  AUTORES: Andrieli Roberta Gerardi, Denise Liell, Juliana Sales , Vania Frigotto |
                          INSTITUIÇÃO: SESA - Secretaria de Estado da Saúde/20ª Regional de Saúde | Toledo - PR |  E-mail: melaniaaamarin@hotmail.com
                          Observa-se que “maior que qualquer pandemia infecciosa, a violência toma conta do mundo inteiro. Sem causa específica, atribuída a
                          todo tipo de falta ou insuficiência, tendo sido concentrada nas grandes guerras ou nas guerras colonial mais remotas aos centros em
                          conflito, a violência se apresenta mais difusa a cada dia e assim vai se configurando em lugar comum, uma epidemia que se transforma
                          numa endemia conhecida de todos, crescendo entre a miséria e a opulência, cada vez mais naturalizada e menos estranha ao olhar
                          acostumado”(CONASS, p. 14, 2007). A violência não é natural e resultado do desequilibro das relações sociais, econômicas e políticas,
                          “(...) mais cruel dos produtos que acabamos gerando em nome do crescimento econômico, da transformação de tudo em mercadoria,
                          da  civilização  ocidental  que  se  mundializa  sob  égide  do  capital  global”(CONASS,  p.15,  2007)  e  os  serviços  de  saúde  não  atuam
                          diretamente sobre as causas objetivas da violência, não tem alcance aparente sobre sua determinação e permanecem contemplando a
                          generalização da epidemia, atendendo vítimas sem cessar, cuja recuperação é incerta e muitas vezes insatisfatória, mas sempre e cada
                          vez com maiores custos em trabalho, em atenção intensiva, em leitos e em recursos materiais. Por outro lado, “não há talvez outro setor
                          de atividade tão bem organizado e presente na vida das pessoas do que o setor saúde, cuja principal característica é proteger desde a
                          coletividade até o indivíduo por meio do cuidado”(CONASS, p.15, 2007). Buscando ampliar essa discussão no dia a dia dos profissionais
                          de saúde, qualificar o atendimento aos usuários vítimizados e atuar na prevenção da violência doméstica e no trânsito inicialmente
                          acessando os recursos financeiros disponíveis nos níveis Federal e Estadual, fomentou-se a discussão com os gestores e técnicos da
                          saúde dos municípios da área de abrangência da 20ª Regional de saúde. Os resultados alcançados podem ser visualizados em duas
                          dimensões: a primeira no acesso aos recursos disponíveis sendo que dos dezoito municípios dezessete tiveram projetos contemplados.
                          A segunda diz respeito a criação dos Núcleos de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde estabelecidos pela Portaria MS/GM
                          nº 936 de 19/05/2004 sendo criados em 07 municípios. O desafio é a criação dos Núcleos de Prevenção das Violências e Promoção
                          da Saúde para qualificar as ações de cuidado e prevenção, a notificação compulsória e a aplicação dos recursos financeiros. Palavras-
                          chave: violência, qualificação, cuidado, prevenção.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço
                          / Secretaria de Políticas de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Brasil.Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Violência:
                          uma epidemia silenciosa. Brasília,CONASS, 2007. Mafioletti, T.M.; Perez, E. L. A Notificação da Violência Doméstica e/ou nos Serviços
                          de Saúde: uma introdução. Curitiba, 2012.

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                        Mortalidade por acidente de trânsito com motocicletas no estado
                        do Paraná

                          AUTOR PRINCIPAL: Aline Gabriela Bega |  AUTORES: Rosana Rosseto de Oliveira; Julia Wakiuchi; Ana Patrícia Araújo Torquato Lopes;
                          Maria das Neves Decesaro. |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá  | Maringá PR |  E-mail: aline.bega@hotmail.com
                         INTRODUÇÃO: A ocorrência de acidentes de trânsito é um grave problema de saúde pública mundial, pois acomete faixas etárias
                         produtivas e economicamente ativas, tendo repercussão também social e emocional (WHO, 2013). OBJETIVO: Analisar os óbitos por
                         acidente de trânsito com motocicletas de acordo com o sexo no Estado do Paraná, entre 2002 e 2012. MÉTODO: Estudo descritivo,
                         quantitativo, com todos os óbitos por acidentes de trânsito com motocicletas de residentes no Estado do Paraná, de acordo com o
                         sexo, no período de 2002 a 2012. As informações foram obtidas do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da
                         Saúde, disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2012). Os dados populacionais foram derivados
                         do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas de mortalidade por acidente de trânsito com motocicletas foram
                         calculadas considerando a causa básica dos óbitos, classificada segundo a décima revisão da classificação internacional de doenças
                         (CID-10), capítulo XX - Causas externas de morbidade e de mortalidade, constantes no grupo “Motociclista traumatizado em um acidente
                         de transporte”. Os anos foram subdivididos e agrupados de 2002 a 2004, 2005 a 2007, 2008 a 2010 e 2011 a 2012. RESULTADO:
                         Entre os anos de 2002 a 2012 registraram-se, no Paraná, 6.533 óbitos por acidente de trânsito com motocicletas. O sexo masculino
                         apresentou as maiores taxas de mortalidade por motocicleta (14,23 óbitos por 100 mil habitantes, de 2011 a 2012), em relação ao
                         sexo feminino (1,60 óbitos por 100 mil habitantes, no mesmo período), corroborando dados da literatura científica e confirmando a
                         problemática social dos acidentes com motocicletas no sexo masculino, o que revela a situação preocupante dos homens paranaenses
                         (VIEIRA et al., 2011). CONCLUSÃO: O presente estudo mostrou a prevalência e o aumento taxas de mortalidade por acidente com
                         motocicleta no Paraná, o que sinaliza a necessidade de ações preventivas e de políticas públicas voltadas para essa questão.. Palavras-
                         chave: Acidentes de trânsito; Saúde pública; Motocicletas; Causas externas.
                         Referências: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Ministério da Saúde (BR), Departamento de Informática do SUS. Informações de
                         saúde: Estatísticas vitais [Internet]. Brasília (DF); 2012. VIEIRA, R.C.A.et al. Levantamento epidemiológico dos acidentes motociclísticos
                         atendidos em um Centro de Referencia ao Trauma de Sergipe. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v.45, n.6, p.1359-63, 2011.
                         WHO.World Health Organization. Global status report on road safety 2013: supporting a decade of action. Luxembourg: WHO; 2013




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