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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 457
Comportamento sexual e de saúde entre mulheres de apenados
AUTOR PRINCIPAL: Debora Cristina Martins | AUTORES: Carlos Alexandre Molena Fernandes; Sonia Silva Marcon; Elen Ferraz Teston;
Eduardo Rocha Covre | INSTITUIÇÃO: UEM - Universidade Estadual de Maringá | Maringá - Pr | E-mail: enf.debora@ig.com.br
INTRODUÇÃO: As mulheres de apenados tem uma grande preocupação em cuidar da saúde de seu parceiro e de seus filhos, deixando
a desejar os cuidados relacionado a própria saúde. Focando especificamente nestas mulheres, passamos a entender a vulnerabilidade
de uma forma mais abrangente, inclusive na sexualidade e aos fatores de exposição de risco em decorrência de seu comportamento
relacionado a saúde e também o comportamento sexual desprotegido. OBJETIVO: Apreender o comportamento sexual e de saúde de
mulheres de apenados de um presidio ao norte do Paraná. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, com
abordagem qualitativa, realizada em um presidio de pequeno porte, situado na região Norte do Estado do Paraná. Participaram do estudo
19 mulheres de apenados que realizavam visita íntima ao seu parceiro. Os dados foram coletados no mês de setembro e novembro de
2015 sobre autorização do comitê de ética e pesquisa CETI-FAP da Faculdade de Apucarana com o parecer de nº 1.330.747. . A análise
de dados foi feita a partir da metodologia da análise temática de Bardin. RESULTADOS: É perceptível que as práticas de cuidado de
saúde para estas mulheres, diferem ao cuidado integral individual, pois na maioria das entrevistadas é perceptível que não há prevenção
de doenças e nem continuidade de tratamento á doenças pré-existente. Em relação ao comportamento sexual identifica os fatores de
extrema vulnerabilidade, pois a maioria das entrevistadas se sujeitam ao sexo desprotegido e exposição as DSTs em que dentro e fora
do ambiente carcerário. CONCLUSÃO: A política atual de atenção integral à saúde das mulheres propõe a incorporação do princípio
da integralidade e da dimensão de gênero nas práticas profissionais. Faz-se necessário a equipe multiprofissional reconhecer que as
mulheres de apenados enfrentam situações de desigualdades de classe, de gênero e de vulnerabilidade, identificando as fragilidades
e proporcionando as mudanças e organização necessária para o atendimento e as ações prioritárias a diversidade de cada mulher.
Palavras-chave: Saúde da Mulher, Prevenção, Vulnerabilidade.
Referências: 1. SOUTO, Katia Maria Barreto; A Politica de Atenção Integral a Saúde da Mulher: uma analise de integralidade e gênero.
Ser Social, jan/jul 2008, Brasilia: DF, v.10, pag. 162-182. 2. GUIMARÃES. Cristian Fabiano et al. Homens Apenados e Mulheres Presas:
estudo sobre mulheres de apenados. Psicologia Social, set/dez 2006, Belo Horizonte: MG, v.18, nº3, pag. 48-54. 3. Araújo OD, Nery
IS, Monteiro CFS, Moura MEB. Representações Sociais de Mulheres Profissionais do sexo. Rev. Ciências, Cuidado e Saúde. Out/dez
2014, Maringá: PR, v.13 nº 4, pag. 714-721. 4. Coelho EAC, Silva CTO, Oliveira JF, Almeida MS. Integralidade do cuidado à saúde da
mulher: limites na prática profissional. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2009;13(1):154-60. 5. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à
Metodologia do Trabalho Científico. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo:
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Troca de experiências sobre o desenvolvimento neuropsicomotor
com famílias de crianças atendidas em centros de educação
infantil de Matinhos/PR: integração de saberes comunidade –
universidade
AUTOR PRINCIPAL: Bruna Yamaguchi | AUTORES: Vera Lúcia Israel | INSTITUIÇÃO: UFPR | Matinhos-PR | E-mail: brunayamaguchi@
hotmail.com
Caracterização do problema e fundamentação teórica: Estudos e dados epidemiológicos apontam altos índices de risco, déficits e
atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor infantil. Associado, muitas vezes, à limitações de profissionais de saúde e educação
em proporcionar os estímulos e orientações necessárias para impacto positivo efetivo no desenvolvimento infantil. Descrição da
experiência: Após atividades de atenção primária em saúde na avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor, em crianças de 0 a 5
anos frequentadoras de Centros Municipais de Educação Infantil do município de Matinhos, no litoral do Paraná. O grupo de estudo
propôs uma troca de experiências sobre a infância. Foram convidados familiares das crianças e proposto intervenção em 4 momentos:
Inicialmente um vídeo para sensibilização do papel da família na vida da criança. Em seguida o familiar descreve um ponto positivo e
um que imagina ser negativo no desenvolvimento na criança que acompanha. Com isso, houve uma conversa e esclarecimentos, com
a participação de todos, sobre quais pontos realmente requerem atenção, como por exemplo não se alimentar sozinho com 3 anos, e
quais são esperados pra idade, como andar com 1 ano e 3 meses. Assim, os profissionais mediavam as demandas vindas dos próprios
familiares, as dicas e questionamentos foram surgindo. Além disso, dicas de brincadeiras foram dadas como lembrança, em um jogo de
dados, para que os familiares realizem uma brincadeira educativa sugerida que estava estampada na face do dado que ficar para cima,
como exemplos ler histórias com a criança ou pintar com tinta tipo guache. Efeitos alcançados: Pais, familiares e cuidadores passam a
se reconhecer como protagonistas dos cuidados em saúde e desenvolvimento infantil. Houve adesão, participação ativa dos familiares
presentes, buscando novas estratégias e troca de conhecimento sobre o desenvolvimento infantil. Recomendações: Vimos a necessidade
de equipe multi/interdisciplinar nas ações em saúde de atenção primária, na prevenção de riscos no desenvolvimento neuropsicomotor
infantil e detecção precoce de possíveis déficits. . Palavras-chave: atenção primária; infância; desenvolvimento infantil.
Referências: AMORIM, R. C. A.; LAURENTINO, G. E. C.; BARROS, K. M. F. T.; FERREIRA, A. L. P. R.; MOURA FILHO, A. G.; RAPOSO, M. C.
F. Programa de saúde da família: proposta para identificação de fatores de risco para o desenvolvimento neuropsicomotor. Rev. bras.
fisioter. vol.13 no.6 São Carlos Nov./Dec. 2009. BALTIERI, L.; SANTOS, D. C. C.; GIBIM, N. C.; SOUZA, C.; BATISTELA, A. C. T.; TOLOCKA,
R. E. Desempenho motor de lactentes frequentadores de berçários em creches públicas. Rev. paul. pediatr. vol.28 no.3, São Paulo, Set.,
2010. SILVA E MOURA. Sara Araújo da Silva; Erly Catarina de Moura. Health status determinants among river-dwelling children under two
years of age in Pará State, Brazil: a cross-sectional study. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 26(2):273-285, fev, 2010.
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