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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 428

                        Índice de Vulnerabilidade das Famílias Paranaenses:
                        aplicabilidade em famílias de usuários de drogas

                        AUTOR PRINCIPAL: Alan Henrique De Lazari |  AUTORES: Lúcia Margarete dos Reis; Marcelo da Silva; Cleiton Jose Santana; Magda
                        Lúcia Félix de Oliveira |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá | Maringá - PR  |  E-mail:  alan.delazari@hotmail.com
                           O Índice de Vulnerabilidade das Famílias Paranaenses, desenvolvido pela Secretaria da Família e Desenvolvimento Social do Paraná, é
                           um indicador sintético de diagnóstico da vulnerabilidade de famílias acompanhadas por programas sociais (NAZARENO; SOUZA JUNIOR;
                           IGNÁCIO, 2012). O desafio deste estudo foi utilizar este indicador para a analisar a vulnerabilidade social de famílias que convivem com
                           efeitos das drogas, por pelo menos um de seus membros e em média por 20 anos (SANTANA, 2015). Estudo exploratório-descritivo,
                           com entrevistas domiciliares de familiares de 28 indivíduos internados com trauma físico associado à intoxicação por drogas de abuso,
                           de abril a setembro de 2014, utilizando a metodologia de investigação de evento sentinela. Foi utilizado um roteiro semiestruturado para
                           caracterização dos usuários e o roteiro do Índice de Vulnerabilidade das Famílias Paranaenses, nas quatro dimensões: adequação do
                           domicílio, perfil e composição familiar, acesso ao trabalho e à renda na família, e condições de escolaridade. O índice final foi calculado
                           pela média aritmética dos índices das dimensões, variando entre 0 e 1 - a pontuação 1 representativa de maior vulnerabilidade
                           (NAZARENO, SOUZA JUNIOR, IGNÁCIO, 2012). Os dados foram analisados por medidas de localização central e de dispersão, com
                           cálculo de coeficientes de variação de Pearson. A maioria dos eventos sentinela era homem (96,6%), solteiro (75,9%), desempregado
                           (51,7%), 10 (34,5%) tinha menos de quatro anos estudados, e a droga mais consumida foi o álcool (93,3%). O Índice Final variou entre
                           zero e 0,4673 e apenas três famílias (10,4%) não apresentavam vulnerabilidade social. A dimensão adequação do domicílio obteve
                           maior número de famílias sem indicação de vulnerabilidade (17 – 58,6%), e a dimensão perfil e composição familiar apresentou a
                           menor variabilidade do índice, com pontuação máxima de 0,3500, enquanto a dimensão acesso ao trabalho e renda foi a dimensão
                           com maior pontuação (0,7692). A maioria das famílias (21 – 72,4%) apresentou índice de 0,2500 na dimensão escolaridade. A análise
                           final indicou que, quanto maior a vulnerabilidade da família na dimensão acesso ao trabalho e renda, maior é o índice final, e, quanto
                           maior a vulnerabilidade da família em relação às condições de escolaridade, maior a vulnerabilidade ao acesso ao trabalho e renda. As
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                           famílias apresentaram índice de vulnerabilidade final semelhante às famílias paranaenses, com agravamento de algumas dimensões
                           especificamente. Palavras-chave: Drogas Ilícitas; Populações Vulneráveis; Relações Familiares.
                           Referências: SANTANA, C. J. Internação hospitalar e trauma como evento sentinela para o monitoramento dos efeitos das drogas de
                           abuso. 2015, 228p. [Dissertação de Mestrado]. Mestrado em Enfermagem Universidade Estadual de Maringá. NAZARENO, L. R.; SOUZA
                           JUNIOR, P. C.; IGNÁCIO, S. A. Índice de Vulnerabilidade das Famílias Paranaenses: Mensuração a partir do Cadastro Único para Programas
                           Sociais - CadÚnico. Curitiba: IPARDES; 2012. 35p.


                       EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 434

                        Percepção dos usuários sobre o atendimento recebido em um
                        serviço de informação remota

                        AUTOR PRINCIPAL: Alan Henrique de Lazari |  AUTORES: Jessica Sanches da Silva; Maiara Cristina Pereira; Caroline Aparecida do
                        Amaral; Magda Lúcia Félix de Oliveira|  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá | Maringá - PR  |  E-mail: alan.delazari@hotmail.com
                          A entrevista por telefone é uma estratégia para a obtenção de dados que permite a comunicação interpessoal sem um encontro face-
                          a-face. Desde os anos 1960 o emprego de Entrevistas Telefônicas vem aumentando, sobretudo na coleta de dados da área de saúde,
                          pois requer menor disponibilidade de recursos financeiros e infraestrutura, além de possibilitar facilidade no acesso aos entrevistados
                          mais longínquos, proporcionando o sentimento de conforto dos entrevistados frente ao relativo anonimato promovido nesta interação
                          (MONTEIRO DE ANDRADE, 2014). Nesta perspectiva, avaliar a satisfação de usuários de um serviço de informação e assistência
                          toxicológica - CIAT, que foram assistidos também remotamente, via telefone residencial, é uma iniciativa inovadora, visto a atualidade e
                          potencialidade de serviços de telessaúde (YOUNG, METERKO, DESAI, 2000). O objetivo do presente trabalho foi investigar a satisfação
                          de usuários de um CIAT da região Noroeste do Paraná. Estudo exploratório-descritivo, realizado no Centro de Controle de Intoxicações
                          do Hospital Universitário Regional de Maringá, no período de janeiro a dezembro de 2015. Utilizou-se um roteiro de entrevista, com
                          questões abertas - Como você avalia o atendimento recebido? Que nota você daria ao Serviço, de zero a 10? Que palavra definiria o
                          atendimento que recebeu? Você recomendaria o Serviço para parentes e amigos? Dos 93 usuários leigos que solicitaram condutas de
                          primeiros socorros para acidentes toxicológicos, 51 foram entrevistados (54,8%). Sobre a avaliação do atendimento, 62,7% classificaram
                          o serviço como Ótimo e 35,3% como Bom; quanto à avaliação objetiva e numérica, 56,9% indicaram a nota 10 e 37,2%, a nota 8-9 (19
                          pessoas), apenas 5,9% indicaram nota 7, sob a justificativa de não terem suas necessidades atendidas via telefone; os entrevistados
                          avaliaram o serviço recebido pelo CIAT por meio de palavras positivas, destacando-se: excepcional, atenciosos, pontual, excelente,
                          satisfação, rápido, prestativo, eficiente, alívio, ajuda, útil, acolhimento, tranquilizante. Ao serem indagados se recomendariam o serviço
                          a familiares e amigos, 98,0% dos entrevistados responderam positivamente, o que corrobora à avaliação do serviço como satisfatório
                          e eficaz. Conclui-se que o CIAT estudado representa um órgão confiável e resolutivo junto aos usuários. Palavras-chave: Satisfação do
                          Usuário; Telefone; Escuta; Centros de Controle de Intoxicações
                          Referências: MONTEIRO DE ANDRADE, L. O.; FILHO, A.P.;, SOLAR, O., et al. Social determinants of health, universal health coverage,
                          and sustainable development: case studies from Latin American countries. Lancet. v. 385, n. 9974, p1230–1247, 2014. YOUNG, G.J,
                          METERKO, M, DESAI, K.R. Patient Satisfaction with hospital care: effects of demographic institucional characteristics. Med Care. v. 38,
                          n. 3, p. 325-34, 2000.
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