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EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 385
Humanização do Parto e Nascimento: Construção da linha do tempo
das políticas públicas da saúde da mulher e conjuntura social
AUTOR PRINCIPAL: Lorenna Viccentine Coutinho Monteschio | AUTORES: Suelen Cristina Zandonadi Bernal Vieira, Sonia
Silva Marcon | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá | Maringá-PR | E-mail: helorenn@gmail.com
Introdução: no decorrer dos anos, as políticas públicas em torno do parto e nascimento se intensificaram com o propósito de promover uma
melhoria na qualidade do atendimento prestado para mães e bebês. É provável que isto tenha ocorrido em resposta ao descontentamento
da sociedade que expôs através dos movimentos sociais, sua real necessidade – a humanização. Objetivo: traçar a linha do tempo
das políticas públicas de saúde da mulher e estabelecer paralelo com a conjuntura social. Método: foi realizada uma busca na internet
sobre todas as publicações oficiais a respeito das políticas públicas da saúde da mulher e datas de fatos históricos importantes da
conjuntura social. Foram dispostas em uma linha do tempo, com evolução cronológica de 1975 a 2014. Foi utilizado o software Excel para
confecção da linha do tempo. Resultados: foram encontrados e selecionados os registros mais importantes para a humanização do parto e
nascimento totalizando 35. Os principais foram: Programa Nacional de Saúde materno-infantil (1975); Programa de prevenção à gravidez de
alto risco (1978); Programa de atenção integral à saúde da mulher (PAISM) (1984); Tecnologias apropriadas ao parto (WHO) (1985); Iniciativa
Hospital Amigo da Criança (1990); Rede Feminista (1991); ReHuna e Alojamento Conjunto (1993); Guia OMS (1996); Prêmio Galba de
Araújo (1999); PHPN (2000); Manual Parto, Aborto e Puerpério (2001); Dossiê humanização do Parto (2002); Política Nacional de atenção
integral à saúde da mulher (PNAISM) e Pacto ODM (2004); Lei do acompanhante (2005); RDC PPP (2008); Rede Cegonha, Pesquisa 1:4
(2011); Dossiê Violência Obstétrica, Manual Além da sobrevivência (2012); Portaria CPN e Filme Renascimento do Parto (2013); Adequação
IHAC, Caderno HumanizaSUS e Pesquisa Nascer no Brasil (2014). Conclusão: observou-se que o evento de Tecnologias apropriadas
ao nascimento (1985) foi o referencial utilizado para os posteriores documentos da OMS (1996) e do Ministério da Saúde (2001) que
classificam as práticas em torno do nascimento. O PHPN (2000) garantiu acesso, cobertura e qualidade do atendimento a gestantes. O
Pacto dos Objetivos do Milênio (2004) foi uma pactuação mundial para maternidade segura e redução da mortalidade materna até 2015. A
Lei do Acompanhante (2005) obrigou os estabelecimentos a permitir a presença de um acompanhante de livre escolha da mulher. A Rede
Cegonha (2011) é a política mais atual a respeito do tema e incentivou a criação de centros de parto normal. . Palavras-chave: Politicas
Públicas. Cronologia como assunto. Saúde da mulher. Parto humanizado.
Referências: 1. Organização Mundial da Saúde. Saúde Materna e Neonatal, Unidade de Maternidade Segura, Saúde Reprodutiva e da
Família. Assistência ao parto normal: um guia prático, Genebra; 1996. 2.. World Health Organization. Appropriate technology for birth. Lancet.
1985; 2(8452):436-7. 3. Ministério da Saúde(BR). Secretaria de Políticos de Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto
e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília; 2001. 4 . Ministério da Saúde (BR). Universidade Estadual do Ceará. Cadernos
Humaniza SUS. Humanização do parto e do nascimento. Vol. 4. Brasília (DF); 2014
EIXO TEMÁTICO: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 392
NÚCLEO DE ATENÇAO Á SAUDE DA FAMÍLIA- NASF
Segurança Alimentar e Nutricional à pessoa com deficiência
AUTOR PRINCIPAL: Andréa Pereira Medrades | AUTORES: Alice Andrade ,Bianca Hanna Brandão Vicente, João Heitor Martins Franco ,
Luciano Planca | INSTITUIÇÃO: Associação Paranaense de Reabilitação - APR | Curitiba-PR | E-mail: andreamedrades.nutri@gmail.com
L.G.S 5 anos , com diagnóstico médico de Hidrocefalia Obstrutiva; Tetraplegia não especificada.( CID: G91. 1 / CID: G22. 4. ). Alimenta-
se via Gastrostomia desde julho 2015, alimentação via oral pastosa 2x dia com dificuldade .Estuda em Escola de Educação Especial,
onde foram identificadas situações de risco: desnutrição severa (6,900 kg e 83 cm), alterações respiratórias (tosses e engasgos
durante a alimentação), falta de cuidados adequados por parte do cuidador e faltas frequentes na escola. A Hidrocefalia é uma
patologia complexa, caracterizada pelo alargamento ventricular secundário ao desequilíbrio entre formação e absorção do líquido
cefalorraquidiano, apresenta quadro clínico : aumento excessivo do perímetro cefálico, convulsão retardo do desenvolvimento, distúrbios
da deglutição, tosses, alteração vocal, cianose durante a alimentação com risco para broncoaspiração e desnutrição que compromete
o sistema imunológico permitindo a instalação de outros processos infecciosos. Portanto, crianças com transtornos do desenvolvimento
neurológico e motor devem ser acompanhadas através de uma abordagem centrada não apenas nas necessidades fisiológicas, mas
nos aspectos biopsicosocial, espiritual e cultural. Em setembro/2015, foi acionada estratégia do Núcleo de Gestão Social da APR ,
composta por assistentes sociais, fonoaudiólogo, nutricionista e psicólogos, que atendem crianças, jovens e adultos em vulnerabilidade
social,Realizaram visitas domiciliares de apoio e orientação á família. A mãe da criança de 22 anos estava separada do pai, relata
dificuldade com a administração da dieta enteral, pois depois da gastrostomia, iniciaram episódios de diarreia, vômitos, perda de
peso e infecções respiratórias processo que durou por mais de um mês, a mãe suspendeu a via oral. Durante as visitas domiciliares
foram repassadas orientações nutricionais em relação á dieta e adequação da mesma, apoio psicológico e social á família. Reuniões
interdisciplinares para alinhar questões da família. A criança está evoluindo bem, obtendo ganho de peso agora 9 kg e 88 cm, reiniciamos
alimentação via oral, na consistência adequada. Esse ano voltou a frequentar a escola. A família sentiu-se contida o que proporcionou
a reconciliação do casal. Mostra-se mais habilitada em relação a alimentação enteral e cuidados gerais com o filho. A abordagem á
pessoas com deficiência associada á denutrição necessita de uma rede de cuidados devidamente articulada na perspectiva saúde da
família. Palavras-chave: NASF. Segurança Alimentar e Nutricional. Pessoas com Deficiência.
Referências: COSTA, C.B.N.M. Perfil Nutricional de Crianças com Hidrocefalia. Universidade Federal de Sergipe. Pró- Reitoria de Pós-
Graduação e Pesquisa. Núcleo de Pós- Graduação em Medicina. Mestrado em Ciências da Saúde. Aracaju, 2012. Diretrizes de Atenção
á Pessoa com Paralisia Cerebral. Ministério da Saúde. Brasília/ DF. 2013. MOTA, A.M, Crianças com paralisia cerebral: como podemos
avaliar e manejar seus aspectos nutricionais. International Journal of Nutrology, v.6, n2, p 60-68. Mai/Ago 2013. Política Nacional
de Assistência Social – PNAS/2004. Norma Operacional Básica – NOB/SUAS. SILVA, B.G, Assistência de Enfermagem Prestada a um
Paciente com Hidrocefalia. ENCICLOPEDIA BIOSFERA, Centro Cientifico Conhecer – Goiânia, vol. 6, n.9, 2010 p 1. 197