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EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde TRABALHO 115
A implantação do serviço integrado de saúde mental – SIM PR
trabalho em rede com os municípios de abrangência do consórcio
intermunicipal de saúde costa oeste do Paraná – CISCOPAR
AUTOR PRINCIPAL: Tiago Murilo Correia Neves | AUTORES: Alessandra Lippert | INSTITUIÇÃO: CISCOPAR | Toledo-PR |
E-mail: caps@ciscopar.com.br
Introdução: O presente artigo tem por finalidade detalhar brevemente o processo de implantação do Serviço Integrado de Saúde Mental
– SIM PR nos 18 municípios de abrangência do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná – Ciscopar, apontando o
formato do fluxograma com a rede de atendimento aos pacientes que precisam de atendimento voltado para o tratamento de álcool e
outras drogas. Objetivo: Relatar sobre a estrutura de funcionamento do SIM PR - Ciscopar com a rede de saúde mental dos municípios
de abrangência da 20ª Regional de Saúde do Paraná. Método: Foi realizada a análise bibliográfica e documental que envolve o SIM PR.
Resultado: O SIM PR do Ciscopar teve início de suas atividades com a abertura do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III
(CAPS ADIII) em 22 de abril de 2014. O SIM PR por meio de uma rede de atendimento oferece à população atividades terapêuticas,
preventivas, atendimentos individuais e em grupo, oficinas, além da atenção à família e acolhimento noturno. O paciente é encaminhado
ao SIM PR pelos profissionais cadastrados como Técnicos de Referência do Município. Sendo assim, para o município que possui
unidade de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), este é considerado o serviço que referencia o paciente e o encaminha ao SIM PR, o
município que não tem CAPS, o encaminhamento pode ser realizado pelos demais serviços de saúde, como Centros de Saúde, Unidades
Básicas de Saúde e Secretaria de Saúde), e/ou de outros serviços que o paciente frequenta no município. E ainda poderá este paciente
chegar por demanda livre, por este serviço caracterizar-se como “porta aberta”. Dessa maneira o fluxo de trabalho em rede com os
municípios é pautada, tanto para fazer os encaminhamentos de pacientes com perfil para o tratamento junto ao SIM PR, quanto a seu
retorno junto a seu território, no qual é realizado orientações sobre o que é interessante e necessário o paciente dar continuidade em
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
seu tratamento. Conclusão: É notório que o uso de álcool e outras drogas são um problema de saúde pública, e para minimizar as
internações psiquiátricas, promover saúde e bem estar e a reinserção social deste público, o SIM PR foi implantado. Além disso, numa
gestão de visão de trabalho em rede, se solidificou a inserção de um fluxograma de atendimento que permeia o território do paciente,
dando-lhe a oportunidade de um tratamento de maior integralidade e completude diante suas necessidades e vicissitudes. Palavras-
chave: Implantação de serviço. Trabalho em rede. Saúde mental.
EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde TRABALHO 138
Dinâmica das Comissões Intergestores Regionais no norte do Paraná
AUTOR PRINCIPAL: Sônia Cristina Stefano Nicoletto | AUTORES: Luiz Cordoni Junior , Brígida Gimenez de Carvalho, Elisabete de
Fátima Polo de Almeida Nunes | INSTITUIÇÃO: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, 18ª Regional de Saúde e Universidade
Estadual de Londrina | Cornélio Procópio/Londrina-PR | E-mail: sonianicoletto15@gmail.com
A descentralização da saúde por meio da municipalização tem sido considerada uma experiência relevante. No entanto, é impossível
que todos os municípios brasileiros, sendo a maioria de pequeno porte, consigam atender suas populações integralmente, em todos os
níveis do Sistema Único de Saúde (SUS), portanto a regionalização da atenção em saúde se faz necessária. Para isto os gestores de
saúde precisam compartilhar as responsabilidades sanitárias da região de saúde por meio de pactos realizados no espaço da Comissão
Intergestores Regional (CIR). Este é um processo difícil de ser construído devido aos aspectos políticos, ideológicos e econômicos que,
em geral, produzem competições e divergências. Tendo como objetivo compreender o processo decisório produzido na CIR realizou-se
um estudo com abordagem qualitativa. A macrorregião norte do Paraná foi o campo de estudo. Dois momentos de coleta de dados
foram realizados, um com grupos focais com secretários municipais de saúde e outro com entrevistas individuais com representantes da
gestão estadual, no período de agosto de 2012 a agosto de 2013. As falas foram mediadas com um referencial plural, com enfoque no
jogo social de Carlos Matus. Os resultados apontam que no Paraná as CIR são denominadas e conhecidas como CIB-Regional; a dinâmica
destes espaços, em alguns casos, estava sendo discutir e rediscutir uma problemática, sem resolução da mesma. A distribuição do
poder era assimétrica, assim, geralmente, a vontade de uns prevalecia sobre a dos demais. Alguns “arranjos” com seus “movimentos”
como o CRESEMS, a SESA/PR e o Ministério da Saúde interferiam mais diretamente nas agendas das reuniões e, consequentemente,
nas produções dessas comissões. Outros, como o Prestador Hospitalar, o Consórcio Intermunicipal de Saúde e o Ministério Público
interferiam mais quando da execução das decisões, fazendo com que alguns gestores municipais, muitas vezes, ficassem submetidos
aos interesses do Prestador Hospitalar. Conclui-se que apesar da dinâmica das CIR ainda não estar ajustada, há necessidade de
valorizar este espaço de cogestão e fortalecê-lo. Assim todos os gestores municipais de saúde precisam valorizar e participar da CIR,
visando construir inter-relações de cooperação e solidariedade para garantir integralidade e qualidade na atenção à saúde oferecida
para a população. Contudo, não se deve perder de vista que na CIR, como em todo coletivo, há um jogo social, com disputas de poder.
Palavras-chave: Gestão em saúde. Gestão interfederativa. Regionalização. Tomada de decisões.
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