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EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde                              TRABALHO 166

                        Modelo gerencial no processo da redução da mortalidade infantil

                        AUTOR PRINCIPAL: Greicy Cezar do Amaral  |  AUTORES: Lirane Elize Defante Ferreto de Almeida; Leonardo Aranha  |
                        INSTITUIÇÃO: SESA  | Francisco Beltrão-PR  |  E-mail: greicyc@sesa.pr.gov.br


                          Trata-se de uma pesquisa qualitativa dentro da proposta de gestão de caso direcionada ao Comitê Regional da Mortalidade Materna,
                          Fetal e Infantil da 8ª. Regional de Saúde em conjunto com o setor de vigilância do óbito (VE) desta mesma instituição. A motivação deste
                          trabalho foi criar um modelo de prática de monitoramento de redução da mortalidade infantil. As ferramentas propostas foram criadas
                          a partir da descentralização das investigações e dos dados de mortalidade infantil que podem ser usados para vários tipos de análises,
                          tais como: variações geográficas e temporais da distribuição dos óbitos infantis; avaliação do nível de saúde da população; estudos
                          sobre as causas da mortalidade infantil por subgrupos de faixa etária; definição de problemas relacionados ao parto e pós-parto imediato,
                          identificando precariedade nos serviços de saúde de pré-natal e parto; e, por fim, auxilio ao planejamento, gestão e avaliação das
                          políticas de saúde de um município. Elaborou-se instrumentos de gestão: a) documentos de responsabilidade e posicionamento sobre
                          a informação copilados nos registros das análises de óbitos; b) formulário do monitoramento das infecções na gestação e c) impresso
                          near miss das inconformidades. Os atores envolvidos neste processo foram o gestor, a equipe de atenção primária, epidemiologia e o
                          comitê municipal de mortalidade. A operacionalização desta proposta ocorreu de dezembro de 2013 a dezembro de 2015. O resultado
                          foi a redução das taxas de mortalidade infantil na Regional encerrando o ano de 2015, apresentando uma queda em torno de 70% dos
                          óbitos infantis, saindo da segunda pior taxa do Estado para a melhor taxa de mortalidade do Estado. Conseguiu-se com essa atividade
                          obter um diagnóstico da situação da mortalidade infantil nos municípios que compõem a região melhorando o gerenciamento das
                          ações por parte do gestor e equipe para atingir o objetivo proposto. A dificuldade foi a descentralização das investigações dos eventos
                          desfavoráveis para o município demonstrando a incapacidade de construírem em equipe fluxos e protocolos. Assim, uma das ideias de
                          extensão deste trabalho é a produção do documento protocolar único assistencial e terapêutico de agravos mais comuns no pré-natal
                          regional e incorporar técnicas de estratégia, de forma interativa, por intermédio do padrão espacial da mortalidade neonatal e pós-
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          neonatal, produzindo fatores que identifiquem, automaticamente, áreas de risco para a mortalidade infantil. Palavras-chave: Gestão
                          em saúde. Mortalidade Infantil. Vigilância em Saúde.




                        EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde                             TRABALHO 183

                        Sistema Estadual de Transporte Eletivo em Saúde:
                        dispositivo de gestão e planejamento


                        AUTOR PRINCIPAL: Marilene Barros de Melo  |  AUTORES: Luiz Carlos Brant, Lucília Nunes de Assis, Luciano Jerônimo da Silva
                        Batista, Fábio Antônio Gonçalves da Silva  |  INSTITUIÇÃO: Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais  |  Belo Horizonte-MG|
                        E-mail: marilenebmelo@gmail.com

                          A dimensão territorial e as diversidades culturais, econômicas e sociais em Minas Gerais exigem do setor saúde a criação de dispositivos
                          de gestão e planejamento que garanta a mobilidade e o acesso dos usuários aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). O Estado,
                          para o fortalecimento do sistema de governança único, buscou efetivar a integração da Atenção Primária em Saúde com a média e
                          alta complexidade criando o Sistema de Transporte Eletivo em Saúde (SETS). Este transporte viabiliza o deslocamento dos usuários
                          do SUS para a realização de exames de apoio diagnóstico ou outro tipo de ação especializada nos pólos de referência na Região de
                          Saúde ou na Região Ampliada de Saúde. O objetivo do presente trabalho é identificar as condições de deslocamento desses usuários
                          com destino ao município de Belo Horizonte no período de novembro de 2015 a abril de 2016. Metodologicamente, esse trabalho
                          se caracteriza como um estudo transversal de natureza quali-quantitativa. Utilizou-se como técnica de coleta de informações um
                          questionário semi-estruturado respondido pelos Usuários desse Sistema de Transporte. A partir da análise de conteúdo das informações
                          qualitativas apreenderam-se as seguintes categorias: as condições em que esse transporte é realizado e as situações relacionadas ao
                          processo saúde-doença-cuidado. Constatou-se que as condições do transporte, segundo os usuários vão da excelência à precariedade
                          do veículo e dos profissionais envolvidos neste deslocamento como os Agentes Comunitários de Saúde e Motoristas. Essa avaliação
                          está associada com as condições de saúde em que o usuário se encontra durante o percurso. Segundo depoimentos dos usuários, o
                          SETS permite a efetivação do processo de atenção à saúde à medida que marcam os exames diagnósticos, possibilita o tratamento
                          e o acompanhamento para os casos de doenças crônicas. Consolidando o SETS, alguns municípios disponibilizam casas de apoio,
                          permitindo assim um maior acolhimento do usuário durante a sua permanência em Belo Horizonte. Conclui-se que o SETS, como um
                          dispositivo de gestão, instaura o uso equânime do território garantindo a integração, a coordenação do cuidado e a resolução da maioria
                          das necessidades de saúde dos seus usuários. Contribui, ainda, para o uso racional de recursos financeiros alinhado aos princípios
                          organizativos do SUS. Portanto, o SETS implica em uma relação de continuidade do processo de atenção ao usuário. Palavras-chave:
                          Transporte em Saúde. Gestão e Planejamento em Saúde. Coordenação do Cuidado.



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