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EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde TRABALHO 146
Vigilância em saúde no âmbito municipal: revisão integrativa
AUTOR PRINCIPAL: João Felipe Marques da Silva | AUTORES: Brígida Gimenez Carvalho |
INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina-PR | E-mail: saude@ivaipora.pr.gov.br
A vigilância em saúde tem como objetivo o permanente acompanhamento da situação de saúde da população, por meio de seus
determinantes e de um conjunto de ações que se relacionam ao perfil epidemiológico, sócio-sanitário e ambiental do território, com
vistas a aprimorar medidas de prevenção e controle. Após alguns anos de sua municipalização, a concepção da Vigilância e de seu
escopo de atuação foi se ampliando. Com objetivo de compreender a gestão e a organização da vigilância em saúde, bem como de suas
ações e atribuições no município realizou-se uma revisão integrativa da literatura, a partir da análise de artigos indexados nas bases de
dados LILACS e BIREME, bem como de documentos oficiais do Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Utilizou-se como descritores as palavras chaves: “gestão em saúde”, “vigilância em saúde”, e “municipalização”. Os resultados apontam
que o conceito de vigilância em saúde incorpora a integração das atividades de vigilância epidemiológica, ambiental e sanitária e de
saúde do trabalhador, para a prestação de uma atenção ampliada. Para essa atuação necessita-se que compartilhem o saber conjunto e
o saber específico de cada uma no enfrentamento de uma realidade ou problema existente no território pelo qual são responsáveis. Para
o alcance desses resultados destaca-se a importância do gestor no incentivo ao envolvimento dos profissionais no processo de trabalho,
bem como da necessidade de profissionais qualificados, alocação de recursos, capacidade técnica e de gestão para que o município
tenha condições de executar políticas de saúde seguras e integrais. Referências: ARREAZA, Luis Vicente & MORAES, José Cássio.
Vigilância da saúde: fundamentos, interfaces e tendências. Ciência e Saúde Coletiva. Pag 2215-2228, 2010. COSTA, Juliana Martins
Barbosa da Silva, et al. Monitoramento do desempenho da gestão da vigilância em saúde: instrumento e estratégias de uso. Ciência e
Saúde Coletiva. Pag 1201-1206, 2013. DE SETA, Marismary Horsth, et al. Gestão da Vigilância à Saúde. UFSC, Florianópolis, CAPES,
2010. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 3.252 de 22 de Dezembro de 2009. Aprova as Diretrizes para execução e financiamento das
ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e dá outras providências. OLIVEIRA, Cátia Martins &
CASANOVA, Ângela Oliveira. Vigilância da saúde no espaço de práticas da atenção básica. Ciência e Saúde Coletiva. Pag 929-936, 2009.
Palavras-chave: Vigilância em Saúde. Gestão em Saúde. Municipalização.
EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde TRABALHO 149
Atuação do Ciscopar na realização de cirurgias de catarata
nos 18 municípios da 20ª Regional de Saúde
AUTOR PRINCIPAL: João Batista Vieira | AUTORES: Marcos Fernando Soares, José Joacy Rabelo de Oliveira, Lúcio Mauro de Araújo |
INSTITUIÇÃO: CISCOPAR - Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná | Toledo-PR | E-mail: dir.saude@ciscopar.com.br
Problema: A catarata é uma grave doença ocular causada pela opacificação do cristalino, lente natural do olho responsável pela focalização
da luz sobre a retina. Quando o cristalino torna-se opaco, a luz não chega à retina em quantidade suficiente, o que prejudica a qualidade
da visão. Com o passar do tempo, a catarata pode agravar-se até causar cegueira irreversível. Na grande maioria das vezes, a catarata está
relacionada com o envelhecimento, podendo ocorrer mais cedo em algumas pessoas e mais tarde em outras. Além da idade, outros fatores
que podem acelerar o desenvolvimento da catarata, tais como, doenças sistêmicas como diabetes, por exemplo, histórico familiar, inflamações
oculares e uso prolongado de algumas medicações como corticoides. Entretanto, frequentemente observam-se limitações no acesso à cirurgia
ocular, por dificuldades diversas referentes ao paciente ou por obstáculos impostos pelo próprio sistema de saúde. Fundamentação Teórica:
Para Kara-José e Temporini (1999), “Os resultados de estudos sobre aspectos sociais da realização da cirurgia de catarata senil conduzidos
em Campinas, Brasil, e Chimbote, Peru, revelaram que 50% dos casos de cegueira por catarata se deviam à ausência da intervenção cirúrgica
específica”. Lira et al (2001) afirma que “Nos países em desenvolvimento, é crescente o estudo de tecnologias de baixo custo que possam ser
úteis no aproveitamento de recursos limitados. A utilização máxima da capacidade cirúrgica constitui uma das principais medidas que visam
à eficiência do uso de verbas em uma unidade hospitalar”. Efeitos Alcançados: Durante todo o ano de 2015 foram realizadas pela equipe
de oftalmologia do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná - Ciscopar, 3.060 consultas com o objetivo à resolução dos
mais diversos problemas oftalmológicos. Durante estas consultas, realizaram-se o encaminhamento de 53 pacientes para cirurgia de Pterígio
e 1.046 pacientes para cirurgia de Catarata. Recomendações: São necessários investimentos em equipamentos e na capacitação dos
profissionais que atuarão nas cirurgias de Cataratas. Assim poderão fazer um atendimento mais seguro, abrangente e acessível. Parcerias com
as prefeituras dos municípios atendidos são fundamentais, tanto para o custeio quanto para a logística dos pacientes e equipe de atendimento.
Referências: KARA-JOSÈ, Newton, e TEMPORINI, Edméa Rita,. Cirurgia de Catarata: o porquê dos excluídos. , Revista Panamenha de Salud
Publica. Vol. 4: 1999. Disponível em: http://iris.paho.org/xmlui/bitstream/handle/123456789/8862/0644.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
LIRA, R. P. C. et al. Suspensão da Cirurgia de Catarata e suas Causas. Revista Saúde Pública. p. 487-489. Vol. 35: 2001. Disponível em: <
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v35n5/6589.pdf>. Palavras-chave: Catarata. CISCOPAR. Cirurgia.
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