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EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde                              TRABALHO 426

                        Implantação do sistema de agendamento na Farmácia Judicial da
                        2ªRS.


                        AUTOR PRINCIPAL: Soraya Mauad Lacerda |  AUTORES: Kelly Cristiane Gusso Braga, Fabiane Karwowski |  INSTITUIÇÃO: Farmacia do
                        Paraná - Segunda Regional de Saúde | Curitiba  -PR  |  E-mail:  soraya.mauad@gmail.com

                           No Brasil tem-se verificado o crescente movimento de judicialização do direito à saúde, principalmente no que diz respeito à obtenção
                           de medicamentos que não são disponibilizados pelo SUS. A busca da excelência no atendimento aos pacientes é uma tarefa difícil
                           de ser alcançada tendo em vista a conjuntura em que está imposto o sistema único de saúde. A demora do atendimento e falta de
                           medicamentos estão entre as reclamações mais presentes nas ouvidorias de todas as farmácias públicas do país. Desse modo, visando
                           à melhoria do atendimento aos cerca de 3000 pacientes da farmácia do Paraná II da 2ª Regional de Saúde, em março de 2015
                           implantou-se o sistema de agendamento eletrônico. Inicialmente todos os usuários foram orientados através de comunicado por escrito,
                           que esse sistema seria implantado a partir de Abril de 2015. Foi confeccionado um cartão de agendamento e todos os pacientes
                           atendidos em março para a retirada de seu medicamento já foram agendados para o próximo mês. A agenda eletrônica possibilita que
                           as dispensações virtuais possam ocorrer no dia anterior ao atendimento, fazendo com que o fluxo de trabalho dentro da farmácia seja
                           mais organizado e o atendimento agilizado. No início do trabalho ocorreu certa resistência por alguns pacientes que alegavam que não
                           podiam marcar horário de atendimento devido a problemas pessoais. Os mesmos atualmente aprovam o sistema de agendamento,
                           pois o mesmo propiciou uma diminuição drástica e até supressão de filas na maior parte dos dias do mês. Além disso, na presença
                           de qualquer empecilho que impossibilite o atendimento, o paciente já é prontamente avisado e remarcado para data posterior. Assim
                           conclui-se que a implantação do módulo agendamento permitiu melhor organização das atividades internas da farmácia e principalmente
                           um atendimento de melhor qualidade aos usuários da mesma. Referências: GOMES, LF. Judicialização da saúde: até onde pode o juiz
                           interferir no orçamento público. Universo Jurídico. Disponível em: . Acesso em: 10.04.16. Santos AF, Ferreira JM, Queiroz NR, Magalhães
                           Júnior HM. Estruturação da área de informação em saúde a partir da gerência de recursos informacionais: análise de experiência. Rev
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                           Panam Salud Publica. 2011;29(6):409–15. Palavras-chave: Agendamento Eletrônico, Farmácia Judicial, Atendimento ao Usuário



                       EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde                              TRABALHO 441

                        Georreferenciamento como instrumento de planejamento e gestão
                        da assistência farmacêutica

                        AUTOR PRINCIPAL: Suzane Virtuoso |  AUTORES: Milene Zanoni Da Silva Vosgerau, Lilian Odeli, Silvana Camboim, Roberto Pontarolo |
                        INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná / Secretaria Estadual de Saúde | Curitiba-Pr |  E-mail: suvirtuoso@gmail.com
                          INTRODUÇÃO: O geoprocessamento é definido como um conjunto de tecnologias voltadas para a coleta e tratamento de informações
                          espaciais com determinado objetivo, executadas por sistemas específicos para cada aplicação. Na área da saúde é utilizado principalmente
                          pela epidemiologia para a análise de distribuição de doenças endêmicas, porém outras esferas podem se beneficiar desta análise, é
                          o caso da Assistência Farmacêutica. Este estudo teve como objetivo espacializar as informações referentes à dispensação pública
                          municipal de medicamentos utilizados no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) no Estado do Paraná.
                          O diagnóstico e tratamento do TDAH é envolto por diversas controvérsias e alvo de intensas discussões, tanto no meio acadêmico-
                          científico quando nos meios de comunicação em geral. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem dado destaque à questão da
                          prescrição e consumo de metilfenidato no Brasil, principal medicamento prescrito para o tratamento do TDAH, evidenciando o aumento
                          no consumo associado ao tratamento deste transtorno. MÉTODO: O estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva e operacional,
                          a qual foi desenvolvida em três etapas: na primeira, foi realizado o levantamento dos dados de dispensação de medicamentos utilizados
                          no tratamento do TDAH por via municipal no Estado; a segunda consistiu em organizar uma base de dados para alimentar o sistema,
                          utilizando dados do IBGE, do IDH-M/PNUD e as regionais da Secretaria Estadual de Saúde. A terceira etapa tratou da geração e análise
                          de mapas usando o software livre QGIS Desktop 2.14. RESULTADOS: Dos 399 municípios paranaenses, 54,6% participaram da etapa
                          de levantamento de dados. Verificou-se que 42% dos municípios participantes não disponibilizam medicamentos para o tratamento do
                          TDAH, 22% disponibilizam o medicamento metilfenidato e este está padronizado na Relação Municipal de Medicamentos (REMUME),
                          e 36% disponibilizam metilfenidato por via judicial ou administrativa. Foram estudados os padrões espaciais representados no mapa
                          para a compreensão da distribuição do medicamento e correlação com demais variáveis disponíveis. CONCLUSÃO: Os mapas gerados
                          permitiram visualizar o quantitativo e a distribuição espacial dos municípios que dispensam medicamentos para o tratamento do TDAH
                          no Paraná, em especial o metilfenidato, constituindo um ponto de partida para análises futuras bem como o planejamento de políticas
                          públicas voltadas para o transtorno. Referências: ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Prescrição e consumo de
                          metilfenidato no Brasil: identificando riscos para o monitoramento e controle sanitário. Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC, ano
                          2, n. 2, jul./dez. 2012. BARCELLOS, C. et al. Georreferenciamento de dados de saúde na escala submunicipal: algumas experiências
                          no Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 17, n. 1, p. 59-70, 2008. Palavras-chave: Georreferenciamento, Análise espacial, Assistência
                          farmacêutica, Metilfenidato


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