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EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde                             TRABALHO 297

                 Acolhimento: experiência em rede de um CAPS infantil


                 AUTOR PRINCIPAL: Bianca Alves  |  AUTORES: Alex Mendes de Lima, Daniele Basegio, Juliana Czarnobay, Sandra Mara Rodrigues
                 Moraes e Silva  |  INSTITUIÇÃO: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)  |  Curitiba-PR  |  E-mail: alvesb.bianca@gmail.com
                  Caracterização do problema: O CAPS Infantil (CAPSi) é um serviço que atua com acolhimento de caráter portas-abertas, conforme
                  prevê a política Nacional de Saúde Mental. No entanto, nota-se que o simples encaminhamento sem uma prévia discussão entre
                  os dispositivos da rede tem gerado muitos encaminhamentos equivocados, sobrecarregando o trabalho do CAPS. Fundamentação
                  Teórica: O acolhimento pode ser entendido como uma postura de escuta qualificada por parte do trabalhador, que humaniza e acolhe a
                  demanda do usuário¹. A intersetorialidade dos dispositivos no cuidado em saúde mental – desde o processo de acolhimento - justifica-se
                  pela importância do trabalho ocorrer de forma a preservar ou resgatar os laços de pertencimento no meio social da própria criança², já
                  que o sintoma patológico manifesta-se em um sujeito que é contigente, cultural, singular e territorial³. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Na
                  experiência do CAPSi relatado, trabalha-se em rede, havendo possibilidade de agendamento por parte de diversos equipamentos. No
                  contato realizado para agendamento, a equipe discute com o serviço encaminhador quais as demandas do usuário, coleta informações
                  sobre a família e história da criança/ adolescente e seu acesso à rede de atenção psicossocial e quando necessário realiza orientações
                  para o serviço encaminhador. Este contato prévio de agendamento possibilita o fortalecimento do trabalho de discussão em rede.
                  Efeitos alcançados: Ao discutir os casos em rede anteriormente, percebe-se o enriquecimento da avaliação inicial, sendo possível
                  fazer um levantamento prévio da necessidade e urgência do agendamento solicitado, qualificando o atendimento prestado ao usuário.
                  Verifica-se uma parceria entre o CAPS e os demais dispositivos da rede, possibilitando efetiva articulação de atendimento. Destaca-se
                  que o acolhimento não é apenas intra-CAPS e sim um trabalho realizado no território do usuário em conjunto com os serviços da rede.
                  Recomendações: Salienta-se que esta perspectiva de trabalho contribui para a construção do vínculo com a criança/adolescente e
                  sua família, fomentando a reabilitação psicossocial e produção de vida, bem como o resgate da autonomia e protagonismo do usuário/
                  família em seu próprio tratamento. Referências: 1. JUNIOR, A. G. S. ; Mascarenhas, M. T. M. Avaliação da atenção básica em saúde
                  sob a ótica da integralidade: aspectos conceituais e metodológicos. In: Pinheiro, R. ; Mattos R. A. Cuidado: as fronteiras da integralidade.
                  3.a ed. Rio de Janeiro: Cepesc/UERJ; 2006, p. 241-257. 2. Tenório, F. ; Rocha, E. C. A psicopatologia como elemento da atenção
                  psicossocial. In: Alberti, S. ; Figueiredo, A. C. (org). Psicanálise e Saúde Mental: uma aposta. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2006,
                  p. 55-72. 3. Couto, M. C. V. ; Delgado, P. G. G. Intersetorialidade: uma exigência da clínica com crianças na Atenção Psicossocial. In:
                  Lauridsen-Ribeiro, E. L. ; Tanaka, O. Y. Atenção em Saúde Mental pra crianças e adolescentes no SUS. São Paulo: Hucitec, 2010, p.
                  271- 279. Palavras-chave: Acolhimento. CAPS Intersetorialidade. Rede.


                 EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde                             TRABALHO 309

                 PactuAÇÃO: Projeto de Acompanhamento e Melhoria
                 dos Indicadores de Saúde


                 AUTOR PRINCIPAL: Karen Patricia Wilke Ferreira Rocha  |  AUTORES: Emília Carla dos Santos Fernandes  |
                 INSTITUIÇÃO: 22ª Regional de Saúde/SESA  |  Ivaiporã-PR  |  E-mail: ?
                   O alinhamento estratégico  entre os instrumentos de  gestão do SUS  fortalece o planejamento, que na gestão  pública deve  ser
                   desenvolvido de forma contínua, articulada, integrada e solidária entre as três esferas, sempre com o apoio de um conselho de saúde
                   articulado e atuante. A fim de promover o aprimoramento da gestão estratégica regional, criamos o projeto PactuAÇÃO, direcionado à
                   primeira e mais importante fase do processo de planejamento. Constatou-se o uso inapropriado do SISPACTO sendo que as pactuações
                   municipais eram realizadas na expiração do prazo, sem análises adequadas, com o envolvimento mínimo dos técnicos que compõem a
                   equipe de saúde e os números pactuados expressavam falhas graves no entendimento e cálculo dos indicadores. Não eram planejadas
                   ações para o seu alcance e os números pactuados só eram vistos novamente na próxima pactuação. Através do projeto PactuAÇÃO
                   uma equipe condutora desencadeou uma série de atividades com o objetivo de mudar este quadro. Primeiramente as equipes regionais
                   foram capacitadas, por seção, quanto ao cálculo dos indicadores, análise de desempenho dos municípios por indicador e planejamento
                   de ações para alcance das metas propostas. Em um segundo momentos os técnicos municipais foram recebidos na regional de saúde,
                   em grupos de quatro municípios, para discussão do método de cálculo de todos os indicadores. A equipe condutora solicitou de cada
                   município que elencasse os cinco indicadores prioritários, com base nos resultados e nas dificuldades para alcance de melhorias e os
                   discutisse com sua equipe local. A equipe condutora regional visitou os dezesseis municípios construindo, em conjunto com os técnicos
                   municipais, planos de ação para o alcance das metas propostas para os indicadores prioritários. Nesse momento foram traçadas
                   etapas para cada indicador, com definição de ações, prazos e responsabilizando nominalmente os técnicos envolvidos. Instituiu-se o
                   monitoramento periódico dos indicadores, com análises quadrimestrais. Os resultados alcançados refletem o nível de organização dos
                   municípios, desde aqueles que obtiveram melhorias discretas aos que alcançaram todas as metas prioritárias, com melhorias de até 600
                   porcento em alguns indicadores. Hoje todos conhecem os métodos de cálculo dos indicadores, há integração dos técnicos diretamente
                   envolvidos com os resultados desde o planejamento das ações e definição das metas, e as equipes municipais assimilaram a cultura
                   de monitoramento dos indicadores. Referências: Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação Estruturante do SUS/
                   Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS,2007. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e
                   Participativa. Departamento de Articulação Interfederativa. Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores: 2013-2015. Brasília:
                   Ministério da Saúde, 2014 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Articulação
                   Interfederativa. Guia para epaboração do Contrato Organizativo da Ação Pública: construindo o COAP passo a passo. Brasília: Ministério
                   da Saúde, 2014 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Aperfeiçoamento em Gestão da Atenção Primária à Saúde. Brasília:
                   CONASS, 2011. Palavras-chave: Planejamento. Gestão. SISPACTO.
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