Page 262 - ANAIS_3º Congresso
P. 262
EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde TRABALHO 294
Grupo de acolhimento: relato de experiência de um centro de
atenção psicossocial álcool e outras drogas (CAPSAD) de Curitiba
AUTOR PRINCIPAL: Bianca Alves | AUTORES: Alex de Mendes Lima, Daniele Basegio, Deivisson Viana Dantas dos Santos,
Sandra Mara Moraes e Silva | INSTITUIÇÃO: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) | Curitiba-PR | E-mail: alvesb.bianca@gmail.com
Caracterização do problema: O acolhimento individual como estratégia de cuidado das pessoas que usam drogas passou a apresentar
limitações no quotidiano do trabalho da equipe do CAPSaD e surgiu a necessidade de criar outros dispositivos terapêuticos que
pudessem desenvolver um espaço para a escuta, detecção, aprofundamento e resolução de demandas não identificadas no primeiro
atendimento. Fundamentação teórica: O acolhimento em saúde deve ser considerado em articulação com o princípio de integralidade,
pois compreende postura, técnica e princípio de reorientação de serviços¹. Porém, existem ainda grandes lacunas nos modelos de
atenção e gestão dos serviços de saúde pública² que indicam a necessidade de reorientar os processos de trabalho continuamente
a fim de oferecer respostas mais qualificadas as demandas dos sujeitos atendidos. Descrição da experiência: Em janeiro de 2016
surgiu a elaboração e implantação do Grupo de Acolhimento (GA) que se propõe a reinventar o “fazer” da inserção e/ou a transferência
de cuidado das pessoas atendidas no CAPSaD, realizando o acolhimento de até 12 pessoas com encontros semanais, coordenado
por dois profissionais. Inicialmente é feita uma discussão prévia das dificuldades e apontamentos do acolhimento inicial; retomada da
escuta em grupo dessas pessoas; discussão dos casos entre os profissionais e direcionamento das demandas: inserção no CAPSaD
com definição do profissional de referência; reagendamento para retorno no GA; reorientação das demandas para outros equipamentos
da RAPS; busca ativa dos faltosos. Efeitos alcançados: Nesse período de funcionamento o GA proporcionou maior eficiência e eficácia
no atendimento das pessoas que procuram o serviço, gerando melhor organização e agilidade nos fluxos de atendimento, desde o
primeiro contato até a transferência de cuidado para outro ponto de atenção da rede. Recomendações: Planeja-se possibilitar a
reflexão sobre o rearranjo e reorganização da porta de entrada dos serviços de saúde mental na pretensão de sugerir que os profissionais
possam agir com plasticidade, adequando o processo de trabalho à realidade objetiva de cada serviço e criando junto aos seus pares,
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
novos dispositivos de acolhimento que se somem a prática da clínica ampliada e da integralidade do cuidado do sujeito de forma
inovadora. Referências: 1- Junior AGS; Mascarenhas, MTM. Avaliação da atenção básica em saúde sob a ótica de integralidade:
aspectos conceituais e metodológicos. In: Pinheiro r, Mattos, RA. Cuidado: as fronteiras da integralidade. 3ª ed. Rio de Janeiro: Cepesc/
UERJ; 2006. P.241-257. 2- Franco, T; Bueno, W; Merhy, E. O acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso de Betim, Minas
Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro; abr-jun; 1999. p. 345-353. 3- Lancetti, A. Contrafissura e Plasticidade Psíquica - Col.
Saúdeloucura. 1ª Ed. Rio de Janeiro, Brasil; 2015. Palavras-chave: Grupo de Acolhimento. CAPS AD. Dispositivos Terapêuticos.
EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde TRABALHO 296
Gestão da qualidade em consórcio público de saúde:
relato de experiência
AUTOR PRINCIPAL: Tatiana de Dio Benevenuto | AUTORES: Não há | INSTITUIÇÃO: CISMEPAR | Londrina-PR |
E-mail: tatiana.qualidade@cismepar.org.br
O conceito de qualidade na atualidade é a correção dos problemas e de suas causas ao longo de toda a série de fatores que exercem
influência sobre a satisfação do usuário. No âmbito dos consórcios públicos de saúde faz-se necessário a aplicação deste conceito de
forma contundente e participativa. Este projeto justifica-se tendo em vista a necessidade de analise e reorganização das praticas do
cotidiano do consorcio, que perpassa a gestão, planejamento e atenção em saúde. O objetivo do projeto é atuar como elo entre as
equipes de trabalho e o conselho diretor do consórcio, oportunizando a valorização das pessoas e sua participação como protagonistas
nas estratégias da Gestão da Qualidade, possibilitando que se expressem quanto as suas necessidades e propostas bem como ser um
canal de ligação entre a direção, às ações a serem implementadas e os colaboradores. Para obtenção de resultados objetivos acerca
do projeto foi estruturada uma comissão composta por profissionais atuantes no Consorcio dispostos a analisar criticamente e promover
transformações significativas dos processos de trabalho para a aquisição da acreditação em nível de selo bronze da Organização
Nacional de Acreditação – ONA, Além disso, também foi implantada a Gestão da Qualidade sendo um componente da estrutura do
consorcio que atua no âmbito organizacional e deliberativo, a partir de metodologias e ferramentas analíticas e de implementação com
vistas à garantia da qualidade nas ações do Cismepar. A comissão do Plano diretor reuniu-se semanalmente no intuito de elaborar um
plano de correção das não conformidades contemplando macro temas, tais como: Liderança, Gestão de Pessoas, Unidade, Segurança
do Paciente, Segurança Patrimonial, Estrutura Físico Funcional, Acesso, Atendimento Ambulatorial, Processos Pós Analíticos, Diagnose,
Sistema de Informação, Gestão de Equipamentos, Gestão de Segurança. Além disso, foram criadas tabelas padronizadas de organização
do projeto. Elaborado também Plano de Capacitação de Trabalho de chefia e liderança e de qualidade no atendimento. Os desafios
atuais para o projeto são a implantação consolidada do plano de solução de não conformidades, a construção das matrizes para
padronização dos processos de trabalho, trabalhar o convencimento de todo time envolvido nesse projeto e alcançar os selos de
acreditação. Referências: Manual das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. Brasilia: Organização Nacional de Acreditação,
2010. 164p Palavras-chave: Gestão. Qualidade. Acreditação.
262