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EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde                             TRABALHO 294

                        Grupo de acolhimento: relato de experiência de um centro de
                        atenção psicossocial álcool e outras drogas (CAPSAD) de Curitiba


                        AUTOR PRINCIPAL: Bianca Alves  |  AUTORES: Alex de Mendes Lima, Daniele Basegio, Deivisson Viana Dantas dos Santos,
                        Sandra Mara Moraes e Silva  |  INSTITUIÇÃO: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)  |  Curitiba-PR  |  E-mail: alvesb.bianca@gmail.com
                          Caracterização do problema: O acolhimento individual como estratégia de cuidado das pessoas que usam drogas passou a apresentar
                          limitações no quotidiano do trabalho da equipe do CAPSaD e surgiu a necessidade de criar outros dispositivos terapêuticos que
                          pudessem desenvolver um espaço para a escuta, detecção, aprofundamento e resolução de demandas não identificadas no primeiro
                          atendimento. Fundamentação teórica: O acolhimento em saúde deve ser considerado em articulação com o princípio de integralidade,
                          pois compreende postura, técnica e princípio de reorientação de serviços¹. Porém, existem ainda grandes lacunas nos modelos de
                          atenção e gestão dos serviços de saúde pública² que indicam a necessidade de reorientar os processos de trabalho continuamente
                          a fim de oferecer respostas mais qualificadas as demandas dos sujeitos atendidos. Descrição da experiência: Em janeiro de 2016
                          surgiu a elaboração e implantação do Grupo de Acolhimento (GA) que se propõe a reinventar o “fazer” da inserção e/ou a transferência
                          de cuidado das pessoas atendidas no CAPSaD, realizando o acolhimento de até 12 pessoas com encontros semanais, coordenado
                          por dois profissionais. Inicialmente é feita uma discussão prévia das dificuldades e apontamentos do acolhimento inicial; retomada da
                          escuta em grupo dessas pessoas; discussão dos casos entre os profissionais e direcionamento das demandas: inserção no CAPSaD
                          com definição do profissional de referência; reagendamento para retorno no GA; reorientação das demandas para outros equipamentos
                          da RAPS; busca ativa dos faltosos. Efeitos alcançados: Nesse período de funcionamento o GA proporcionou maior eficiência e eficácia
                          no atendimento das pessoas que procuram o serviço, gerando melhor organização e agilidade nos fluxos de atendimento, desde o
                          primeiro contato até a transferência de cuidado para outro ponto de atenção da rede. Recomendações: Planeja-se possibilitar a
                          reflexão sobre o rearranjo e reorganização da porta de entrada dos serviços de saúde mental na pretensão de sugerir que os profissionais
                          possam agir com plasticidade, adequando o processo de trabalho à realidade objetiva de cada serviço e criando junto aos seus pares,
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          novos dispositivos de acolhimento que se somem a prática da clínica ampliada e da integralidade do cuidado do sujeito de forma
                          inovadora. Referências: 1- Junior AGS; Mascarenhas, MTM. Avaliação da atenção básica em saúde sob a ótica de integralidade:
                          aspectos conceituais e metodológicos. In: Pinheiro r, Mattos, RA. Cuidado: as fronteiras da integralidade. 3ª ed. Rio de Janeiro: Cepesc/
                          UERJ; 2006. P.241-257. 2- Franco, T; Bueno, W; Merhy, E. O acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso de Betim, Minas
                          Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro; abr-jun; 1999. p. 345-353. 3- Lancetti, A. Contrafissura e Plasticidade Psíquica - Col.
                          Saúdeloucura. 1ª Ed. Rio de Janeiro, Brasil; 2015. Palavras-chave: Grupo de Acolhimento. CAPS AD. Dispositivos Terapêuticos.



                       EIXO TEMÁTICO: Planejamento e Gestão em Saúde                             TRABALHO 296

                        Gestão da qualidade em consórcio público de saúde:
                        relato de experiência

                        AUTOR PRINCIPAL: Tatiana de Dio Benevenuto  |  AUTORES: Não há |  INSTITUIÇÃO: CISMEPAR  |  Londrina-PR  |
                        E-mail: tatiana.qualidade@cismepar.org.br

                          O conceito de qualidade na atualidade é a correção dos problemas e de suas causas ao longo de toda a série de fatores que exercem
                          influência sobre a satisfação do usuário. No âmbito dos consórcios públicos de saúde faz-se necessário a aplicação deste conceito de
                          forma contundente e participativa. Este projeto justifica-se tendo em vista a necessidade de analise e reorganização das praticas do
                          cotidiano do consorcio, que perpassa a gestão, planejamento e atenção em saúde. O objetivo do projeto é atuar como elo entre as
                          equipes de trabalho e o conselho diretor do consórcio, oportunizando a valorização das pessoas e sua participação como protagonistas
                          nas estratégias da Gestão da Qualidade, possibilitando que se expressem quanto as suas necessidades e propostas bem como ser um
                          canal de ligação entre a direção, às ações a serem implementadas e os colaboradores. Para obtenção de resultados objetivos acerca
                          do projeto foi estruturada uma comissão composta por profissionais atuantes no Consorcio dispostos a analisar criticamente e promover
                          transformações  significativas dos processos  de trabalho para a aquisição  da acreditação  em nível de selo bronze da Organização
                          Nacional de Acreditação – ONA, Além disso, também foi implantada a Gestão da Qualidade sendo um componente da estrutura do
                          consorcio que atua no âmbito organizacional e deliberativo, a partir de metodologias e ferramentas analíticas e de implementação com
                          vistas à garantia da qualidade nas ações do Cismepar. A comissão do Plano diretor reuniu-se semanalmente no intuito de elaborar um
                          plano de correção das não conformidades contemplando macro temas, tais como: Liderança, Gestão de Pessoas, Unidade, Segurança
                          do Paciente, Segurança Patrimonial, Estrutura Físico Funcional, Acesso, Atendimento Ambulatorial, Processos Pós Analíticos, Diagnose,
                          Sistema de Informação, Gestão de Equipamentos, Gestão de Segurança. Além disso, foram criadas tabelas padronizadas de organização
                          do projeto. Elaborado também Plano de Capacitação de Trabalho de chefia e liderança e de qualidade no atendimento. Os desafios
                          atuais para o projeto são a implantação consolidada do plano de solução de não conformidades, a construção das matrizes para
                          padronização dos processos de trabalho, trabalhar o convencimento de todo time envolvido nesse projeto e alcançar os selos de
                          acreditação. Referências: Manual das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. Brasilia: Organização Nacional de Acreditação,
                          2010. 164p Palavras-chave: Gestão. Qualidade. Acreditação.

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