Page 11 - ANAIS_4º Congresso

EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE

A Rede de Proteção e o Território em Saúde, no Contexto da US Sambaqui em
Curitiba, Paraná

Autores: PATRICIA APARECIDA BIECO BRAGA; Lea Maria de Oliveira; Ramon de Oliveira Bieco Braga; Bruno Henrique de Souza.
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde em Curitiba
Palavras-chave: Rede de Proteção; US Sambaqui; Curitiba/PR.
Com o objetivo de promover a saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (CURITIBA, 2008), criou no ano 2000 a Rede
de Proteção que se dedica em auxiliar as pessoas que por ventura apresentam-se em estado de violência da ordem física,
sexual ou estrutural. A política anteriormente mencionada encontra-se circunscrita na lógica territorial da Estratégia da Saúde
da Família (ESF), tendo como pilar a compreensão de território que, conforme Souza (2004), denota um espaço delimitado
socialmente pelas esferas políticas e/ou culturais. Conforme afirmam Teixeira, Paim e Villasboas (1998), a territorialização na
saúde mostra a vulnerabilidade social, a partir da identificação dos problemas de cada grupo de moradores, onde o Estado
objetiva aplicar políticas públicas na prevenção e promoção da saúde para a população, incluindo saneamento ambiental,
programas de vacinação, palestras de orientações em saúde bucal, coletas de citopatológicos e outras demandas sociais. Assim
sendo, realizou-se um estudo com a Unidade de Saúde (US) Sambaqui, situada no bairro Sitio Cercado em Curitiba, Paraná,
onde o objetivo foi compreender como a Rede de Proteção auxilia na promoção da saúde em sua população territorial. A matriz
metodológica aplicada foi a ação-participativa que “(...) constitui a rigor um método de pesquisa em que o pesquisador procura
tornar-se um membro do grupo observado e dessa forma compartilhar as experiências de vida para melhor compreender
seus hábitos e convenções sociais” (NOVAES; GIL, 2009, p.142). Os resultados obtidos evidenciaram que com a realização de
visitas domiciliares, o território atendido pela US faz parte de uma comunidade socialmente vulnerável quanto ao estado de
saúde. A maioria da população reside em casa simples, as vezes sem muros, bem como com portas e janelas improvisadas
com tapumes. Verificou-se que as denúncias na Rede demonstram que a população vivencia o subemprego e apresentam
baixa escolaridade. Dessas pessoas, emergem denúncias de dependência alcoólica e química, bem como abandono infantil e
violência sexual. Com base nos resultados, a pesquisa concluiu que as denúncias são uma importante via a ser percorrida pelos
profissionais da Rede em auxiliar a promoção da saúde das pessoas oprimidas que se sentem sozinhas quando violentadas.

A Ressignificação das Dimensões da Qualidade como Estratégia para a Qualificação
das Informações no Conecta SUS Zilda Arns Neumann – Centro de Informações e
Decisões Estratégicas em Saúde.

Autores: MARIA INÊS PINHEIRO COSTA; Jean Pierre Pereira; Ângela Carneiro Naziasene Lima; Valéria Borba Florêncio; Péricles Lopes
Dourado. Instituição: Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
Palavras-chave: Informação; qualidade; dimensões
Introdução: A busca pela inteligência organizacional por meio da transformação de dados em informação qualificada em saúde
é um dos objetivos do Conecta SUS. Sendo a informação o principal produto da organização, é essencial que esta seja avaliada
e validada quanto a sua qualidade. Para tanto foram estabelecidas as dimensões da qualidade conforme Huang et al. (1999).
Objetivo: Avaliar as dimensões da qualidade das informações trabalhadas no Conecta SUS para qualificação de seus produtos
e serviços. Método: Foram definidas 17 (dezessete) dimensões da qualidade das informações produzidas pelo Conecta SUS
para avaliação pelos públicos de interesse. Elencou-se as seguintes dimensões: acessibilidade, quantidade, credibilidade,
completeza, concisão, consistência, facilidade de uso, livre de erros, interpretabilidade, objetividade, relevância, reputação,
segurança, pontualidade, entendimento, atualização dos dados e volatilidade. Para tanto, foi aplicado um questionário online
aos públicos de interesse definidos no escopo do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ/Conecta SUS). As dimensões da
qualidade foram classificadas considerando-se o maior e o menor percentual das avaliações com notas 1 e 2 (negativas) e
das avaliações com notas 4 e 5 (positivas) para definição de três intervalos: Bom, Neutro e Ruim, sendo que as avaliações
com nota 3 (neutras), foram desconsideradas. A partir daí, foram validadas pelo Colegiado de Gestão do Conecta SUS 13
(treze) dimensões, com eliminação de 4 (quatro) (completeza, consistência, objetividade e entendimento) por já estarem
contempladas nos conceitos das 13 (treze) validadas. Resultados: As dimensões da qualidade das informações classificadas
no critério Bom foram: credibilidade, objetividade, reputação, atualização dos dados, interpretabilidade, segurança e relevância.
No critério Ruim foram: acessibilidade e livre de erros. As Neutras foram: pontualidade, entendimento, volatilidade, concisão,
consistência, facilidade de uso, quantidade e completeza. Conclusão: Constatou-se que os produtos/serviços do Conecta SUS
foram aprovados pelos públicos de interesse, no entanto, sentiu-se a necessidade de revisão do quantitativo de dimensões e
reescritura de suas definições para melhor compreensão das mesmas e o estabelecimento de estratégias para a melhoria dos
produtos e serviços em relação as dimensões avaliadas como neutras e negativas e também a manutenção da qualidade das
avaliadas como positivas.

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