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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE



                Análise de Não Conformidades em Centro de Distribuição de Medicamentos:
                Oportunidade para Melhoria de Processos
                Autores: MARIANA ROSA GOMES; Débora Liz Babo Alves; Giovanna Chipon Strapasson; Eliane Lemler Semicek; Suzan Mirian do
                Patrocínio Alves. Instituição: Centro de Medicamentos do Estado do Paraná

                Palavras-chave: Assistência Farmacêutica; Logística de Medicamentos; Gestão da Qualidade Total
                O Centro de Medicamentos do Paraná (CEMEPAR) é um órgão público, vinculado à Secretaria de Saúde de Estado, que executa
                atividades  do  ciclo  logístico  da  assistência  farmacêutica  no  Sistema  Único  de  Saúde.  Conta  com  6.142  m3  de  capacidade  de
                armazenamento para os 2669 itens gerenciados (medicamentos e produtos para saúde), totalizando cerca de 6.500 endereços. Após
                a programação de distribuição, são emitidas guias de remessa (GR) pelo sistema de gestão de estoque às unidades requisitantes,
                as GR seguem para o almoxarifado para separação, conferência e embalagem dos itens. Visando analisar as não conformidades
                (NC)  encontradas  após  o  processo  de  conferência  e  promover  ações  preventivas  mais  efetivas  frente  às  NC,  realizou-se  um
                estudo observacional descritivo retrospectivo quantificando e classificando as NC reportadas entre março e dezembro de 2017
                ao almoxarifado do CEMEPAR, as informações foram registradas em planilha eletrônica e análise estatística descritiva utilizou o
                software Microsoft® Excel 2013. Foram recebidas 422 NC por 34 requisitantes de 287 produtos diferentes em 340 GR. Das NC
                analisadas, 59,7% (n=252) foram identificadas e corrigidas no CEMEPAR antes de sua distribuição e 40,2% (n=170) reportadas pelos
                requisitantes após a distribuição. Verificou-se que 93,4% (n=394) das NC relacionam-se a quantidade inferior àquela informada na GR
                e 6,6% (n=28) relacionam-se à quantidade superior. As NC representam 0,058% da quantidade de itens distribuídos pelo CEMEPAR
                no período estudado e 0,011% do valor financeiro movimentado. Após análise dos dados, verificou-se que as NC resultam de são
                erros na conferência ou separação do quantitativo solicitado, separação de item de endereço não solicitado na GR, anotação ou
                transcrição diferente de endereço de alocação ou lote no processo de entrada, quebra e danificação de embalagem na separação.
                Como ação corretiva adota-se a reposição do item faltante para o requisitante, se disponível em estoque ou ajuste da quantidade
                na GR ou no sistema de gerenciamento do requisitante. As ações preventivas são a orientação de colaboradores e alteração de
                endereçamento. Conclui-se que para minimizar efetivamente NC é de fundamental importância realizar treinamentos periódicos aos
                colaboradores, adequar o quadro funcional com demanda existente, implantar checagem eletrônica no recebimento e conferência
                dos itens e utilizar ferramentas de gestão de qualidade no acompanhamento da efetividade das medidas preventivas adotadas.



                Análise do Fornecimento do Medicamento Palivizumabe no Estado do Paraná no
                Período de 2014 a 2017

                Autores: FABIANA MENONCIN SOUZA; Margely Nunes de Souza; Lilian Odeli; Priscilla Marys Limberger; Frederico Alves DIas. Instituição:
                Secretaria de Estado da Saúde do Paraná - CEMEPAR
                Palavras-chave: palivizumabe, economia em saúde, Assistência Farmacêutica
                Introdução: O medicamento palivizumabe foi incorporado no SUS em novembro de 2012 para prevenção da infecção pelo vírus
                sincicial  respiratório  em  prematuros  com  idade  gestacional  menor  ou  igual  a  28  semanas  e  crianças  até  2  anos  com  doença
                pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada. O protocolo de uso foi aprovado
                nacionalmente em maio de 2013, no entanto, o Ministério da Saúde disponibilizou o medicamento somente em 2014, quando
                foi inserido no Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica. O estado do Paraná ampliou os critérios de uso, incluindo
                também os prematuros com idade gestacional entre 29 e 31 semanas, com financiamento estadual para estes casos. Para otimização
                das doses, a aplicação é realizada em polos, mediante agendamento prévio. Objetivo: Analisar o fornecimento do medicamento
                palivizumabe no estado do Paraná, no período de 2014 a 2017. Metodologia: Foram contabilizados os processos para fornecimento
                de palivizumabe recebidos no Centro de Medicamentos do Paraná entre 2014 e 2017. Os processos deferidos foram classificados
                de acordo com os critérios de inclusão estabelecidos em Nota Técnica estadual. A economia alcançada com a otimização de
                doses foi estimada comparando-se o número de frascos necessários para atender todos os processos deferidos, se a aplicação
                fosse realizada de forma isolada, com o quantitativo de frascos realmente distribuído. Resultados: Em 2014 foram avaliadas 744
                solicitações de palivizumabe, sendo 88,7% (660) deferidas. Um crescimento de 60% no número de solicitações foi observado em
                2015, totalizando 1192 processos avaliados, 87,5% (1043) atendidos. Nos anos seguintes o aumento no número de pedidos foi mais
                sutil, somando 1251 processos em 2016 e 1281 em 2017, com 82,9% (1037) e 84,6% (1084) de deferimento, respectivamente. O critério
                de prematuridade ampliado pelo estado responde em média por 36% das crianças atendidas no período em estudo. Nos 4 anos de
                fornecimento, a concentração das aplicações em polos possibilitou uma economia estimada em R$ 12.820.528,12, o que equivale a
                35% do custo total estimado. Conclusão: O crescimento considerável no número de crianças atendidas em 2015 em relação ao ano
                anterior deve-se provavelmente ao período inicial de sistematização de fluxos e divulgação do protocolo. A estratégia de otimização
                das doses mostra-se muito vantajosa para redução dos custos, possibilitando o atendimento de um maior número de crianças no
                estado.



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