Page 18 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE



                 Aquisição de Medicamentos Fitoterápicos por Municípios Paranaenses no Período de
                 2008 a 2018

                 Autores: MÔNICA HOLTZ CAVICHIOLO GROCHOCKI; Francine Mioduski; Luciane Priscila Cavalheiro; Julio Cezar Woehl. Instituição:
                 Consórcio Intergestores Paraná Saúde
                 Palavras-chave: medicamentos fitoterápicos; Rename; programa nacional
                 Caracterização do problema:  A  utilização  da  fitoterapia  como  alternativa  aos  tratamentos  alopáticos  convencionais  é
                 regulamentada  pela  Política  Nacional  de  Práticas  Integrativas  e  Complementares  no  Sistema  Único  de  Saúde  (Dec.  nº
                 5813/2006) e carece de efetiva implementação. Fundamentação teórica: As ações foram estabelecidas por meio do Programa
                 Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos: em 2007, os medicamentos fitoterápicos Mikania glomerata Sprengl (guaco) e
                 Maytenus ilicifolia Mabb. (espinheira-santa) passaram a integrar o elenco do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, de
                 responsabilidade de aquisição pela gestão municipal. Entre 2010 e 2012, foram incluídos outros dez medicamentos fitoterápicos,
                 entre eles isoflavonas de soja. Em 2012, os doze passaram a integrar a Relação Nacional de Medicamentos. Descrição da
                 experiência: No Estado do Paraná, integram o Elenco de Referência Estadual de Medicamentos para a Assistência Farmacêutica
                 na Atenção Básica, pactuado em Comissão Intergestores Bipartite: Mikania glomerata Sprengl (guaco) solução oral/xarope,
                 desde 2008; espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mabb.) cápsula e Isoflavonas de soja (Glycine max) cápsula, desde 2010. Os
                 quantitativos anuais de aquisição destes medicamentos por municípios, utilizando estratégia de compra centralizada, apontam
                 para o interesse da gestão municipal em ofertar o serviço. No entanto constata-se que os processos licitatórios realizados nem
                 sempre são exitosos. Há inclusive dificuldade de elaboração dos editais, por conta da não existência de informação suficiente
                 para elaborar a especificação dos medicamentos fitoterápicos nos processos licitatórios. Ocorrem também outras situações,
                 que são evidenciadas durante a execução dos processos de aquisição e entrega dos medicamentos pelos fornecedores, que
                 evidenciam problemas na garantia de produção desses itens: poucos fabricantes com produtos registrados, não regularidade
                 de produção, elevação expressiva de preços no mercado, problemas na padronização de informações de rótulos e bulas.
                 Efeitos alcançados: Oferta de medicamentos fitoterápicos para aquisição pelos municípios para implementação de serviços
                 que atendam ao Programa Nacional. Recomendações: Estabelecimento de estratégias, no âmbito federal, visando a garantia
                 da disponibilidade de medicamentos fitoterápicos para aquisição com regularidade pelos gestores municipais e atuação da
                 agência regulatória na padronização de informações de rótulos e bulas.


                 Assistência Farmacêutica no âmbito do Departamento Penitenciário do Paraná

                 Autores: SHEILA MANOELA FLORA. INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ

                 Palavras-chave: Medicamentos; Assistência Farmacêutica; Penitenciária.
                 Caracterização do problema: O atendimento em saúde à Pessoa Privada de Liberdade – PPL é previsto na Lei de Execução
                 Penal 7.210/84 e inclui dentro desse direito o acesso a assistência farmacêutica (AF). Em todas as esferas, temos que os maiores
                 gastos são relacionados a medicamentos e o uso de ferramentas de gestão para a eficiência da AF em consonância com os
                 princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), se torna vital para a racionalização de medicamentos e recursos.
                 Dentro da estrutura organizacional do Departamento Penitenciário (DEPEN/PR), até maio de 2017 a Gestão da Assistência
                 Farmacêutica estava atuando em desacordo com a legislação. Fundamentação teórica: A organização mundial de Saúde
                 – OMS define AF como um grupo de serviços e atividades relacionados ao medicamento, destinados a apoiar as ações de
                 saúde. Não é suficiente, considerar que se está oferecendo atenção integral à saúde quando a AF é reduzida à logística de
                 medicamentos, é preciso agregar valor às ações e aos serviços por meio de profissionais qualificados; seleção de medicamentos
                 mais seguros, eficazes e custo-efetivos; programação e aquisição adequadas e no momento oportuno; gerenciamento de
                 estoques entre outras ações. Descrição da experiência: O DEPEN/PR possui a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF)
                 que é responsável pela execução e gestão de todas as etapas da AF do Departamento. Ao assumir o setor em 2015, o principal
                 problema encontrado foi à inexistência formal do setor. Não havia qualquer documento que formalizasse todo aquele trabalho
                 realizado há anos. Havia autuações de órgãos fiscalizadores, solicitando a regularização do setor que atuava de forma “invisível”.
                 Efeitos alcançados e recomendações: Após dois anos de estruturação, em 09/05/2017 consegui a publicação no Diário Oficial
                 das  Portarias  07/2017  e  08/2017  que  institucionaliza  no  âmbito  do  DEPEN/PR  a  CAF  e  designa  sua  Responsável Técnica.
                 Posteriormente a Padronização de Medicamentos do DEPEN/PR foi elaborada e fluxos de pedidos foram criados, visando uma
                 melhor organização dos processos e conhecimento da real demanda de cada Unidade Penal. A AF atualmente prestada, bem
                 como sua estruturação dentro do Departamento, precisa avançar muito, ainda há falta de profissionais farmacêuticos dentro das
                 Unidades, e inadequada estrutura física. Entende-se que há inúmeras dificuldades a serem superadas, contudo, o dinamismo
                 do processo não permite retrocessos capazes de inviabilizar os avanços conquistados.



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