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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE  EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE



                 Agenda de Governo e Ciclo de Avaliação de Políticas Públicas

                 Autores: JHONATHAN RAPHAEL ANDRADE; Pedro Américo Vieira; Marco Antônio Ribas Cavalieri; Raquel Rangel de Meireles
                 Guimarães; Islandia Bezerra da Costa. Instituição: Universidade Federal do Paraná - UFPR

                 Palavras-chave: agenda de governo; analise de politica publica; politica publica de saúde
                 Introdução: A construção de uma agenda de governo tem como determinantes problemas ou questões de políticas públicas
                 tidas como prioritárias por agentes governamentais e demais membros da sociedade no momento de sua elaboração. Ao
                 desenvolver essa agenda, foca-se, inicialmente, na identificação desses problemas, na maneira como eles afetam a população
                 e na forma de aplicar políticas a fim de atendê-los, levando-se em conta também fatores socioeconômicos. Dito isso, o estudo
                 das agendas de governo na definição de uma estrutura metodológica para análise de políticas públicas se mostra de suma
                 relevância, pois antes de tudo é preciso entender os caminhos que levam à definição do que é um problema de relevância
                 social e como enfrenta-lo antes. Objetivos: Demonstrar a estrutura do ciclo de avaliação em políticas públicas e dialogar sobre
                 agenda de governo e sua importância em ciências da saúde. Metodologia: Esse trabalho, de natureza qualitativa, é composto
                 por  uma  revisão  bibliográfica  integrativa.  Utilizou-se  de  análises  de  arquivos  da  literatura  brasileira  com  tema  “avalição  de
                 políticas públicas de saúde e agenda de governo” disponibilizados nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe
                 em Ciências da Saúde (LILACS) e The Scientific Electronic Library Online – SciELO com os descritores: análise de políticas
                 públicas de saúde e agenda de governo e saúde. Os artigos selecionados compreendem o intervalo entre 2008 e 2018.
                 Resultado: O resultado desse estudo define o ciclo para avaliação de políticas públicas, inclusive as do campo da saúde
                 seguindo a linha: história e analise de governo; agenda de governo; formulação; implementação e avaliação. Entende-se que
                 a agenda de governo é caracterizada por três aspectos fundamentais: não ser linear, ser político e ao mesmo tempo técnico e
                 passar por uma complexidade de atores sociais e do Estado. Sendo que a representação do tipo de gestão deve compreender
                 as três bases, assim como a sociedade acadêmica que desenvolve os trabalhos sobre o tema. Dos 51 trabalhos pesquisados,
                 foram selecionados 10 para discussão e dialogo. Conclusão: O trabalho coloca a importância de mais estudos com o tema de
                 agenda governamental e o interesse dos gestores em adequação e melhoria das políticas públicas de saúde. Muitos estudos
                 avaliaram a implementação e avaliação das políticas públicas, porém poucos com o tema: agenda de governo e processo
                 decisório de políticas públicas de saúde.



                 Análise da Contrapartida das Três Esferas de Governo e da Influência da Economia
                 nos Gastos Com Medicamentos Básicos em um Município do Estado do Paraná

                 Autores: SCHEILA MARIA GRACZYK TAKAYASU; Bruna Leonel Giacomeli. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de São José dos
                 Pinhais

                 Palavras-chave: custo de medicamentos, medicamentos básicos, REMUME
                 O objetivo deste estudo é analisar o valor financeiro da contrapartida federal, estadual e municipal, aplicado por habitante ano, no
                 município de São José dos Pinhais/PR para aquisição dos medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica,
                 num  período  de  seis  anos.  Foi  realizada  análise  descritiva  dos  medicamentos  padronizados  e  adquiridos,  registrados  no
                 sistema de informação próprio, levando em consideração o consumo médio mensal do medicamento no ano estudado, o
                 valor unitário pago pelo medicamento, e a variedade de medicamentos, por princípio ativo, adquiridos e contemplados na
                 Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) nos respectivos anos de 2013, 2015 e 2017. Verificou-se um aumento
                 populacional de 6,42% quando comparado o primeiro e último ano do estudo. Verificou-se que o número de itens padronizados
                 na REMUME reduziu em 38% quando comparado o primeiro e segundo ao último ano utilizado no estudo. Observou-se uma
                 manutenção na contrapartida federal e estadual quando comparado o valor de repasse no período dos seis anos estudados;
                 quanto à contrapartida municipal observou-se entre o ano de 2013 e 2015 um aumento de 100% no gasto para subsidiar os
                 medicamentos básicos e entre os anos de 2015 e 2017 uma diminuição do gasto em 37%. Ainda assim, entre o períodos de
                 2013 e 2017 houve um aumento na contrapartida de 26%. Observou-se que o município diminuiu a oferta na variedades de
                 medicamentos para manutenção dos gastos com medicamentos, desta forma houve uma limitação ao acesso dos pacientes
                 à alguns tratamentos antes ofertados. Estes valores, quando comparados ao PIB do município demonstra que o gasto com
                 medicamentos foi diretamente proporcional.  Ainda, que a distribuição de medicamentos, em unidades, foi inversamente
                 proporcional à renda per capta no município, durante os anos do estudo. O estudo demonstra a necessidade de rediscussão do
                 modelo de financiamento da assistência farmacêutica básica e da responsabilidade das esferas do SUS na gestão eficiente dos
                 recursos para prover o acesso aos medicamentos pela população, observando-se ainda todos os fatores econômicos regionais
                 e nacionais. Observa-se que a crise econômica e política que se instalou no pais em 2014-2015 teve sua repercussão direta
                 no acesso da população aos medicamentos básicos. Demonstra ainda que a insuficiência de recursos financeiros interfere
                 diretamente na oferta de medicamentos e na Assistência Farmacêutica Básica para população.



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