Page 22 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE
Avanços e Desafios no Programa Mais Médicos
Autores: BRENA ANAISA TRINDADE; Adriana Moro; Mariele Pena de Couto; Rafael Gomes Ditterich; Karina Tombini. Instituição:
Universidade do Contestado.Secretaria Municipal de Saúde de Mafra-SC. Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva e Meio Ambiente da
Universidade do Contestado - NUPESC. Grupo de Pesquisa – Política, Avaliação e Gestão em Saúde/UFPR
Palavras-chave: Políticas Públicas de Saúde;Atenção Primária à Saúde; Recursos Humanos
O Programa Mais Médicos (PMM) foi instituído pelo Governo Federal com intuito de diminuir a defasagem de recursos humanos
na área médica, destinada ao atendimento público na rede básica, especialmente nas regiões de difícil fixação profissional,
prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo do estudo foi analisar quais foram os avanços, dificuldades e
desafios elencados pelos Coordenadores da Atenção Básica de Saúde (ABS) a partir da implementação do Programa Mais
Médicos nos municípios do Planalto Norte Catarinense. Realizou-se uma pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem
qualitativa. Foram realizadas entrevistas, com aplicação de questionário semiestruturado, as quais foram avaliadas por meio
da metodologia de Análise de Conteúdo. A coleta de dados ocorreu entre os meses de abril e junho do ano de 2015. Adotou-
se como critério de inclusão o município que recebeu ao menos um profissional oriundo do PMM e respondeu integralmente
o questionário. Foram excluídos os municípios que não se enquadraram em uma das duas situações anteriores, obtendo-se
seis (06) respondestes válidos. Dentre as vagas solicitadas pelos municípios da amostra, 68,18% foram preenchidas. Portanto, o
PMM não atingiu a plenitude de inclusão de profissionais médicos nas regiões consideradas neste estudo. Identificou-se, entre
os avanços, a ampliação de acesso à saúde pública; entre as dificuldades, a comunicação entre usuários e os profissionais de
língua estrangeira; e, entre os desafios, o engessamento burocrático e legislativo atinente à gestão dos recursos humanos. Os
Coordenadores referem a humanização no atendimento prestado pelos profissionais vinculados ao Programa Mais Médicos
como ponto relevante. Conclui-se que, embora, existam problemas burocráticos e gerenciais, o Programa Mais Médicos
permitiu a ampliação de acesso ao sistema de saúde, em corroboração ao preceito constitucional de universalização da saúde.
Censo Populacional de Grupos Vulneráveis: Pessoas em Situação de Rua de Maringá-
PR
Autores: ANAI ADARIO HUNGARO; Renan Filipe Altrão ; Giovanna Alves Santos; Ana Lúcia Rodrigues; Magda Lucia Felix de Oliveira..
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Pessoas em Situação de Rua; Vulnerabilidade Social; Enfermagem em Saúde Pública.
Introdução: As duas perguntas frequentemente formuladas após a emergência das cenas de crack nos centros urbanos e
notícias sobre o tráfico e consumo de drogas em diferentes regiões do país são: Quem são estas pessoas observadas nessas
cenas? Quantas elas são? A população em situação de rua apresenta entre os fatores psicossociais de seu contexto de vida: a
situação de pobreza e de exclusão social, com vulnerabilidade social e enfrentamento de privações. Objetivo: Caracterizar e
quantificar a população em situação de rua em um município de médio porte do Paraná. Método: Pesquisa censitária, realizada
no município de Maringá – Paraná, com abordagem de pessoas que vivem em situação de rua ou abrigados, em instituições
de acolhimento, coordenada pelo observatório das Metrópoles Núcleo Universidade Estadual de Maringá. Foi utilizado um
questionário estruturado, com coleta de dados nas cenas de vida nas ruas, no intervalo de uma semana do mês de julho
de 2016, preferencialmente no período noturno. O tratamento estatístico dos dados foi realizado com o auxílio do Software
SPPS, com análise descritiva e correlações, com o propósito de produzir o cruzamento do conjunto das variáveis escolhidas.
Resultados: A maioria das pessoas em situação de rua era do sexo masculino (92,3%), com idades entre 30 a 38 anos – média
36 anos, e cor da pele autorreferida como parda (48,2%), branca (32,4%) e preta (14,9%). A maior parte dos entrevistados tinha o
ensino fundamental incompleto, e 20,9% concluíram apenas as quatro séries iniciais. Sobre a religião, eram evangélicos (49,1%),
católicos (29,8%), ou sem religião (12,2%), solteiros (55%), e divorciados/viúvos (75%). Recebiam o benefício Bolsa Família (22%),
aposentadoria, auxílio doença e cartão alimentação 8% do total. Relataram profissão (81%) e renda média diária de 50 reais
(37%), pedindo dinheiro (35%), cuidando de carros (26%) e coleta de reciclável (20%). Os motivos da ida para as ruas foram o
uso de drogas (45%), desentendimentos familiares (28%) e desemprego (20%). Eram procedentes principalmente de Maringá,
Sarandi, Campo Mourão e Londrina - PR, São Paulo – SP, e da Argentina. O projeto de pesquisa recebeu parecer ético 16799.
Conclusão: O uso de drogas e a baixa escolaridade aumentam a vulnerabilidade social da população em situação de rua.
Desentendimentos familiares e uso de drogas foi referido como motivo para a ida para as ruas, porém questiona-se se a
permanência nas ruas pode estar relacionada a estes achados
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