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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE
Consulta de Enfermagem para acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco em
um Hospital Especializado na Atenção à Pessoa Idosa: Relato de Experiência
Autores: JUNIO CESAR DA SILVA; Mario Gilberto Jesus Nunes; Carolina Piasecki; Tania Maas; Rosilaine de Oliveira; Gisele da Rocha
Castilho. Instituição: Hospital do Idoso Zilda Arns
Palavras-chave: Consulta de Enfermagem; Acolhimento; Classificação de Risco
O acolhimento é uma ação tecno-assistencial, que propicia ao usuário tornar-se sujeito e participante ativo no processo de
produção da saúde, uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Essa
ação leva em consideração atender a todas as pessoas que buscam os serviços de saúde, garantindo a acessibilidade universal;
reorganizar o processo de trabalho, deslocando seu eixo central do médico para uma equipe interdisciplinar; qualificar a relação
profissional de saúde/usuário a partir de parâmetros humanitários de solidariedade e de cidadania. O objetivo desse trabalho é
descrever a experiência da utilização da consulta de enfermagem, para acolhimento com avaliação e classificação de risco, bem
como as atividades desenvolvidas, desafios e perspectivas. Trata-se de um relato de experiência sobre a utilização consulta de
enfermagem por enfermeiros de um hospital público de médio porte, do município de Curitiba - PR. Os resultados evidenciaram
que a consulta de enfermagem contribuiu para amenizar a instabilidade emocional dos usuários e familiares quando estes buscam
o hospital para cuidados de saúde, que tal estratégia tem ajudado o usuário e o próprio serviço de Emergência nas demandas
diárias, pois o usuário é atendido por meio da consulta de enfermagem logo ao chegar, com a avaliação e classificação de
risco. E o serviço de Emergência, que absorve os pacientes que realmente demandam atendimento de emergência, pois muitas
demandas são resolvidas já no acolhimento. Essa prática foi implantada como uma ação de promoção à qualidade e segurança
do atendimento ao paciente que busca atendimento no hospital, muitas vezes sem saber que este é serviço de referência, em
que os pacientes admitidos são regulados pela central leitos do município de Curitiba. Para registro das consultas realizadas
utiliza-se o sistema Tasy, com o Prontuário Eletrônico do Paciente, que permite à equipe multiprofissional do hospital ter acesso
aos dados coletados e o desfecho dado para cada paciente. A consulta de enfermagem para acolhimento com avaliação e
classificação de risco está em fase de implantação, mas já apresenta ótimos resultados, conferindo autonomia aos enfermeiros e
possibilitando aprimoramento do trabalho interdisciplinar. Essa ação potencializa as ações de segurança do paciente que busca
o serviço de Emergência do hospital, ações essas preconizadas pela instituição.
Crescimento, Características e Ferramentas de Gestão para O Cumprimento das
Demandas Administrativas e Judiciais de Procedimentos, órtese e Prótese na Regional
de Saúde - PR
Autores: THAIS GIMENES DAVANÇO; Felipe Assan Remondi; Glauci Regina Morimoto; Maria Fernanda Servulo Herthel; Andreza Soutto
Martins. Instituição: 17ª Regional de Saúde/SESA/PR
Palavras-chave: judicialização; gestão em saúde; aplicativo eletrônico
A busca pelo Ministério Público (MP) e/ou Poder Judiciário para obtenção de procedimentos, órteses ou próteses ofertados ou
não pelo SUS tem crescido ano após ano. Se por um lado a petição reafirma o direito à saúde, por outro gera iniquidades, além de
sobrecarga financeira e operacional. O presente trabalho tem por objetivo caracterizar as ações desta natureza no âmbito da 17ª
Regional de Saúde e relatar o uso de ferramenta informatizada como para gestão destes processos. Apesar de situações pontuais
em anos anteriores, a partir 2014 estas demanda passaram a se tornar mais frequentes. No período 2014-2017 observou-se o
crescimento de 4633% no número de procedimentos atendidos, sendo que em 2017 foram 122 procedimentos, 64 (52%) do MP e
58 (42%) Ordens Judiciais. Do total atendido em 2017, 45% foram de procedimentos/serviços contemplados pelo sistema, mas não
necessariamente prontamente disponíveis. Os tipos de solicitações neste período foram: 25% para Consultas e Cirurgias; 25% para
Materiais, órteses e próteses; 23% para Exames; 10% de solicitações de informação (todas do MP) e 17% de demandas diversas.
Chamam atenção as consultas e cirurgias de ortopedia e os exames de coerência ótica, que predominam em suas categorias.
Para aprimorar os processos de gestão da crescente demanda e complexidade inerente a elas, a Regional de Saúde passou a
implantar uma ferramenta eletrônica, na qual para cada procedimento é criado um “cartão” virtual que contém as informações da
petição, andamento do cumprimento, prazo, registro de comentários e anexação de documentos. No ambiente da ferramenta foi
criada uma lista de cartões para cada um dos cinco setores da regional envolvidos, permitindo o movimento dinâmico dos cartões
entre os setores conforme a tramitação do processo. Os servidores de cada setor passaram a visualizar e trocar informações em
tempo real, por acesso ao aplicativo por meio de navegadores de internet ou até mesmo por celular. A judicialização da saúde
na área de serviços e procedimentos tem se constituído como importante desafio aos gestores do SUS, refletindo a situação de
organização do sistema em cada localidade, no caso da 17ªRS sobressaem os problemas relacionados a ortopedia. A ferramenta
adotada possibilitou a melhor organização dos fluxos de trabalho, facilidade de comunicação, capacidade de monitoramento
e diminuição do tempo de resposta, configurando uma inovação com importante efeito sobre a gestão das ordens judiciais em
cumprimento.
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