Page 25 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE  EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE



                 Consulta de Enfermagem para acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco em
                 um Hospital Especializado na Atenção à Pessoa Idosa: Relato de Experiência

                 Autores: JUNIO CESAR DA SILVA; Mario Gilberto Jesus Nunes; Carolina Piasecki; Tania Maas; Rosilaine de Oliveira; Gisele da Rocha
                 Castilho. Instituição: Hospital do Idoso Zilda Arns
                 Palavras-chave: Consulta de Enfermagem; Acolhimento; Classificação de Risco
                 O acolhimento é uma ação tecno-assistencial, que propicia ao usuário tornar-se sujeito e participante ativo no processo de
                 produção da saúde, uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Essa
                 ação leva em consideração atender a todas as pessoas que buscam os serviços de saúde, garantindo a acessibilidade universal;
                 reorganizar o processo de trabalho, deslocando seu eixo central do médico para uma equipe interdisciplinar; qualificar a relação
                 profissional de saúde/usuário a partir de parâmetros humanitários de solidariedade e de cidadania. O objetivo desse trabalho é
                 descrever a experiência da utilização da consulta de enfermagem, para acolhimento com avaliação e classificação de risco, bem
                 como as atividades desenvolvidas, desafios e perspectivas. Trata-se de um relato de experiência sobre a utilização consulta de
                 enfermagem por enfermeiros de um hospital público de médio porte, do município de Curitiba - PR. Os resultados evidenciaram
                 que a consulta de enfermagem contribuiu para amenizar a instabilidade emocional dos usuários e familiares quando estes buscam
                 o hospital para cuidados de saúde, que tal estratégia tem ajudado o usuário e o próprio serviço de Emergência nas demandas
                 diárias, pois o usuário é atendido por meio da consulta de enfermagem logo ao chegar, com a avaliação e classificação de
                 risco. E o serviço de Emergência, que absorve os pacientes que realmente demandam atendimento de emergência, pois muitas
                 demandas são resolvidas já no acolhimento. Essa prática foi implantada como uma ação de promoção à qualidade e segurança
                 do atendimento ao paciente que busca atendimento no hospital, muitas vezes sem saber que este é serviço de referência, em
                 que os pacientes admitidos são regulados pela central leitos do município de Curitiba. Para registro das consultas realizadas
                 utiliza-se o sistema Tasy, com o Prontuário Eletrônico do Paciente, que permite à equipe multiprofissional do hospital ter acesso
                 aos dados coletados e o desfecho dado para cada paciente. A consulta de enfermagem para acolhimento com avaliação e
                 classificação de risco está em fase de implantação, mas já apresenta ótimos resultados, conferindo autonomia aos enfermeiros e
                 possibilitando aprimoramento do trabalho interdisciplinar. Essa ação potencializa as ações de segurança do paciente que busca
                 o serviço de Emergência do hospital, ações essas preconizadas pela instituição.


                 Crescimento, Características e Ferramentas de Gestão para O Cumprimento das
                 Demandas Administrativas e Judiciais de Procedimentos, órtese e Prótese na Regional
                 de Saúde - PR

                 Autores: THAIS GIMENES DAVANÇO; Felipe Assan Remondi; Glauci Regina Morimoto; Maria Fernanda Servulo Herthel; Andreza Soutto
                 Martins. Instituição: 17ª Regional de Saúde/SESA/PR
                 Palavras-chave: judicialização; gestão em saúde; aplicativo eletrônico
                 A busca pelo Ministério Público (MP) e/ou Poder Judiciário para obtenção de procedimentos, órteses ou próteses ofertados ou
                 não pelo SUS tem crescido ano após ano. Se por um lado a petição reafirma o direito à saúde, por outro gera iniquidades, além de
                 sobrecarga financeira e operacional. O presente trabalho tem por objetivo caracterizar as ações desta natureza no âmbito da 17ª
                 Regional de Saúde e relatar o uso de ferramenta informatizada como para gestão destes processos. Apesar de situações pontuais
                 em anos anteriores, a partir 2014 estas demanda passaram a se tornar mais frequentes. No período 2014-2017 observou-se o
                 crescimento de 4633% no número de procedimentos atendidos, sendo que em 2017 foram 122 procedimentos, 64 (52%) do MP e
                 58 (42%) Ordens Judiciais. Do total atendido em 2017, 45% foram de procedimentos/serviços contemplados pelo sistema, mas não
                 necessariamente prontamente disponíveis. Os tipos de solicitações neste período foram: 25% para Consultas e Cirurgias; 25% para
                 Materiais, órteses e próteses; 23% para Exames; 10% de solicitações de informação (todas do MP) e 17% de demandas diversas.
                 Chamam atenção as consultas e cirurgias de ortopedia e os exames de coerência ótica, que predominam em suas categorias.
                 Para aprimorar os processos de gestão da crescente demanda e complexidade inerente a elas, a Regional de Saúde passou a
                 implantar uma ferramenta eletrônica, na qual para cada procedimento é criado um “cartão” virtual que contém as informações da
                 petição, andamento do cumprimento, prazo, registro de comentários e anexação de documentos. No ambiente da ferramenta foi
                 criada uma lista de cartões para cada um dos cinco setores da regional envolvidos, permitindo o movimento dinâmico dos cartões
                 entre os setores conforme a tramitação do processo. Os servidores de cada setor passaram a visualizar e trocar informações em
                 tempo real, por acesso ao aplicativo por meio de navegadores de internet ou até mesmo por celular. A judicialização da saúde
                 na área de serviços e procedimentos tem se constituído como importante desafio aos gestores do SUS, refletindo a situação de
                 organização do sistema em cada localidade, no caso da 17ªRS sobressaem os problemas relacionados a ortopedia. A ferramenta
                 adotada possibilitou a melhor organização dos fluxos de trabalho, facilidade de comunicação, capacidade de monitoramento
                 e diminuição do tempo de resposta, configurando uma inovação com importante efeito sobre a gestão das ordens judiciais em
                 cumprimento.


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