Page 27 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE  EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE



                 Disponibilidade de Enfermeiros Atuantes na Estratégia Saúde da Família no Estado do
                 Paraná

                 Autores: GABRIELI PATRICIO RISSI; Bianca Machado Cruz Shibukawa; Rosimara Oliveira Queiroz; Hosanna Pattrig Fertonani; Herbert
                 Leopoldo de Freitas Goes. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
                 Palavras-chave: Recursos Humanos; Estratégia Saúde da Família; Cobertura de Serviços de Saúde.
                 Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) atua no acesso, primeiro contato, logitudinalidade, integralidade e coordenação do
                 cuidado, sendo o alicerce das redes de atenção. Cada equipe da ESF é composta, minimamente, por um médico, um enfermeiro,
                 um auxiliar de enfermagem, quatro agentes comunitários de saúde e equipe odontológica. A ESF possui área geográfica e população
                 adstritas, podendo conter até 4000 pessoas por equipe, sendo recomendado 3000 ou menos, dependendo da vulnerabilidade social
                 da população. Porém, existe desarmonia entre os serviços de saúde e os recursos humanos da atenção primária, os quais possuem
                 alta rotatividade, impactando na resolutividade do serviço de saúde. Objetivo: Identificar a disponibilidade de enfermeiros na ESF para
                 atender a população do Estado do Paraná. MÉTODO: Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. A coleta de dados foi
                 realizada no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do ano de 2015, onde foram selecionados enfermeiros atuantes
                 na ESF das 22 Regiões de Saúde do Estado do Paraná. Os dados foram analisados por taxa de disponibilidade, média e desvio-padrão,
                 utilizando o Programa Microsoft Excel 2016. Para fins de cálculo, utilizou-se a estimativa populacional pelo Departamento de Informática
                 do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O estudo dispensou aprovação ética por abranger dados de domínio público. Resultados: No
                 Paraná a taxa média de disponibilidade de enfermeiros é 2,3 (DP: 0,5) para cada 4.639 pessoas. A menor disponibilidade de enfermeiros
                 encontrada foi nas Regiões Metropolitana de Curitiba (1,5 enfermeiro/6.723 pessoas), Paranaguá (1,5 enfermeiro/6.665 pessoas) e Toledo
                 (1,7 enfermeiro/6.030 pessoas). As Regiões de Saúde de Foz do Iguaçu, Maringá, Irati, União da Vitória e Ponta Grossa apresentaram
                 respectivamente, 1,7 enfermeiro/5.882 pessoas; 1,8/5.713; 1,9/5.357; 1,9/5.301 e 1,9/5.196, as demais regionais mostraram uma cobertura
                 média de 2,6 enfermeiros para cada 3.942 pessoas. Identificou-se que a maioria das Regiões de Saúde do Paraná apresentam quantidade
                 recomendada de pessoas por equipe de ESF segundo o Ministério da Saúde, porém ainda existe a necessidade de adequação do
                 número de enfermeiros para equilíbrio entre taxa de disponibilidade e população a ser atendida. Conclusão: Evidencia-se a necessidade
                 de monitoramento e investimento nas equipes da ESF, a fim de cumprir os requisitos determinados pelas políticas públicas referentes
                 a essa temática.



                 Elaboração do Plano Assistencial Multiprofissional no Processo de Implantação de
                 uma Unidade de Cuidados Paliativos em um Hospital da Rede Pública do Estado do
                 Paraná: Relato de Experiência.

                 Autores: ELZA DE LARA BEZERRA; Katiele Fermanda Larios; Solange Gomes da Silva; Larissa Domingas Grispan e Silva; Geraldo Junior
                 Guilherme. Instituição: Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade

                 Palavras-chave: Cuidado paliativos; multiprofissional, plano assistencial
                 O objetivo deste relato concentra na apresentação do processo de implantação do cuidado paliativo em hospital de nível secundário;
                 a  Comissão  Intrahospitalar  de  Cuidados  Paliativos  -  CIHCP  foi  implantada  com  finalidade  de  atender  aos  pacientes  portadores  de
                 doenças crônicos degenerativas em especial as cerebrovasculares, cardiológicas, respiratórias de difícil controle domiciliar, acamados
                 de longo tempo, internações frequentes e de longa permanência, assistidos até então de forma obstinada muitas vezes desnecessárias,
                 causando  sofrimento  ao  paciente,  à  família  e  aos  profissionais  de  saúde.  A  comissão  é  composta  por  profissionais  das  áreas  de
                 administração, capelania hospitalar, enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina, nutrição, serviço social e psicologia. A iniciativa de
                 profissionais preocupados com a qualidade de vida e da assistência prestada a esta categoria de pacientes, fez com que os diretores se
                 sensibilizassem com a temática e investi-se na formação de uma equipe de trabalho que buscassem de forma coletiva a construção do
                 regimento da CIHCP e dos Planos Assistencial Terapêutico multiprofissional – PATM, assim o processo teve seu inicio em agosto de 2017
                 sendo concluído em abril de 2018. A metodologia didático-pedagógica, foi definida após indicação da direção técnica e de enfermagem
                 de um profissional que pudessem coordenar o grupo de trabalho, com a função de buscar material didático com evidências científicas
                 comprovadas, planejar e elaborar o conteúdo teórico, realizar visita técnica, gerenciar as reuniões e encontros semanais para discussão e
                 aprovação dos planos assistenciais. No geral foram elaborados nove (09) planos terapêuticos tendo como base os achados semiológicos
                 e queixas prováveis de ocorrer junto aos pacientes elegíveis aos CP, assim como treze (13) planos assistenciais que contemplam desde a
                 admissão até a alta do paciente independente do tipo desta. O processo conclusivo deste trabalho culminou na participação efetiva dos
                 profissionais que validaram todo o processo de trabalho, em parceria com a alta gestão da instituição e consultores adoc e as Comissões
                 de Ética de Enfermagem e Médica, na elaboração de um escore próprio institucional para validar o potencial candidato aos CP, criação
                 de unidade própria para acolher estes pacientes, sensibilização da comunidade interna sobre cuidados paliativos, capacitação específica
                 para os membros efetivos da CIHCP e treinamentos aos colaboradores.

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