Page 32 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE



                 Gestão de Leitos Hospitalares X Transição Demográfica: Cenário de Tendências

                 Autores: MARIA DA PENHA GOMES GOUVEA; Stephania Demarchi. Instituição: Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes

                 Palavras-chave: Transição demográfica; Gestão de Leitos; Desospitalização
                 Introdução: Entre os anos de 2010 e 2050 a população idosa do Brasil irá triplicar. É sabido que, em sua grande maioria, os idosos
                 são portadores de doenças crônicas e debilitantes, onerosas e duradouras. Tais doenças, comuns à terceira idade, demandam
                 cuidados  constantes  e  específicos,  o  que  significa  um  incremento  importante  do  uso  de  leitos  hospitalares  por  suas  longas  e
                 recorrentes internações. A recomendação da Organização Mundial de saúde (OMS) é de 3 a 5 leitos a cada 1000 habitantes. Objetivo:
                 O objetivo deste estudo foi apontar o atual cenário de leitos hospitalares no Brasil e no Paraná além de projetar o cenário para
                 os próximos quinquênios em relação ao crescimento populacional. Este estudo apoia-se na construção de cenários. As variáveis
                 utilizadas foram classificadas como tendências ou incertezas. As tendências seriam as variações do sujeito do estudo em relação
                 aos  eventos  prováveis,  e  incertezas  são  consideradas  como  eventos  não-probabilísticos.  Dados  do  IBGE  sobre  o  crescimento
                 populacional e do número de leitos hospitalares no Brasil serviram de base para a construção dos cenários e discussão. Resultados:
                 O desenvolvimento deste estudo apontou que ambos, Brasil e Paraná se encontram abaixo da recomendação da OMS e que o Brasil
                 e o Paraná oferecendo 2,7 leitos/1000 hab, apresentando um cenário de crescimento populacional de aproximadamente 14 % entre
                 os anos de 2005 e 2015 e o número de leitos em queda de quase 10% no mesmo período. Dessa forma, tanto a Saúde Pública do
                 Brasil quanto a do Paraná se deparam com um cenário pessimista, uma vez que o número de leitos hospitalares não acompanhou o
                 crescimento populacional. Este quadro vem anunciar um futuro de incertezas. Conclusão: Em projeção de um cenário otimista se faz
                 necessário que sejam criados 7,5 mil novos leitos até o ano de 2020, somente para o estado do Paraná colocando-o, dessa forma,
                 dentro do mínimo recomendado pela OMS. Medidas para a gestão da saúde e cuidados da população idosa são cruciais para evitar
                 o caos na saúde pública, num cenário atual de redução de leitos hospitalares e aumento da população alvo. A desospitalização pode
                 ser vista como instrumento do gerenciamento de custos, proporcionando vantagens tanto para os prestadores da assistência quanto
                 para pacientes e familiares beneficiados pelo programa.




                 Gestão do Trabalho no NASF de Paranaguá-Paraná: Desafios e Implantação

                 Autores: TAINÁ RIBAS MÉLO; Thalita Staszko Mariot Fialho; Neuza Staszko; Vanessa de Oliveira Lucchesi; Marcos Claudio Signorelli.
                 Instituição: Prefeitura Municipal de Paranaguá; Uniandrade e IBRATE; Universidade Federal do Paraná

                 Palavras-chave: NASF; gestão
                 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: Criado em 2008, o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) só foi implantado em
                 Paranaguá/PR em 2014/15. Objetivamos refletir sobre os desafios dessa implantação por meio da inserção de profissionais como
                 fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e nutricionistas na equipe de atenção primária do município, FUNDAMENTAÇÃO
                 TEÓRICA: Numa busca por ampliar a capacidade de resposta à maior parte dos problemas de saúde da população na atenção
                 básica, o Ministério da Saúde criou os NASFs, os quais têm como objetivo o trabalho compartilhado e colaborativo em pelo
                 menos duas dimensões: clínico-assistencial e técnico-pedagógica. No entanto, os documentos do Ministério da Saúde sobre
                 NASF dão margem para uma diversidade de interpretações sobre como deve ser a forma de articulação com as redes de
                 saúde, sendo consenso de seu papel apoiador às equipes básicas. Nesse sentido cabe à gestão e à equipe NASF a condução
                 da melhor forma de organização do trabalho de acordo com as necessidades locais. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A equipe
                 iniciou com foco em reabilitação e matriciamento na atenção primária de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), configurando-
                 se posteriormente como equipes NASF, incluindo também outras, sendo regulamentado em 2016. Inicialmente foram
                 planejadas ações, ao mesmo tempo em que a equipe realizou a territorialização em saúde, assim como elencou as demandas
                 específicas das UBS. Na sequência, o trabalho foi sistematizado pela equipe com ação conjunta dos profissionais NASF, num
                 fluxo estabelecido pelos profissionais com a gestão. Nesse intervalo de tempo, embora com muitos pontos positivos, também
                 existiram dificuldades, tais como: constante mudança de profissionais da equipe básica; dificuldade de manter equipes básicas
                 completas;  mudanças  de  gestão  com  desarticulações  do  trabalho;  falta  de  estrutura  adequada;  dificuldade  de  captação
                 de  recursos  financeiros;  dificuldade  para  implantação  do  sistema  e-SUS.  EFEITOS ALCANÇADOS: Implantação do NASF
                 com sistematização do fluxo, facilitação da organização do trabalho e do controle e apoio da gestão, facilitou a lógica dos
                 encaminhamentos realizados, favoreceu resolutividade de atenção (interconsulta) e possibilitou até mesmo o aumento de
                 coberturas em termos de áreas do ESF, que iniciou em 3 equipes e atualmente abrange 9. RECOMENDAÇÕES: organização
                 do trabalho com aproximação à gestão; gerenciamento das ações compartilhadas; ampliação do NASF para outras UBS do
                 município.



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