Page 33 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE
Gestão dos Resíduos Gerados na Atenção Primária à Saúde de Um Município da
Região Noroeste do Paraná-brasil
Autores: EDINALVA ALMEIDA MOTA; Franciele Mota Carraro; Josaine Tereza Cerozino; Sandra Geane Souza; Daniela Dib Gonçalves.
Instituição: Universidade Paranaense Unipar
Palavras-chave: Resíduos; Atenção Primária; Gestão
Introdução: O aumento crescente no volume de resíduos gerados pelas instituições de saúde, conjuntamente ao gerenciamento
inadequado desses, vem sendo considerados um dos grandes desafios no que se refere a gestão da saúde. Objetivo: O estudo
teve como objetivo identificar as conformidades e não conformidades do processo de Gerenciamento de Resíduos de Serviços
de Saúde realizado em unidades de Atenção Primária de Saúde (APS) 1de um município da região noroeste do Paraná e existência
no município de normas estabelecidas em legislação vigente. Metodologia: pesquisa quantitativa e descritiva, realizada por meio
de inspeção de rotina da vigilância sanitária por meio do Roteiro de Inspeção das Unidades de Saúde um instrumento estruturado.
O estudo dos dados secundários derivados das inspeções sanitárias teve autorização formal do gestor de saúde do município. A
análise dos dados foi feita com software Microsoft Excel 2002 for Windows XP e SPSS 18.0. Foi realizado em 23 unidades de APS,
abrangendo 100% das referidas unidades. RESULTADO: Das 23 unidades pesquisadas apenas 4 possuía PGRSS e o plano estava
implantado ainda que parcialmente; a grande maioria das unidades, 19, não estabeleceu as diretrizes de manejo dos RSS e não
elaboraram e não implantaram a gestão adequada dos resíduos. Foi encontrado falhas em todas as etapas do manejo de resíduos,
em todas as unidades. O processo de segregação tem sido o mais negligenciado. Apenas 32, % dos resíduos segregados como
infectante classe A pertenciam a esse grupo. Os resíduos químicos foi o segundo mais falho com 28%, seguido dos perfurocortantes
com 24%. O município também não possui formalizado e implantado Fluxo Técnico Assistencial para Acidente Envolvendo
Acidente com Material Perfuro cortante, bem como, o Plano de Prevenção de Risco com Acidente de trabalho envolvendo material
perfurocortantes. Conclusão: Constatou-se através do estudo que o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde nas unidades
de APS é falho e não cumpre com as exigências legais, sendo que as não conformidades encontradas, resultam principalmente, da
gestão administrativa técnica assistencial da área de saúde não sensibilizada com a questão. A mudança do contexto para uma nova
realidade é urgente e exige implementação de política de gerenciamentos dos resíduos, a elaboração criteriosa dos Planos e Fluxos,
Educação Continuada e empenho dos gestores e funcionários.
Gestão Participativa: Relato de Experiência em Um Hospital Filantrópico
Autores: FRANCINE GISELLE KEIKO YOTOKO FERREIRA; Cristiana Maria Schvaidak ; Ladislao Obrzut Neto ; Rodrigo de Almeida.
Instituição: Santa Casa de Irati
Palavras-chave: Política Nacional de Humanização; gestão participativa; Hospital
A Política Nacional de Humanização (PNH) propõe a democratização dos processos pautado na corresponsabilização das equipes
de trabalho, seguindo as diretrizes do HumanizaSUS. Na Santa Casa de Irati a PNH foi implantada efetivamente em meados de
2011 com a adesão do hospital ao Programa HOSPSUS. Os princípios e diretrizes que permeiam a PNH, possibilita uma gestão
ampliada e compartilhada. O ponto de partida para a construção de uma ideologia incluído o pensar e o fazer coletivo é a gestão
participativa. Nesta perspectiva criou-se o colegiado gestor formado por um grupo de profissionais de todas as categorias, com
encontros mensais, cada participante expõe seus desafios e em conjunto com a equipe busca a melhor estratégia para a resolução da
demanda apresentada. As reuniões constituem-se como espaço de negociação, definição de prioridades, organização e aprovação
de projetos das diversas unidades do hospital. Outra ação implantada foi o grupo de apoio a provedoria, onde os gerentes de setores
reúnem-se semanalmente para a tomada de decisões operacionais e estratégicas. Neste alinhamento o Grupo de Trabalho de
Humanização (GTH) articula com os seus integrantes a valorização profissional atrelado a qualidade do trabalho prestado. Deixar
de um modelo fragmentado, para um modelo coletivo, proporcionou para o Hospital resultados satisfatórios. O amadurecimento
das equipes pela corresponsabilidade na tomada de decisões, a resolutividade de problemas de infraestrutura, mediante algumas
reformas, a aquisição de materiais e equipamentos, onde o profissional evidencia a falta ou mesmo a necessidade do conserto. A
aplicabilidade de protocolos e normas foi um ponto positivo devido a comunicação efetiva. Na assistência houve uma diminuição nas
reclamações protocoladas na ouvidoria. Todas as ações discutidas e implementadas já demostram mudanças importantes para o
hospital. O caminho a percorrer é desafiador, gestão não se faz em um local ou espaço, todos fazem gestão em todos os momentos,
desde a quantidade correta do insumo para higienização até a tabulação dos dados pela direção administrativa., não sendo possível
conviver com modelos antigos baseados na hierarquia, no controle rígido, e na departamentalização, sendo assim a participação
e envolvimento da diretoria e provedoria, são fundamentais para o prosseguimento e sucesso de todas as ações implantadas. A
Informação é disseminada de forma horizontal propiciando a todos o entendimento uniforme.
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