Page 355 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE
Comida é Cultura Também no Guia Alimentar
Autores: ANA LÚCIA ECKERT DE CAMPOS; Cilene Gomes da Silva Ribeiro; Solange Menezes da Silva Demeterco. Instituição:
Universidade Positivo
Palavras-chave: Alimentação; Cultura; Guia Alimentar
Esse trabalho tem como problemática o estudo dos objetivos, estrutura e conteúdo do Guia Alimentar para a População Brasileira.
Tendo o governo brasileiro assumido com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o compromisso de formular diretrizes
nacionais sobre alimentação e nutrição, vista como uma ação para a promoção da saúde, de hábitos alimentares saudáveis
e uma estratégia para se pensar a segurança alimentar, o guia parte de cinco princípios: alimentação é mais que ingestão de
nutrientes; recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo; alimentação adequada e saudável
deriva de sistema alimentar social e ambientalmente sustentável; diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação
de guias alimentares; e guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares. De acordo com a proposta da OMS
e no escopo das ações para promoção da saúde, segurança alimentar e nutricional, o governo brasileiro publicou em 2006 o
Guia Alimentar para a População Brasileira – Promovendo a Alimentação Saudável e, a partir de 2011, sua atualização tornou-se
uma das metas do Plano Plurianual e do I Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, ambos relativos ao período
de 2012 a 2015. Esse material reflete uma nova visão do Estado brasileiro em relação à alimentação, entendendo o alimento
como uma categoria de análise importante, revestida de múltiplos aspectos: sociais, culturais, históricos, políticos entre outros,
alargando em muito a discussão acerca da constituição de hábitos e padrões alimentares. Sendo o acesso permanente e
regular a uma alimentação adequada e saudável, social e ambientalmente justa um direito humano básico, o guia sugere que,
para ser efetivamente adotada pela população, uma prática alimentar deve ser adequada também aos aspectos culturais, isto
porque comida é cultura. Mas o aspecto mais importante a ser analisado no Guia diz respeito ao fato de se olhar para o alimento
numa abordagem multidisciplinar, especialmente em sua dimensão cultural. Isso abre espaço para outras percepções em
torno das escolhas alimentares e que podem implicar numa maior aceitação das orientações do Guia. Acredita-se que poderá
haver, a partir desse documento, um processo de ressignificação e valorização da alimentação, da cozinha e da prática culinária,
o que implica em uma nova visão do que seja alimentação saudável.
Comparação do Estado Nutricional e Consumo Alimentar de Alunos de uma Escola
Pública de Sabáudia-PR e uma Privada de Arapongas-PR
Autores: TAISA CARNELUTT CHAFRÃO; Mariana Salvador de Oliveira; Graziela Maria Gorla Campiolo dos Santos; Lucievelyn Marrone.
Instituição: Instituto Filadélfia - UniFil
Palavras-chave: crianças; frequência alimentar; hábitos de vida
A alimentação saudável pela ingestão de alimentos adequados em quantidade e qualidade para suprir as necessidades
nutricionais permite o bom crescimento e desenvolvimento da criança. O acompanhamento da situação nutricional e hábitos
de vida das crianças de um país ou região constitui um instrumento essencial para a aferição das condições de saúde da
população infantil. O objetivo deste estudo foi identificar e comparar o perfil antropométrico e hábitos alimentares de alunos de
uma escola pública e uma escola privada. Trata-se de um estudo de comparação, do tipo transversal com 147 alunos de 5 a 12
anos de uma escola da rede pública de Sabáudia-PR e outra da rede privada de Arapongas-PR nos meses de julho e agosto de
2017. Foram coletados peso e altura para cálculo do IMC que juntamente com a idade e o sexo pode-se obter a classificação
por idade e ainda foi aplicado um questionário com dados demográficos, socioeconômicos, hábitos de vida e alimentares dos
alunos. A análise estatística dos resultados foi realizada através do programa SPSS – Statistical Package for the Social Sciences
(versão 25), utilizando-se o teste quiquadrado e quando cabível o exato de Fischer. Em todos os casos, utilizou-se o nível de
significância 5%. Foi observado que a maioria dos alunos de ambas as escolas se encontram na eutrofia. Porém, a escola privada
teve maior prevalência de crianças com excesso de peso (48,95%) quando comparado com a escola pública (28,38%). No que se
refere ao consumo alimentar, dentre os alimentos protetores, a escola pública teve um maior consumo diário de feijão (85,14%)
e a escola privada de frutas, verduras e legumes (63,01%). Quanto aos alimentos considerados como fatores de riscos para
doenças crônicas não transmissíveis, a escola pública apresentou um consumo diário maior em bebidas adoçadas (36,49%),
doces (27,03%) e salgados industrializados (13,51%). São necessários estudos posteriores mais aprofundados para se conhecer
melhor o estado nutricional e consumo alimentar para assim diferenciar entre as escolas públicas e privadas. Deve-se trabalhar
desde cedo temas acerca da alimentação e hábitos de vida saudáveis englobando estratégias de educação nutricional e ações
que atinjam os escolares e a população em geral.
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