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EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE



                 Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores dos Restaurantes Populares

                 Autores: JENNIFER ELAINE SANTOS; Larissa Andressa França Silva; Eduardo de Paula Lima; Sabrina Alves Ramos; Bruna Vieira de
                 Lima Costa. Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
                 Palavras-chave: Alcoolismo; Alimentação coletiva; Saúde do trabalhador.
                 Introdução: Trabalhadores do Restaurante Popular (RP) são frequentemente, submetidos ao trabalho braçal, caracterizados
                 por uma alta demanda física e psicológica e baixo controle sobre o trabalho. Tais condições adversas de trabalho podem
                 contribuir para o surgimento ou agravamento de problemas de saúde e hábitos de vida não saudáveis. Objetivo: estimar a
                 prevalência e os fatores associados ao consumo do álcool entre os trabalhadores dos RP. Método: Trata-se de estudo transversal
                 realizado na cidade de Belo Horizonte (MG). Foram convidados todos os trabalhadores (n=288) das quatro unidades dos RP em
                 funcionamento no município, de junho a julho de 2017. Foram considerados elegíveis trabalhadores ativos e inelegíveis as
                 gestantes e aqueles afastados do trabalho por qualquer motivo ou em férias no momento da coleta de dados. A coleta de
                 dados incluiu dados sociodemográficos, de percepção da saúde, qualidade de vida e estado de saúde. Também foi investigada
                 a insegurança alimentar (IA) pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e a insegurança nutricional (IN) pela ocorrência de
                 excesso de peso, mensurado pelo índice de massa corporal. A amostra foi composta por 215 trabalhadores (taxa de resposta =
                 75%), sendo a maioria do sexo masculino (62,8%), sem companheiro (53%) e com escolaridade de nível fundamental ou médio
                 (86,5%). Resultado: A prevalência de consumo abusivo de álcool foi de 30,7%. Este consumo foi maior entre os homens (38,8%
                 vs. 26,1%; p=0,05), os mais jovens, com idade ? 42 anos, (37,9% vs. 24,3%; p=0,03) e que não tinham companheiros (37,2% vs. 23,8%;
                 p=0,03). O consumo do álcool foi maior entre trabalhadores que fumavam (59,5% vs 26,7%; p=0,001) e naqueles que faltaram
                 ao trabalho pelo menos um dia nos últimos 12 meses (39,1% vs. 24,6%; p=0,023). Não foi observada diferença estatística com as
                 outras variáveis. Conclusão: Sugere-se implementar ações e estratégias de promoção de saúde no ambiente de trabalho, a fim
                 de melhorar a saúde e o bem-estar, conscientizando os trabalhadores sobre os efeitos nocivos do álcool evitando a ocorrência
                 ou progressão de doenças e fatores de risco decorrentes do consumo abusivo. Programas de incentivo à prática de atividades
                 físicas, à alimentação saudável e ao controle do peso são focos importantes para adoção de estilos de vida saudáveis.




                 Conhecer para Melhor Escolher

                 Autores: ISABELLA CRISTINA PEREIRA; Karin Flemming de Farias; Franciele Gabriel; Ana Valeria de Almeida Carli; Alessandra Sutil de
                 Oliveira Kades. Instituição: Prefeitura Municipal do Abastecimento

                 Palavras-chave: alimentação; hábitos alimentares; alimentos ultraprocesssados
                 Introdução: As práticas educativas em saúde e nutrição abordam a promoção da saúde e o incentivo à adoção de padrões
                 alimentares adequados. Objetivos: Promover a conscientização para o auto cuidado e adoção de hábitos de vida saudáveis,
                 incentivando a leitura dos rótulos dos produtos alimentares e auxiliando na interpretação das informações nutricionais e lista de
                 ingredientes. Métodos: Nas campanhas educativas, palestras, oficinas ou rodas de conversa, a abordagem acontece apoiada
                 em cartazes, réplicas de alimentos, embalagens de produtos industrializados. Informa-se sobre o consumo “oculto” de sal,
                 açúcar e gordura nos alimentos; os riscos para a saúde e possíveis substitutos. Enfatiza-se a rotulagem dos alimentos e os seus
                 significados e são fornecidos filipetas, com as orientações e uma amostra de um tempero, identificado como “sal de ervas”,
                 que deverá ter seu uso estimulado em substituição ao sal. Resultado: Esta atividade educativa foi implantada em 2013, com
                 intuito inicial de orientar a população frequentadora dos Armazéns da Família, no momento da compra, que atendem cerca de
                 153.510 mil usuários por mês. Mas, estendeu-se para outros públicos e hoje, é a ação mais solicitada pelos parceiros da SMAB,
                 outras secretarias e em SIPAT de empresas e órgãos públicos. Conclusão: Esta atividade proporciona mais intersetorialidade
                 em torno da segurança alimentar da população curitibana. É uma atividade envolvente, capaz de gerar perplexidade e iniciar
                 uma mudança gradual e significativa nos hábitos alimentares das pessoas atendidas.














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