Page 361 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE  EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE



                 Estado Nutricional de Crianças Menores de 2 Anos com Fissura Labial e Palatal

                 Autores: LETÍCIA DE OLIVEIRA REIS; Anielle Rodrigues dos Santos; Erica Cristina Araújo Agner; Jéssica Cristine Cavichiolo Kampa.
                 Instituição: Universidade Positivo
                 Palavras-chave: Fissuras Labiopalatinas; Estado Nutricional; Desenvolvimento Infantil;
                 Introdução: As fissuras labiopalatinas (FLP) são malformações que afetam a face do ser humano comprometendo a alimentação
                 e refletindo no estado nutricional, em especial nas crianças. Objetivo: O estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional
                 de crianças menores de 2 anos com fissura de lábio e/ou palato. Métodos: Foi realizado um estudo observacional descritivo
                 quantitativo que empregou um questionário para avaliar a idade, o sexo e o tipo de fissura apresentada. O estado nutricional
                 foi avaliado por meio de índices antropométricos recomendados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)
                 conforme a faixa etária, após a aferição do peso e do comprimento. Sendo os índices antropométricos, peso para idade (P/I),
                 estatura para idade (E/I), peso para estatura (P/E) e índice de massa corporal para idade (IMC/I), ambos para crianças de zero
                 a cinco anos, e classificados em escores-z, como auxílio do programa ANTHRO. Resultado: Participaram desse estudo 22
                 crianças com fissuras de lábio e/ou palato com média de idade de 8 ± 6 meses, sendo n=14 (63%) do sexo masculino e n=8 (36%)
                 do sexo feminino. As fissuras mais frequentes observadas foram a fissura do tipo palatina pós-forame (n = 6, 27%) e a transforme
                 incisivo unilateral (n = 6, 27%). Eutrofia segundo o Índice de Massa Corporal para idade foi verificada em 16 (73%) crianças,
                 sobrepeso n=5 (23%), magreza n=1 (4%), Estatura para Idade, adequada em n=17 (77%) e baixa estatura n=5 (23%), Peso para Idade,
                 baixo peso em n=2 (9%), adequado n=14 (82%) e sobrepeso n=2 (9%), Peso para Estatura, baixo peso em n=3 (14%), adequada
                 n=15 (68%) e sobrepeso n=4 (18%). Conclusão: Conclui-se que, a maioria das crianças estudadas apresentou adequado estado
                 nutricional, entretanto a frequência de sobrepeso nos índices que consideram o peso corporal (IMC/idade, P/I e P/E), variando
                 entre 18 a 23% da amostra. O sobrepeso pode estar relacionado aos hábitos alimentares das crianças com fissuras que são
                 considerados de risco nutricional, devido a adição de açúcar nas mamadeiras para maior aporte calórico.



                 Estado Nutricional e Perfil Alimentar de Refugiados e Imigrantes Econômicos
                 Residentes em Curitiba

                 Autores: FLAVIA AULER; Carolina Romeiro Corrêa; Gian Carlo Semmer Orsatto; Rubia Loren Martins Araujo. Instituição: Pontifícia
                 Universidade Católica do Paraná

                 Palavras-chave: Refugiados; alimentação, estado nutricional
                 O Brasil abriga cerca de 1,9 milhão de imigrantes regulares segundo dados de 2015 da Polícia Federal. Neste número estão
                 incluídos os imigrantes econômicos e refugiados, pessoas que deixam seus países de origem, seus costumes e tradições
                 para viver em outro país. Muito tem se discutido sobre a situação desta população, mas aspectos sobre a alimentação ainda
                 tem pouco espaço na literatura e na grande mídia. Diante disto, esta pesquisa buscou discutir o perfil alimentar e nutricional
                 de refugiados e imigrantes econômicos que residem em Curitiba, a capital mais populosa do sul do Brasil. A coleta dos dados
                 se deu a partir de contatos com duas instituições voltadas para ações sociais e foi conduzida através de entrevistas com
                 base em questionários sobre o perfil sócio econômico e demográfico (ABEP, 2017), consumo alimentar (BRASIL, 2015) e Escala
                 Brasileira de Insegurança Alimentar (CORREA-SEGAL, 2003), além de indicadores antropométricos (BRASIL, 2011). A amostra
                 final foi composta por 19 participantes, sendo 4 refugiados e 15 imigrantes econômicos. A população teve idade média de
                 30,94?8,99 anos, sendo composta predominante por homens (89,47%) e não brancos autodeclarados (72,23%). O tempo médio
                 de permanência no Brasil foi de 8,42?6,86 meses. Em relação a alimentação, apenas 47,36% tem acesso a alimentos em preços
                 acessíveis, mas 84,21% relatam possuir melhoria na alimentação em relação ao seu país de origem. Enquanto 57,9% estão com
                 excesso de peso, 84,4% estão em condição de insegurança alimentar (52,63% insegurança grave, 26,31% moderada e 5,26%
                 leve), sendo que o excesso de peso se mostrou associado a situação de insegurança alimentar (p<0,05). Os resultados mostram
                 uma situação interessante que motiva uma discussão, a presença concomitante dos extremos (insegurança e excesso de peso)
                 em uma população extremamente vulnerável socialmente e economicamente. Diante disto, percebe-se que o cuidado se
                 deve dar de maneira integral, universal e de forma humanizada, zelando e respeitando crenças, culturas e as características
                 intrínsecas e inerentes a cada um dos que aqui escolheram o Brasil como seu lar.








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