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EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE
Pesquisa de Parasitos Intestinais em Hortaliças Comercializadas em Cascavel -
Paraná
Autores: VERIDIANA LENARTOVICZ BOEIRA; Juliana Aparecida Fontana; Ana Paula Viecelli; Ana Caroline Battistus; Maria das Graças
Hirata Takizawa. Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Hortaliças, parasitos intestinais.
As doenças parasitárias são um frequente problema de saúde pública ocorrendo devido às más condições sanitárias. As
hortaliças são um dos meios de transmissão desses patógenos intestinais podendo ser contaminadas pelo solo, pela água de
irrigação e más condições de transporte e armazenamento. Verificou-se a frequência das estruturas parasitárias potencialmente
patogênicas ao homem em hortaliças comercializadas no município de Cascavel – PR, sendo pesquisados alface, rúcula e
almeirão. Foram coletadas 50 amostras de cada hortaliça em diferentes pontos da cidade em supermercados, feiras livres e
hortifrutigranjeiros durante os anos de 2016 e 2017. As amostras foram lavadas por agitação e a água de lavagem das hortaliças
foi analisada segundo as metodologias de sedimentação espontânea e centrífugo flutuação. Observou-se que das 150
amostras analisadas 65% (98) estavam contaminadas por algum parasito. Para cada uma das hortaliças, observou-se que a
positividade foi de 62% (32) das amostras de alface sendo Strongyloides stercoralis a espécie encontrada com maior frequência,
76% (38) das amostras de rúcula também com maior frequência de positividade para Strongyloides stercoralis e 56% (28) das
amostras de almeirão com maior presença de cistos de Balantidium coli e de ovos de Ancilostomídeos. Houve pouca diferença
de positividade considerando as metodologias aplicadas. Com este estudo destaca-se a importância da lavagem correta dos
alimentos e ressalta-se o risco de infecção pelas hortaliças consumidas in natura, indicando baixa qualidade higiênico-sanitária
no sistema produtivo e comercial desses alimentos.
Práticas Alimentares de Crianças Menores de 2 Anos com Fissura Labial e Palatal
Autores: JÉSSICA CRISTINE CAVICHIOLO KAMPA; Letícia de Oliveira Reis; Anielle Rodrigues dos Santos; Erica Cristina Araújo Agner;
Thais Regina Mezzomo. Instituição: Universidade Positivo
Palavras-chave: Fissura Labial; Fissura Palatina; Nutrição Infantil
Introdução: As fissuras labiopalatinas (FLP) são malformações que afetam a face do ser humano e que, quando diagnosticada
na criança, compromete a alimentação, podendo ter impacto no ganho de peso, desenvolvimento e consequentemente no
estado nutricional da mesma. Objetivo: O objetivo desse estudo foi verificar as práticas alimentares de crianças menores de 2
anos com fissura de lábio e/ou palato. Métodos: Foi realizado um estudo observacional descritivo quantitativo que empregou
um questionário adaptado de Campillay, Delgado e Brescovici (2010), para avaliar o tipo de fissura apresentada, idade, sexo e
práticas alimentares pregressas e atuais da criança fissurada. O questionário contemplava itens relacionados ao uso de sonda
nasoenteral (SNE), aleitamento materno exclusivo ou não, tempo do aleitamento materno, idade de introdução de alimentos
complementares, dificuldades de alimentação apresentadas pela criança, utensílios comumente utilizados para alimentação
da criança e alimentação atual incluindo consistência, fracionamento, tipos de alimentos e modo de preparo. Resultado:
Participaram desse estudo 22 crianças com fissuras de lábio e/ou palato com média de idade de 8±6 meses. Os tipos de fissuras
mais frequentes observadas foram a fissura do tipo palatina pós-forame (n=6, 27%) e a transforme incisivo unilateral (n=6, 27%).
Apenas uma (n=1, 4%) criança foi amamentada exclusivamente até os seis meses. As dificuldades alimentares encontradas foram
refluxo nasal (n=3, 14%), engasgos (n=3, 14%) e sucção insuficiente (n=1, 4%). Observou-se utilização de mamadeira, copo e colher
em 12 crianças (54%), uso de bicos ortodônticos em 8 crianças (36%) e hábito de ofertar alimentos amassados em 5 crianças
(23%) com introdução alimentar presente. Metade das crianças recebeu amamentação complementada com fórmula infantil,
sendo 5 casos (23%) por menos de um mês, 3 (14%) por dois meses e 1 caso (4%) até os cinco meses. Conclusão: Observou-
se baixa frequência de alimentação exclusiva com leite materno até os seis meses de idade e utilização de mamadeiras com
bicos ortodônticos e consumo de alimentos amassados na maioria das crianças estudadas. As orientações quanto a introdução
alimentar de forma adequada, devem ser repassadas aos pais, a fim de garantir o desenvolvimento e crescimento regular da
criança.
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