Page 370 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE
Minicircuito da Alimentação Saudável
Autores: ISABELLA CRISTINA PEREIRA; Karin Flemming de Farias; Franciele Gabriel; Alessandra Sutil de Oliveira Kades; Elizandra Flavia
A. Oliveira. Instituição: Prefeitura Municipal de Curitiba
Palavras-chave: alimentação; ciclo do alimento; educação alimentar
Introdução: Observando o perfil nutricional da população curitibana e ciente que medidas interventivas devem ser adotadas
para reversão do quadro, a SMAB apresenta uma proposta de Educação Alimentar intersetorial para crianças de 4-6 anos,
voltada à temática alimentação saudável/sustentável. Esta propõe que crianças vivenciem/entendam o ciclo de vida do
alimento, representando assim um laboratório para diferentes atividades didáticas relacionadas à alimentação. Objetivos: Este
projeto tem por objetivo despertar nas crianças o interesse por um estilo de vida saudável, utilizando recursos, técnicas e
materiais atrativos para o público infantil. Métodos: Inicia-se com Contação de História, onde é abordada a importância do
consumo variado de frutas e verduras e da correta higienização das mãos. Depois vão para o Minimercado, simulando uma
compra, com réplicas de alimentos e recebendo orientações de nutricionistas. Na Horta aprendem como os alimentos são
produzidos e plantam uma muda de alface que levam para a escola. Higienizam as mãos e participam na cozinha da Oficina
Culinária, aprendendo a preparar um suco saudável. Encerram com um lanche. Resultado: Esta ação é oferecida a toda rede de
ensino desde 2013 e a cada ano a atividade é ajustada e refinada. Desde a sua implantação, a atividade vem aumentando seu
atendimento e atualmente são ofertados 80 períodos da semana para realização desta ação, podendo atingir aproximadamente
10.000 crianças por ano. Conclusão: O Mini Circuito da Alimentação Saudável proporciona as crianças uma complementação
dos assuntos debatidos em sala de aula, de uma forma prática, reportando os alunos as atividades do cotidiano.
Nutrição na Linha de Cuidado de Doenças Crônicas Não Transmissíveis – Cenário da
Atenção de Média Complexidade em Saúde (fase 1 – Doença Renal Crônica)
Autores: CYNTIA ERTHAL LEINIG; Gian Carlo Semmer Orsatto; Maria Teresa Gomes de Oliveira Ribas; Larissa Farinha; Angela
Bernadelli. Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Palavras-chave: doença renal crônica; linha de cuidado; cuidado nutricional
Introdução: As doenças renocardiovasculares constituem um dos eixos temáticos de prioridade para a organização do cuidado
em saúde. As diretrizes da Linha de Cuidado da Doença Renal Crônica (DRC) visam à manutenção da função renal e/ou à
lentificação na velocidade de perda da função renal, integrando a atenção primária à atenção de média complexidade para
um cuidado integral ao paciente. Objetivo: Compreender a identidade das ações do campo da Nutrição no atendimento das
diretrizes da Linha de Cuidado da DRC. Método: O estudo, de caráter descritivo-analítico, foi desenvolvido com pacientes renais
em atendimento numa unidade especializada de Curitiba-PR. Como critério de inclusão, pacientes em todos os estágios da
doença, com idade acima de 20 anos e ativos no ambulatório de nefrologia entre setembro de 2016 a junho de 2017. Foram
analisados dados antropométricos, como Índice de Massa Corporal, circunferência do braço e da cintura, pregas cutâneas,
circunferência muscular do braço, ingestão proteico-calórica e albumina, além de marcadores da função renal como Taxa
de Filtração Glomerular (TFG) e creatinina. Presença de comorbidades, características de moradia e renda salarial, acesso
ao Sistema Único de Saúde e tempo de diagnóstico da doença também foram levantados. Resultado: A população de 101
pessoas apresentou idade média de 53,54?15,09 anos, sendo 55% do sexo feminino. Mediana de TFG de 39 ml/min (12-129) foi
encontrada, sendo 44% no estágio 3 da DRC e quase 20% no estágio 4. Os pacientes tiveram, ao menos, cinco consultas até o
diagnóstico da doença, que ocorreu na Unidade de Saúde para a maioria deles, embora cerca de 45% tenha sido diagnosticada
na consulta especializada ou no hospital. Cerca de 42% vive com 2 salários mínimos; 64% é aposentada e 72% não concluiu
o ensino médio. As comorbidades predominantes foram hipertensão arterial (55,35%) e diabetes (45,61%). Segundo o IMC,
sobrepeso e obesidade estão presentes em 60,24% da amostra. Cerca de 85% relatou nunca ter sido assistido pelo profissional
de nutrição e 100% da população não recebeu educação nutricional sobre a DRC durante o seu tratamento. Conclusão:
Observa-se a necessidade de organização do cuidado nutricional e aplicação de protocolos de atendimento específicos para
a população com DRC, possibilitando atendimento estruturado e adequado às necessidades individuais de cada paciente,
mediante um trabalho compartilhado entre os profissionais da atenção primária e especialistas focais.
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