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EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE  EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE



                 Perfil Nutricional de uma Escola Municipal de Curitiba-pr, de 2015 a 2017

                 Autores: RAFAELA OLIVEIRA PETERS; Cibele Luiza de Almeida; Mayara Leonor Dambroski Ramm e Silva; Maria Rosi Marques Galvão;
                 Rafaela Oliveira Peters. Instituição: UNIVERSIDADE POSITIVO
                 Palavras-chave: Alimentação; Perfil nutricional; SISVAN-Escolar
                 Introdução: Os hábitos alimentares são formados principalmente na infância onde é determinado o padrão alimentar. A escola tem
                 papel fundamental ao incentivar a criança na formação de hábitos alimentares saudáveis, que pode ser realizado por meio de Educação
                 Alimentar e Nutricional (EAN). Hábitos alimentares desregulados podem ocasionar Doenças Crônicas não Transmissíveis como, diabetes,
                 hipertensão e dislipidemias. Uma parceria realizada entre a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba com a Secretaria Municipal
                 da Saúde de Curitiba (SMS) permitiu a implantação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN-Escolar), que permite
                 diagnosticar a situação nutricional dos estudantes. Objetivo: Descrever o estado nutricional de escolares de uma Escola Municipal em
                 Curitiba-PR, verificado em 3 anos consecutivos. Metodologia: Estudo observacional retrospectivo descritivo, incluindo escolares de
                 uma Escola Municipal localizada em Curitiba, PR. Avaliados no ano de 2015 a 2017. As informações utilizadas são procedentes da base
                 de dados do SISVAN-Escolar, da Prefeitura Municipal de Curitiba. Os dados antropométricos foram coletados pelos profissionais de
                 Educação Física da escola. As crianças foram classificadas como magreza, excesso de peso, sobrepeso, obesidade e baixa estatura.
                 A classificação do estado nutricional foi realizada a partir das curvas de crescimento propostas pela Organização Mundial da Saúde
                 (2006; 2007). Resultado: Foram avaliadas 795 escolares em 2015, 797 escolares em 2016 e 771 em 2017, com variação de idade de
                 4 a 10 anos. Poucos alunos apresentaram baixa estatura para a idade e magreza. Nos três anos analisado, a maior parte dos alunos
                 avaliados apresentaram classificação de excesso de peso, sendo em maior quantidade no ano de 2015 com 41,13% (n=327), que diminuiu
                 para 39,52% (n=315) em 2016 e passou para 38,33% (n=295) em 2017. Dentre esses, foram classificados como obesos em 2015 19,50%
                 (n=155), reduzindo para 17,19% (n=137) em 2016 e ficou em torno de 17,34% (n=134) em 2017. Foram classificados como sobrepeso 21,64%
                 (n=172) em 2015, 22,33% (n=178) em 2016, que reduziu para 20,99% (n=161) no ano de 2017. Conclusão: As porcentagens de excesso de
                 peso, obesidade e sobrepeso estão relativamente altas, mas houve redução considerável, com índices estabilizados de 2015 a 2017.
                 A classificação dos dados de perfil nutricional é importante para o planejamento de ações de EAN e formação de hábitos alimentares
                 saudáveis.



                 Perfil Nutricional e Anemia em Crianças Menores de Cinco Anos Residentes em
                 Municípios do Plano Brasil Sem Miséria na Região Sul do Brasil

                 Autores: TATIANE CREVOCULSKI; Nathalia Mazur Karach; Ana Paula Almeida Marques; Débora Letícia Frizzi Silva; Regina Maria Ferreira
                 Lang. Instituição: Universidade Federal do Paraná

                 Palavras-chave: Estado nutricional; anemia; crianças

                 A anemia resulta principalmente da carência de ferro. É definida por níveis de hemoglobina (Hb) abaixo da normalidade e a sua ocorrência
                 em crianças tem efeitos significativos nos processos de desenvolvimento e crescimento. Estas consequências têm sido evidenciadas em
                 estudos conduzidos com este grupo de risco, mediante constatação da presença concomitante da anemia e déficits antropométricos.
                 Objetivou-se avaliar o estado nutricional e a prevalência de anemia em crianças de 12 a 59 meses de vida, residentes em municípios
                 da Região Sul integrantes do Plano “Brasil Sem Miséria”. Para a elaboração deste estudo transversal foi utilizado o banco de dados de
                 estudo conduzido na Região Sul em 2017. Neste, 1.567 crianças (12-59 meses) de 48 municípios distribuídos entre os 3 estados da Região
                 foram mobilizadas para a coleta de sangue seguida de dosagem da hemoglobina (Hemocue), aferição antropométrica e aplicação
                 de questionário. A avaliação do estado nutricional - segundo peso/idade (P/I); estatura/idade (E/I); peso/estatura (P/E) e índice de
                 massa corporal para a idade (IMC/I) - e o diagnóstico da anemia nas crianças foram baseados nos parâmetros definidos pela OMS. As
                 características da amostra foram descritas por frequência relativa e o nível de significância de 5% foi utilizado nas análises. 1.501 crianças
                 foram elegíveis, estando a maioria com idade >24 meses (52%), sexo masculino (52%), renda familiar per capita entre 1/2 e 1 salário
                 mínimo (26%) e com acompanhamento na unidade de saúde desde o nascimento (90%). Dentre os resultados obtidos, a avaliação
                 antropométrica evidenciou que 86% e 88% tinham P/I e E/I adequados, respectivamente. Estavam eutróficos segundo os índices IMC/I e
                 P/E, 61% e 63% dos avaliados. A prevalência de anemia foi de 4,9%, com maiores prevalências em crianças com P/I e E/I adequadas (78%
                 e 81%) e com risco de sobrepeso segundo IMC/I e P/E (72% e 70%). Houve diferença estatística significativa entre as crianças anêmicas
                 e não anêmicos apenas para o índice P/I (p=0,032). Observou-se baixa prevalência de anemia e o perfil nutricional foi caracterizado pela
                 maioria das crianças em eutrofia e com adequação do peso e altura. Contudo, a maior prevalência de anemia entre as crianças com
                 adequação dos índices e até mesmo em risco para excessos nutricionais evidencia a ocorrência heterogênea desta carência, não apenas
                 restrita às crianças com déficits, como também sugere a presença da fome oculta nesta amostra.





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