Page 39 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE  EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE




                 Núcleo da Paz: Experiência Intersetorial para A Prevenção de Violências e Promoção
                 da Cultura da Paz no Paraná

                 Autores: Emerson Luiz Peres; Amanda de Paula Boni Navarro; Emanoele Costa; João Luís Gallego Crivellaro; Julia Valéria
                 Ferreira Cordellini. Instituição: Secretaria de Estado da Saúde - SESA

                 Palavras-chave: Violência; Prevenção; Intersetorialidade
                 Caracterização do problema: A violência é de importante magnitude de morbimortalidade no Paraná e no Brasil e é fenômeno
                 sócio-histórico que proporciona forte impacto sobre a saúde individual e coletiva, demandando ações intrasetoriais, intersetoriais
                 e interdisciplinares. O Ministério da Saúde instituiu a Rede Nacional de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde
                 (NPVPS) em 2004, seguindo diretrizes de políticas em saúde desde 2001 para ações de prevenção e vigilância de violências e
                 acidentes. Fundamentação teórica: A violência é fenômeno complexo, multicausal e de determinantes sociais e econômicos, além
                 de aspectos de comportamento e cultura. Provoca morte, lesões e traumas físicos e mentais; diminui a qualidade de vidas das
                 pessoas e das coletividades; exige reorganização dos serviços de saúde; coloca novos problemas para o atendimento e evidencia a
                 necessidade de uma atuação mais específica, interdisciplinar e intersetorial. A promoção da saúde é fundamental para a prevenção
                 da violência e cultura da paz a partir da atenção básica. Descrição da experiência: A SESA-PR criou o Núcleo Estadual Intersetorial
                 de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde e da Cultura da Paz (Núcleo da Paz), em 2014, para a articulação intersetorial de
                 políticas públicas para a prevenção e enfrentamento às diversas formas de violências e promoção de uma cultura da paz. Possui
                 representantes  de  6  secretarias  de  estado  e  5  conselhos  estaduais  de  políticas  públicas,  além  de  instituições  e  áreas  técnicas
                 convidadas. Foram criados grupos temáticos para discussão de ações específicas: GT da Notificação Intersetorial, GT Violências e
                 Saúde Pública e GT Criança e Adolescente. Realizou-se o Ciclo de Videoconferências em 2016, 2017 e 2018 para sensibilizar e capacitar
                 profissionais de saúde, educação, assistência social, justiça, socioeducação, conselheiros tutelares, de direitos e comunidade, com
                 média de 500 pessoas atingidas por evento. Efeitos alcançados e recomendações: Observa-se avanços nas ações intersetoriais,
                 com mais eventos conjuntos. Aumento das notificações de violência interpessoal e autoprovocada no estado, atingindo a pactuação.
                 Recomendamos o apoio efetivo aos NPVPS nos municípios para subsidiar decisões de planejamento e promover a articulação de
                 redes de proteção e atenção às vítimas de violência, além de ampla sensibilização de gestores e da sociedade para reconhecer a
                 violência como um problema de saúde pública e de outras políticas sociais.




                 O Estado do Conhecimento da Ozonioterapia: Inclusão na Política Nacional de
                 Práticas Integrativas e Complementares no SUS


                 Autores: DANIELE FRANÇA SYROZINSKI; Javier Salvador Gamarra Junior; Márcia Helena de Souza Freire; Alessandra Andréa da Silva
                 Tetzlaff. Instituição: Centro Universitário Campos de Andrade

                 Palavras-chave: Políticas de saúde; Terapias complementares; Ozônio
                 Introdução: A Portaria Ministerial nº 702, de 2018, incluiu dez novas Práticas Integrativas e Complementares no SUS, dentre elas a
                 Ozonioterapia (são 29 no total, PNPIC-SUS). O Ozônio é um gás levemente azulado, odor característico, com três átomos de oxigênio,
                 altamente instável, ao liberar o terceiro átomo, forma o oxigênio nascente com poder altamente oxidante. A utilização do ozônio-
                 oxigênio iniciou-se na 1ª Guerra Mundial, com eficácia clínica comprovada como antisséptico local em feridas, desenvolveu-se na
                 Alemanha e países europeus, e avançou em Cuba e na Rússia. Objetivo: identificar o estado do conhecimento da Ozonioterapia.
                 Método: Trata-se de um estudo de caráter bibliográfico, abordagem descritiva, com publicações científicas identificadas na Scielo,
                 Medline e da Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ), sem limite de ano. Resultados: Ozonioterapia iniciou no Brasil, entre
                 1975 e 80, com o Dr. Heinz Konrad, vem ganhando adeptos e o interesse de centros de pesquisa, já com evidência de ter eliminado
                 bactérias  hospitalares  multirresistentes,  e  desde  2000  pesquisas  laboratoriais  vêm  sendo  desenvolvidas.  Em  2006,  em  Belo
                 Horizonte, especialistas de vários países realizaram o I Congresso Internacional de Ozonioterapia, foi constituída a ABOZ. Foi incluída
                 como terapia que promove a melhoria de diversas patologias no 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública.
                 Ozonioterapia pode ser utilizada via sistêmica endovenosa (com água bidestilada) ou intramuscular; tópica (com azeite ozonizado);
                 mediante  insuflação  retal;  aplicações  intra-articular,  paravertebral  e  intradiscal;  diretamente  nas  células  adiposas;  para  celulite,
                 varizes e estrias. Dentre seus benefícios citam-se: elevar a oxigenação sanguínea e regeneração tecidual – cicatrização de lesões e
                 tecidos, regeneração celular; estímulo a enzimas celulares antioxidantes – eliminação de radicais livres, retardo do envelhecimento;
                 degradação  da  fibrina  –  favorece  impedimento  dos  processos  trombóticos,  enfermidades  coronarianas;  elevação  das  defesas
                 orgânicas e deleções de células alteradas geneticamente que provocam doenças autoimunes e a neoplasia; tem propriedades
                 analgésicas e anti-inflamatórias, dentre outros. Conclusão: A Ozonioterapia pode ser coadjuvante aos tratamentos convencionais,
                 mas se fazem necessárias pesquisas que evidenciem cientificamente o impacto de sua utilização.


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