Page 43 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE
Percepção e Conhecimento dos Profissionais da Saúde da Atenção Primária Sobre
Notificação da Perda Auditiva Induzida Pelo Ruído em Curitiba –PR
Autores: HUGO CARLOS PEDROSO; Cláudia Giglio de Oliveira Gonçalves. Instituição: Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Perda auditiva provocada por ruído, audição, Notificação de doenças, Saúde ocupacional, Atenção Primária.
Objetivo: analisar a percepção e o conhecimento dos profissionais de saúde que atuam na rede de Atenção Primária a Saúde
do Município de Curitiba sobre a notificação compulsória da PAIR no SINAN = “Sistema de Informação Nacional de Agravos de
Notificação”. Métodos: estudo transversal baseado nos casos de PAIR da cidade de Curitiba, notificados no SINAN de 2007 a
2014 investigadas as variáveis idades, sexo, escolaridade, ocupação e vínculo empregatício. Aplicou-se ainda um questionário
semi-aberto com profissionais de saúde da atenção básica sobre conhecimento sobre a PAIR e sua notificação. Resultados:
Dos profissionais da atenção básica, 50% eram médicos e com faixa etária de 26 a 30 anos. Dentre os profissionais 68,7%
relataram estarem preparados para identificar problemas de saúde relacionados ao trabalho, porém apenas 33,33% sentem-
se aptos a identificar casos de PAIR. Entre as facilidades na notificação relataram descentralização da assistência á saúde
próxima a residência do usuário, encaminhamento para referência em medicina do trabalho e prontuário eletrônico na UBS,
como dificuldades, relataram a não formação específica em saúde do trabalhador e falta de capacitação, tempo reduzido para
consultas e receio. Conclusão: os profissionais de saúde conhecem as características e sentem-se apto para identificar os casos
de PAIR, mas ainda não notificam os casos suspeitos de PAIR e não percebem a Saúde do Trabalhador como um programa
institucionalizado fazendo parte do serviço.
Perfil Farmacoepidemiológico da População Privada de Liberdade do Estado do
Paraná
Autores: SHEILA MANOELA FLORA; Edmarlon Girotto. Instituição: Departamento Penitenciário do Estado do Paraná
Palavras-chave: prisões; medicamentos; farmacoepidemiologia
Introdução: A segurança está entre os temas mais relevantes da sociedade, não apenas pelos altos índices de furtos, roubos,
latrocínios, sequestros e homicídios, mas também pelos impactos que essas ações criminais geram nos âmbitos familiar,
social e econômico. No Brasil, a desestruturação dos presídios colabora para o fato de a pena privativa de liberdade não
cumprir adequadamente sua finalidade de ressocializar. O ambiente prisional, em sua grande maioria, se apresenta de forma
altamente precária e insalubre. As celas muitas vezes superlotadas, com uma estrutura arquitetônica úmida, escura e sem
ventilação, somadas a má alimentação, sedentarismo, uso de drogas e falta de higiene facilitam a proliferação de epidemias
e o desenvolvimento de patologias, especialmente as psicopatologias. A utilização de medicamentos numa situação de
encarceramento apresenta uma grande complexidade, pois esses insumos além de cumprir seu papel inicial de curar ou
prevenir doenças, servem também como alívio das angústias decorrentes da privação de liberdade. Objetivo: este trabalho
objetivou identificar os principais medicamentos consumidos pela população privada de liberdade do Estado. Métodos: Este
foi um estudo transversal, descritivo, realizado com os dados decorrentes dos medicamentos fornecidos à População Privada
de Liberdade do Paraná, no período de junho a dezembro de 2017. Para tal, foram utilizados os relatórios gerados pelo sistema
de gerenciamento de estoque de insumos farmacêuticos, extraindo o consumo médio mensal de cada um dos medicamentos
dispensados. Os dados dos medicamentos consumidos foram apresentados em doses unitárias. Resultados: Foi avaliado o
consumo de medicamentos dispensados a cerca de 25 mil detentos, englobando 32 unidades prisionais do Paraná e 10 cadeias
públicas. Verificou-se que as classes de medicamentos mais utilizadas foram os analgésicos e antiinflamatórios, seguidos
dos ansiolíticos, antiulcerosos, anti-hipertensivos, antialérgicos e antiepilépticos. Os medicamentos mais consumidos foram:
ibuprofeno, com 48.000 doses/mês, paracetamol com 43.600 doses/mês, amitriptilina com 35.750 doses/mês, dipirona com
32.070 doses/mês e omeprazol com 31.590 doses/mês. Conclusão: A população privada de liberdade tem acesso a vários
tipos de medicamentos, incluindo os sujeitos a controle especial. Conhecer esse consumo pode possibilitar ao gestor detectar
possíveis abusos e desenvolver ações educativas visando o uso racional e redução de custos.
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