Page 40 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE
PRÁTICAS FISIOTERAPÊUTICAS NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO
PRIMÁRIA
Autores: CÍNTIA RAQUEL BIM | Anna Laura Visentin Pedroso, Lenyse Alessi. Instituição: Universidade Estadual do Centro-oeste -
UNICENTRO
Palavras-chave: Fisioterapia. Formação em saúde. Prática interprofissional.
Introdução: A atuação do fisioterapeuta na atenção básica tem expandido as práticas profissionais pautadas no conceito
ampliado de saúde para produção do cuidado. Os Programas de residência multiprofissional têm como um de seus princípios
o fortalecimento do trabalho interprofissional, prática ainda pouco contemplada nos processos de ensino-aprendizagem
dos cursos de graduação em Fisioterapia. Objetivo: Descrever as ações de fisioterapeutas residentes na atenção básica e
as atividades realizadas em equipe interprofissional. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, pautada nos registros de
produção dos residentes fisioterapeutas do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Primária com ênfase em
Saúde da Família da Universidade Estadual do Centro-Oeste-UNICENTRO, Guarapuava-PR. Os dados foram produzidos por duas
residentes fisioterapeutas no primeiro ano de residência, no período de março a dezembro de 2019, em duas unidades básicas
de saúde do município. Resultados: Os resultados mostram que as atividades dos residentes contemplam principalmente
atendimentos individuais, atendimento domiciliar individual e compartilhado, encontros com grupos de diversas temáticas, e
ações em datas comemorativas. No período considerado para este trabalho, foram realizados 472 atendimentos individuais, em
geral destinados a condições agudas como fraturas e acidente vascular encefálico; os atendimentos domiciliares foram 599
visitas realizadas pelo fisioterapeuta e 532 atendimentos domiciliares compartilhados por equipe interprofissional. Os grupos
realizados nas unidades apresentam diversas temáticas, como coluna, atitude feminina, alongamento e caminhada, ritmos,
bem gestar, viver melhor, Pilates, e totalizaram 230 encontros considerando todos os grupos em atividade. Ações em datas
comemorativas também foram realizadas no período, e envolveram oferta de vacinas para trabalhadores e ações educativas de
trânsito no setembro amarelo. Conclusão: As atividades realizadas pelos residentes estão em conformidade com o Programa
de Residência e as políticas públicas de saúde, que almejam o trabalho interprofissional com foco na integralidade do cuidado.
ABORDAGEM DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO AS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
Autores: JOÃO FELIPE MARQUES DA SILVA | Beatriz de Brito Silva, Beatriz Cavallari, Andressa Ribeiro Santos, Denise Cristiane da Cruz,
Elaine Mares Ribeiro. Instituição: Faculdade de Tecnologia do Vale do Ivaí - FATEC
Palavras-chave: Violência contra mulher. Assistência de enfermagem. Educação em saúde.
Introdução: O termo violência origina-se do latim vis, que condiz a força e às noções de constrangimento e uso da superioridade
física sobre o outro. Está associada a fatores econômicos, políticos e biológicos, além de ser influenciada pelo contexto social e
cultural. Define-se como violência contra as mulheres (VCM), qualquer conduta ou ação que leve a morte, dano ou sofrimento
físico, psicológico, sexual, dano moral, patrimonial e de gênero. Devido ao aumento gradativo da violência nos últimos anos
e o déficit na busca por assistência, a VCM passou a ser considerada um problema de saúde pública. Objetivo: O presente
estudo tem por objetivo abordar o papel do profissional de enfermagem e a qualidade da assistência prestada às vítimas.
Método: Revisão bibliográfica realizada entre fevereiro a abril de 2020 por meio de artigos e legislação sobre o tema, publicado
na última década. Resultado: A abordagem do enfermeiro é de grande valia, pois são os primeiros profissionais a entrarem
em contato com a vítima, acolhendo-a e construindo um vínculo contínuo, sendo necessário demonstrar compreensão
e sigilo, atendendo-a com apoio e suporte em busca de sua confiança, procurando superar angústias, medos, sentimento
de humilhação e receios, visto que na maioria dos casos, as mulheres não buscam por atendimento devido ao medo da
situação e de serem julgadas pelos profissionais. De acordo com o artigo 66 do Decreto Lei 3.688/1941, profissionais que não
notificarem casos de VCM poderão ser punidos com multa, por não comunicarem um crime de seu conhecimento e pela falta
de proteção as vítimas. Ainda, a Lei 13.931/2019 que altera a Lei 10.778/2003 diz que ao atender mulheres nessa situação, torna-
se obrigatória a notificação compulsória. Mesmo com as leis, os profissionais ainda possuem receio em notificar/denunciar
devido à falta de orientação em relação à situação, assim, a subnotificação é comprovada, visto que apenas 10% das mulheres
violentadas registram o ocorrido em delegacias policiais. Conclusão: Compreende-se que o profissional de saúde precisa estar
em constante capacitação, identificando a violência precocemente, tendo um melhor conhecimento sobre o manejo dos casos
e uma visão holística em relação à cliente, além disso, deve-se deixar claro o quão importante é o sigilo e a ética profissional.
Não menos importante, é a educação em saúde com as mulheres, encorajando-as a denunciar os casos de violência e buscar
por uma assistência de qualidade.
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