Page 42 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE
EDUCAÇÃO CONTINUADA: MOSAICO DE PERCEPÇÕES DOS GRUPOS DE TRABALHO EM
HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR DA 4ª REGIÃO DE SAÚDE
Autores: PATRÍCIA PADILHA SOBUTKA | Juliana Trinkaus Menon, Lays Fernanda Slabicki. Instituição: 4ª Regional de Saúde/Irati/SESA - PR
Palavras-chave: Educação continuada. Humanização. Assistência hospitalar.
Na 4ª Região de Saúde, a assistência hospitalar é constituída por 05 hospitais, cada um apresenta grupos de trabalho em
humanização implantados, mas notam-se fragilidades nas discussões sobre humanização, tendo como necessidade a educação
continuada, na abordagem do atendimento humanizado, no acolhimento, na escuta qualificada, nos planejamentos de ações
e vínculos internos entre profissionais. Para Varela, o desafio é a redefinição do conceito de humanização a partir de um
“reencantamento” do SUS, para que os hospitais priorizem pelo atendimento resolutivo humanizado. A PNH tem como finalidade
efetivar os princípios do SUS e incentivar trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. Para Waldow, promover a
humanização requer da equipe conhecimento e trabalho pela busca da qualidade na prática do cuidado humanizado. O
desenvolvimento do projeto possibilitou refletir a importância do papel dos profissionais frente à humanização hospitalar, através
de ações voltadas à humanização do cuidado, as necessidades dos trabalhadores e a assistência de qualidade ao paciente
e sua família. Foi evidenciado aos grupos, caminhos para uma nova forma de entender o cuidado humanizado, propondo
capacitações, momentos de discussões e planejamentos de ações, bem como trocas de experiências entre equipes, contando
com o apoio da 4ª Regional de Saúde, buscando com isso, atenção e segurança aos usuários, diminuindo anseios e valorizando o
ser humano. Ao vivenciar estes momentos de capacitações, cada um pode expor seu ponto de vista, evidenciando a importância
do entendimento da equipe sobre a humanização e os benefícios que o atendimento humanizado traz para a instituição. Os
momentos de discussões e estudo fizeram com que os grupos atuantes nos hospitais, não se preocupassem somente com a
doença, mas também com o ser humano num todo. Percebe-se que através da educação continuada sobre humanização, as
equipes resgataram o vinculo e integração entre todos, e juntos com a gestão buscam traçar novos caminhos para uma melhor
abordagem. Com a percepção sobre os grupos de humanização nos hospitais, é possível perceber que em situações críticas,
onde usuários estão mais fragilizados, o trabalho humanizado faz toda a diferença, mas sabemos que antes de cuidar do paciente,
a equipe precisa aprender a se cuidar, a se comunicar. Ao longo deste período foram realizadas inúmeras ações relacionadas à
humanização, fortalecendo e “empoderando” cada vez mais estes grupos.
EDUCAÇÃO PERMANENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CAPS - CENTROS DE
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL I INTERMUNICIPAL EM MARILÂNDIA DO SUL
Autores: LILIAN FERREIRA DOMINGUES | Arianne Cristina da Silva. Instituição: CISVIR Consórcio Intermunicipal de saúde do vale do Ivaí
e região
Palavras-chave: Educação permanente. CAPS. Reforma psiquiátrica.
Caracterização do problema: A ampliação e reestruturação na RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) a partir da portaria 3.088
de 2011, com a abertura de novos CAPS situados no território do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí- CISVIR,
incidiu no surgimento de carências em relação a formação e alinhamento conceitual dos profissionais atuantes nos serviços,
assim houve a necessidade de qualificação do processo de trabalho, com a estruturação do mesmo por meio da educação
permanente, de modo que as experiências do trabalho passam a ser o ponto de partida para o desenvolvimento de atividades
em educação permanente e avaliação sistemática do cotidiano da equipe.(Brasil,2011) Fundamentação teórica: No campo da
saúde mental, a estratégia de educação permanente tem como desafio consolidar a reforma psiquiátrica. Para o alcance deste
desafio, os tradicionais programas de educação continuada, destinados apenas a informar os indivíduos sobre recentes avanços
em seu campo de conhecimento, devem ser substituídos por programas mais amplos de educação permanente que visem
articular conhecimentos profissionais específicos com o de toda a rede de saberes envolvidos no sistema de saúde (Tavares, 2005)
Descrição da experiência: Tendo a Reforma Psiquiátrica como alinhamento conceitual teórico e político, fora realizado diagnóstico
situacional com encontros periódicos objetivando conhecer a realidade dos CAPS por meio de reuniões de equipe e também
observação da rotina de trabalho instituída. Para a identificação dos problemas realizou-se oficinas para elencar o nó critico,
discussões de temas propostos pela equipe e estudos de casos. Efeitos alcançados: Ainda que o projeto esteja em andamento,
foram observados o crescimento e o fortalecimento da equipe a partir dos encontros com os trabalhadores participantes, partindo
do pressuposto de que todos os atores são ativos no processo de ensino e aprendizado. Diante disso processos foram qualificados
e novas estratégias foram traçadas, visando o melhor atendimento ao usuário, unificando a equipe e ressaltando a importância
do trabalho em Saúde de forma reflexiva e responsável junto ao trabalho multiprofissional. Recomendações: Esta experiência
demostra que a partir da educação permanente possibilita novo arranjos e organização nos serviços de saúde qualificado assim
a assistência.
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