Page 37 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE



                 COLETA DE DADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO
                 E PESQUISA

                 Autores: NATACHA BOLORINO | Paola Ramos Silvestrim, Aline Mie Nishimura, Lucas Fraga Cotarelli, Isadora Flávio Monteiro, Natália
                 Marciano de Araújo Ferreira. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                 Palavras-chave: Formação em saúde. Coleta de dados. Atenção Primária à Saúde.
                 Caracterização do problema: Atualmente têm-se discutido sobre um movimento nacional para a construção das novas Diretrizes
                 Curriculares Nacionais (DCN) para os Cursos de Graduação em Enfermagem (CGE). Essas modificações previstas, enfatizam a
                 formação para o trabalho interprofissional e desenvolvimento de estratégias para enfrentamento de problemas da realidade.
                 Fundamentação Teórica: A proposta de reformulação da DCN para os CGE tem-se demonstrado preocupação com o ensino de
                 campo que tenha como propósito aproximar os graduandos das situações-problemas da realidade dos serviços, principalmente
                 daqueles relacionados a atenção à saúde de indivíduos, famílias, grupos e coletividade. Descrição da Experiência: Com base
                 nisso, foi realizada a coleta de dados no período de janeiro a abril de 2020, na Atenção Primária à Saúde (APS), do município de
                 Londrina, Paraná. O campo de pesquisa foi composto por 3 entrevistadores, graduandos do curso de Enfermagem e a população
                 alvo foi constituída por 288 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) distribuídos em 51 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foi
                 desenvolvido o processo de capacitação do graduando, diariamente durante uma semana, com a aproximação das etapas de
                 um projeto de pesquisa, apresentação do instrumento de coleta de dados, entrega do material do entrevistador, seguido de
                 sua inserção no campo da APS no contexto interprofissional para ações de controle de uma doença de eliminação no contexto
                 do indivíduo, grupos e coletividade, onde puderam contar com a supervisão da mestranda na aplicação do instrumento piloto.
                 Após a capacitação, cada entrevistador ficou responsável por entrevistar a equipe de ACS da UBS pertencente a uma região do
                 município. Ao término da entrevista, contatavam a mestranda responsável pela pesquisa na qual se reportava à coordenação
                 da pesquisa para relatar as suas percepções sobre o trabalho interprofissional na vigilância em saúde da APS, intervindo no
                 processo  de  enfrentamento  das  situações-problema  apresentadas.  Efeitos  Alcançados:  Considera-se  que  essa  experiência
                 tenha sido o diferencial na formação dos profissionais enfermeiros tanto nas etapas da pesquisa científica quanto na proximidade
                 com a prática interprofissional. Recomendações: Essa prática, poderá ser exercida pelas Instituições de Ensino Superior e seus
                 efeitos disseminados para a comunidade acadêmica e profissionais do serviço como uma experiência significativa para atender
                 as propostas de reformulação das DCN para CGE.




                 ENSINO SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE NOS CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE
                 Autores: JESSICA GUEDES | Elaine Rossi Ribeiro, Gabriela Eyng Possolli, Wagner Menna Pereira, Fabiane Frigotto de Barros, Laysa
                 Fernanda Zerbinatti. Instituição: Faculdades Pequeno Principe
                 Palavras-chave: Ensino. Segurança do paciente. Estudantes.
                 O objetivo desse estudo foi analisar como está estruturado o ensino da segurança do paciente em cursos da área da saúde. Trata-
                 se de uma pesquisa quantitativa do tipo survey, realizada em uma instituição de ensino superior localizada em Curitiba PR. Teve
                 a participação de 395 estudantes, através de uma amostragem por conveniência aplicando-se um questionário fechado que foi
                 constituído por 12 perguntas objetivas e uma dissertativa. O estudo evidenciou que a IES pesquisada tem inserido no currículo
                 dos seus cursos o tema segurança do paciente, pois ele foi trabalhado durante a graduação, os estudantes o consideram muito
                 importante para sua formação, os professores relacionam esse tema com outros assuntos e os estudantes se sentem aptos para
                 realizar uma assistência segura com a formação que estão tendo. Infere-se também que essa inserção se dá de forma esparsa,
                 vê-se isso pelo percentual de estudantes de medicina e psicologia que se sentem aptos a realizar uma assistência segura com a
                 formação que estão tendo e ainda pelo fato de que quando esse tema é trabalhado é feito principalmente de forma tradicional.
                 Ressalva-se aqui, porém que o curso de medicina dessa instituição discordou totalmente quanto a usar metodologia tradicional
                 para trabalhar esse tema, seu currículo é em PBL e isso demonstra que já se está a caminho de mudança dessa realidade.
                 Não obstante ter de se caminhar muito ainda em direção á meta da inserção desse tema nas graduações em saúde, o que
                 ficou evidenciado com essa pesquisa é o avanço no que diz respeito a esse assunto, apesar das dificuldades apresentadas e
                 ser um tema relativamente novo. Sugere-se que se tenham mais pesquisas em relação a essa temática a fim de que ela seja
                 mais difundida, e que as IES insiram nas matrizes curriculares dos seus cursos esse tema. pois assim, tanto o paciente quanto o
                 profissional e as instituições de saúde se beneficiarão com a oferta de cuidados seguros durante a prestação dos cuidados. Além
                 disso, indica-se englobar todos os cursos da área da saúde em pesquisas posteriores, já que essa pesquisa abrangeu apenas
                 cinco deles, pois como já foi elencado todos são responsáveis por prestar cuidados aos pacientes e consequentemente a difundir
                 e praticar atos seguros durante os cuidados em saúde.



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