Page 32 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE
A EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E
SAÚDE PÚBLICA
Autores: OLGA MARIA DA SILVA BEZERRA CAVALCANTI | Francisco Timbó de Paiva Neto, Cassiano Ricardo Rech. Instituição:
Universidade Federal de Santa Catarina
Palavras-chave: Formação continuada. Educação Física. Atenção Primária à Saúde.
Contextualização do problema: A formação em Educação Física tem se ampliado nos últimos anos, o que demonstra a sua
importância e relevância, em diversas áreas do conhecimento. Neste sentido, a área de Educação Física tem sido paulatinamente
introduzida e ocupando um importante espaço no cenário do Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, a realidade da atuação do
profissional de Educação Física no campo da Saúde Pública, como no SUS, é ainda incipiente na formação inicial. Fundamentação
teórica: Assim, este projeto de extensão tem como objetivos: a) promover a inserção dos acadêmicos no cenário de práticas da
Atenção Básica à Saúde em Florianópolis; b) contribuir para a qualificação dos profissionais de Educação Física atuantes no Núcleo
de Apoio à Saúde da Família da Atenção Básica (NASF-AB). Descrição da experiência: O projeto caracteriza-se como uma proposta
de formação continuada, operacionalizada por um encontro mensal de capacitação para orientação de atividades físicas, realizado
na terceira terça-feira de cada mês e acontece no Centro de Desportos da UFSC, entre 13:30 às 17:30. Nos primeiros encontros do
ano os profissionais, em conjunto com o coordenador do projeto estabelecem as temáticas que são as principais dificuldades para
atuação e compreensão da inserção do profissional de Educação Física no SUS. Efeitos alcançados: Observa-se de modo lento,
devido as diversas barreiras enfrentadas pelos profissionais de Educação Física, que as ações começam a ter efeito na atuação
dos mesmos. O projeto possui alcance nos Centros de Saúde onde atuam os profissionais de educação física dos quatro distritos
sanitários de Florianópolis (centro, continente, norte e sul). Além disso, apresenta como público indireto a população atendida nas
51 Unidades de Saúde de Florianópolis, que são assistidas pelos profissionais de Educação Física, cerca de aproximadamente
3000 pessoas/mês, usuários do SUS são beneficiados pelos encontros de capacitação e reflexão os quais os profissionais são
participantes. Recomendações: O projeto dispara formação e qualificação dos profissionais de Educação Física atuantes no SUS,
a partir de seus princípios doutrinários e organizacionais. O projeto de extensão contribui para a integração ensino-serviço através
dos debates pertinentes à atuação do profissional de Educação Física na Atenção Básica.
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS NO ESTÁGIO EM FISIOTERAPIA
NEUROFUNCIONAL: FORMAÇÃO ACADÊMICA BASEADA NO CONTEXTO REAL
Autores: JOSIANE LOPES |. Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Fisioterapia. Processo de ensino-aprendizagem. Aprendizagem baseada em problemas.
Introdução: Os acadêmicos do curso de Fisioterapia vivenciam de forma mais pronunciada a realidade da profissão durante os
estágios. A especialidade Fisioterapia Neurofuncional constitui um dos estágios mais exigentes quanto ao conteúdo teórico, preparo
técnico e flexibilização emocional. Para a formação de perfis profissionais como esse, uma das propostas pedagógicas a ser utilizada
durante o estágio é a Aprendizagem Baseada em Problema (Problem Based learning, PBL). Objetivo: Relatar a experiência dos
alunos na identificação e resolução de problemas pela abordagem PBL durante o estágio em Fisioterapia Neurofuncional. Método:
Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa do relato de experiência sobre a utilização da abordagem PBL no estágio
em Fisioterapia Neurofuncional por alunos do sétimo e oitavo semestre de uma instituição de ensino superior. Foram observadas
as atividades desenvolvidas por 40 alunos onde após a avaliação dos pacientes, cada aluno selecionou um paciente para ser
seu caso clínico. Na sequência, eles apresentaram o caso clínico no modelo do PBL em uma sessão tutorial composta por: 1)
Leitura do caso; 2) Identificação dos problemas de análise pelos alunos; 3) Formulação de hipóteses explicativas para os problemas
identificados baseado nos conhecimentos prévios; 4) Resumo das hipóteses; 5) Formulação dos objetivos de aprendizado; 6)
Estudo individual; 7) Retorno ao grupo tutorial para discussão dos problemas considerando os novos conhecimentos adquiridos; 8)
Verificação da resolução parcial ou total dos problemas durante o atendimento do paciente; 9) Integração de conteúdos pelo tutor
e; 10) Feedback do aluno ao grupo sobre a resolução dos problemas. Resultados: As ações planejadas foram bem sucedidas com
problemas provenientes de situações reais do estágio. Com a apresentação e finalização do tutorial dos casos clínicos, os alunos
se sentiram mais motivados e utilizaram abordagens aprendidas nos problemas anteriores para resolução dos problemas. Houve
maior interação, cooperação e desenvolvimento de trabalho em equipe entre os alunos nas atividades de avaliação e atendimento
dos pacientes durante o estágio. Os alunos apresentaram-se mais ativos, críticos, proativos e autônomos na tomada de decisões.
Conclusão: Pelo despertar crítico, a construção do conhecimento, a motivação e a observação real dos problemas resolvidos na
prática clínica, é evidenciado que o PBL é um modelo pedagógico que contribui na formação profissional.
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