Page 28 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE EIXO: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EM SAÚDE
ARTES VISUAIS NA ÁREA DA SAÚDE: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA
GRADUAÇÃO
Autores: ELUANE MIRIAN SANTOS SANCHEZ | Profª Drª Suely Grosseman, Profª Drª Leide da Conceição Sanches, Profª Drª Elaine Rossi
Ribeiro, Profª Drª Giovana Terezinha Simão. Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Artes visuais. Estratégia de ensino-aprendizagem. Ensino em saúde.
Introdução: Esse trabalho apresenta parte de uma dissertação cujo tema foi a arte visual no ensino na saúde. Objetivo: Identificar
e compreender um grupo de práticas pedagógicas na área da saúde que utilizam como estratégia de ensino-aprendizagem a
arte visual. Método: Foi realizado um estudo exploratório-descritivo, com abordagem mista. Responderam um questionário 80
professores; dos cursos de Medicina, Farmácia, Psicologia, Enfermagem e Biomedicina, de uma Instituição de Ensino Superior
(IES); as seguintes questões: que tipo de arte usa em suas aulas, para ensinar o quê, com qual objetivo? Sendo que, 17 destes,
também participaram de uma entrevista semi-estruturada onde as questões foram aprofundadas. Para a análise, utilizou-se a
estratégia de triangulação concomitante buscando convergências e combinações. Resultados: Foram contabilizados 75 termos
(66,4%) referentes a arte visual, tanto confecção de formas (17%) quanto exibição de imagens (83 %). Tem-se que, os professores
passaram a utilizar a arte visual por gosto, habilidade, engajamento educacional ou incentivo da instituição. De modo geral,
passaram a recorrer à arte visual pois esta oferece a função imediata e concreta da linguagem visual, promovendo uma vivência
filosófica por meio da estética, vinculando o tema estudado à uma reflexão da realidade. O grupo relatou três exercícios com arte
visual: exercitar a representação, a contextualização e criação da realidade em saúde. No primeiro, os professores solicitam que os
alunos exercitem a percepção visual sobre a representação do corpo humano e representem com técnicas artísticas a estrutura
observada. O segundo, consiste em solicitar aos alunos que estes observem imagens artísticas, façam a leitura da composição
visual e contextual, e por conseguinte reflitam sobre o tema estudado. Já no terceiro, os professores solicitam que os aluno, ao
terem estudado um tema, busquem uma resposta criativa utilizando para isso materiais, técnicas e produtos das artes visuais. O
planejamento é realizado de modo colaborativo entre professores e alunos, sendo que, a avalição é também o momento para
a reelaboração da proposta. Os professores, sentem-se à vontade com a construção do saber, de modo a não considerar o
conhecimento como pronto e acabado, utilizando a arte visual para fortalecer a questão da integralidade em saúde.
CAMPANHA “DOE VIDA”
Autores: LAURA LAVARIAS GESSNER | Felipe Silva Aguiar, Gustavo Abud Priedols, Henrique Balduino Nogueira, Luana Danielle Sousa
Silva de Barros. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Educação em saúde. Doação de sangue. Junho vermelho.
Caracterização do problema: Estudos recentes realizados pela Organização Pan-Americana de Saúde estimam que 1,8% dos
brasileiros doam sangue, realidade muito abaixo do que a OMS considera como ideal, que é de 3,5 a 5%. Hemocentros enfrentam
dificuldades constantes em manter seus estoques, afetando extremamente a população que depende de bolsas de sangue
rotineiramente ou em situações emergenciais. Nesse sentido, em meio ao Junho Vermelho, a IFMSA Brazil UEL organizou, em
parceria com o Tiro de Guerra de Londrina, uma campanha de sensibilização à doação de sangue, buscando conquistar doadores
para o Hemocentro Regional de Londrina. Fundamentação teórica: Captar doadores de sangue suficientes para que o sistema
hemoterápico funcione de forma efetiva requer o conhecimento de vários aspectos humanos que envolvem e influenciam
a doação espontânea. É fundamental, além de captar, fidelizar doadores e tornar a doação algo corriqueiro e cultural. Nesse
sentido, o trabalho educativo é essencial para o esclarecimento de dúvidas e mitos em relação ao processo de doação, fatores
que costumam impactar significativamente nessa escolha. Descrição da experiência: Os responsáveis pela campanha foram
primeiramente capacitados pelo Dr. Fausto Trigo, diretor do Hemocentro. No Tiro de Guerra, foi realizada uma palestra para os
recrutas, na qual foi explicado o processo de doação de sangue e ressaltada sua importância na preservação de vidas.Também
foram abordados o desbalanço entre doações e demandas que o Hemocentro enfrenta, detalhes do seu funcionamento e quais
os cuidados dedicados ao sangue e seus derivados. Efeitos alcançados: Dos 180 participantes, 12 responderam a um questionário
online. Destes, 100% demonstraram entender a importância da doação de sangue, e se sentiram motivados a doar. 91,7% atestaram
que tiveram suas dúvidas esclarecidas e o mesmo número apontou ter indicado a doação de sangue para alguém. 50% afirmaram
que doaram sangue após a palestra. O questionário ainda indagou sobre a satisfação em relação à palestra, medida de 0 a 5,
ao que 66,7% atribuíram nota 5. Recomendações: Os resultados demonstraram significativo impacto da campanha, visto que
todos os participantes que responderam ao questionário foram motivados a doar sangue e metade deles doou, apesar da clara
discordância entre motivação e prática. Atividades como essa devem ser repetidas, buscando atingir um maior público, tendo
provado eficiência na sensibilização à doação.
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