Page 190 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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de progressão da doença denotam a necessidade de traçar um perfil epidemiológico dos
pacientes a fim de aprimorar os atendimentos necessários. Objetivo: Identificar o perfil de
saúde e características clínicas das infecções por coronavírus durante o período de
isolamento. Metodologia: Estudo observacional transversal aprovado pelo Comitê de Ética
Envolvendo Seres Humanos, de abordagem quantitativa, com aplicação de questionários
sobre o perfil dos indivíduos infectados; sintomas durante o isolamento domiciliar; qualidade
de vida (EQ-5D); fadiga (CES-D); e dispneia (PFSDQ). Foram incluídos 239 participantes com
resultado positivo para COVID-19 entre junho e setembro/2020, excluindo os que não
possuíam telefone e/ou não quiseram participar. Pesquisa realizada por acadêmicos de
fisioterapia sob orientação de professor coordenador e com mediação da Clínica Escola e da
Secretaria Municipal de Saúde. O contato com os participantes se deu por telefone no início
do isolamento. Como forma de categorização e análise dos dados foram feitos agrupamentos
de acordo com a quantidade de sintomas apresentados (assintomáticos, um sintoma, dois ou
três e três ou mais); caracterização da amostra; comportamento da fadiga e dispneia; e
qualidade de vida. Após 48 horas do primeiro telefonema, o paciente foi contatado mais uma
vez para verificar alterações no quadro. Resultados: Adultos com idades entre 20 e 59 anos
representaram 76%, idade média 39,0 ± 17,7, não etilistas (89,53%), não tabagistas
(83,26%), sedentários (79,91%), sem comorbidades (36,82%) e com alta contaminação
familiar (64,4%). A maioria com 3 ou mais sintomas (40,5%), destacando-se a tosse seca
(40,1%); cefaléia (40,6%); mialgia (35,9%) e febre (33%). Fadiga (28,9%) e dispneia (15,4%)
foram mais evidentes durante realização de atividades diárias. A qualidade de vida
apresentou índice 0,798 ± 0,2306 em uma escala de 0 a 1 e o estado de saúde autorreferido
de 71,0 ± 23,9 em uma escala de 0-100. Conclusão: Maioria dos participantes foram adultos
sintomáticos, com mais de três sintomas, cujo isolamento impactou na qualidade de vida. É
evidente a diminuição do nível de atividade física e do estado de saúde no isolamento,
somados à alta taxa de contaminação familiar, evidenciando a importância de protocolos de
distanciamento social entre familiares.
RESULTADOS DO PROGRAMA ESTADUAL DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE
AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS COM COMUNICAÇÃO DE RISCO A POPULAÇÃO
Autores: MARCOS VALÉRIO DE FREITAS ANDERSEN | ALINE FELIX, ANA PAULA
SANTOS RODRIGUES. Instituição: Secretaria Estadual de Saúde do Paraná
Palavras-chave: Alimento; Risco; Resíduo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados das amostras coletadas no
período de setembro de 2018 até setembro de 2019 do Programa Estadual de Análise de
Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos PARA/PR, coordenado pela Secretaria Estadual de
Saúde em conjunto com os órgãos municipais de vigilância sanitária de Araucária, Cascavel,
Chopinzinho, Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Pato Branco, Pinhais,
Ponta Grossa e São José dos Pinhais e o LACEN/PR. Ao todo, foram analisadas amostras
de 721 alimento s de origem vegetal representativos da dieta da população paranaense:
abobrinha, alface, abacaxi, banana, batata, brócolis, beterraba, cenoura, cebola, chuchu,
couve, couve flor, farinha de milho, farinha de trigo, goiaba, laranja, limão, manga, mamão,
maçã, melão, morango, pepino, pimentão, repolho, tangerina, tomate e uva. As amostras
foram coletadas em duas modalidades do Programa, nas unidades da CEASA/PR e em
escolas da Rede Estadual de Ensino. Foram pesquisados até 291 agrotóxicos diferentes nas
amostras analisadas. Quanto as relações de causa e efeito sobre uma determinada
exposição e um efeito adverso à saúde ainda não estão cientificamente bem estabelecidos
deve ser aplicado o princípio da precaução. O princípio da precaução afirma que, mesmo na
ausência da certeza científica formal sobre um risco que envolve dano sério ou irreversível,
devem ser aplicadas medidas preventivas. medidas preventivas. Na tomada de decisão, o
gestor deve considerar a incerteza e a variabilidade, que são indicações quantitativas da
qualidade do risco estimado, sugerindo a confiabilidade do mesmo, o quanto a estimativa
representa o risco real. senta a sua consequência/efeito. Os eventos de riscos identificados
devem ser avaliados sob a perspectiva de impacto e probabilidade, considerando as
possíveis causas e as possíveis consequências levantadas. A matriz de riscos é uma