Page 192 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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estão mais propensas a apresentar sofrimento psíquico decorrente de estresse, ansiedade,
condições emocionais pré-existentes, medo do contágio, podendo desenvolver transtornos
mentais. Desse modo, o profissional de psicologia tornou-se um agente indispensável nos
cuidados em saúde da população atuando através do teleatendimento. Para atender a
demanda de acolhimento psicológico aos pacientes oncológicos de um hospital geral da
cidade de Foz do Iguaçu, deu-se a experiência de estágio no serviço de teleorientação em
combate à COVID-19. Embasando-se no manual do Ministério da Saúde de Telepsicoterapia
Cognitivo-Comportamental Breve e nas técnicas de aconselhamento psicológico, buscou-se
acolher as demandas psicológicas, encaminhá-las quando necessário e promover a saúde
mental desses pacientes que já enfrentavam um processo de adoecimento. Durante três
meses, aproximadamente 1500 pacientes oncológicos foram contatados. Apesar de cada
indivíduo apresentar sentimentos particulares em relação ao isolamento e a pandemia,
identificou-se um grande número de pacientes com sintomas ansiosos e depressivos, com
intensificação do medo por pertencerem ao grupo de risco. Por muitos serem idosos, foi
levantada como problemática a dificuldade em manter-se em comunicação com familiares e
cuidadores durante o isolamento social, por não se familiarizarem com recursos tecnológicos.
Em contrapartida, alguns pacientes apresentaram uma visão mais positiva e resiliente sobre
o processo de adoecimento, principalmente os que anteriormente já haviam passado por
acompanhamento psicológico. A exaustão e mal-estar resultante do tratamento oncológico e
a dificuldade na comunicação e interação via telefone, foram considerados como
complicadores à adesão ao atendimento remoto. Apesar das dificuldades encontradas no
teleatendimento a esse público, os pacientes relataram sentir-se gratos e valorizados com o
acolhimento oferecido, evidenciando a importância de mais serviços que ofereçam uma
escuta qualificada e humanizada, se adaptando às diferentes situações e demandas.
USO DAS METODOLOGIAS ATIVAS NA CONSTRUÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
DOS AGRAVOS E DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ-PARANÁ
Autores: UDELYSSES JANETE VELTRINI FONZAR | SOLANGE MUNHOZ ARROYO
LOPES, ANA MARIA MACHADO SILVEIRA DE MORAES, ROBSMEIRE CALVO MELO
ZURITA, CLAUDIA TIEMI MIYAMOTO ROSADA, LUANA CARLA TIRONI DE FREITAS
GIACOMETTI. Instituição: UNICESUMAR
Palavras-chave: Educação de Graduação em Medicina; Aprendizagem Baseada em
Problemas; Instituições de Ensino Superior.
O estágio supervisionado em Saúde Coletiva do sexto ano do curso de medicina da
UNICESUMAR tem como proposta a transversalidade do ensino prático nas metodologias
ativas e de problematização.O conteúdo programático é baseado em três eixos: gestão,
atenção à saúde e vigilância em saúde. O eixo da vigilância em saúde é realizado na
Secretaria Municipal de Saúde do município de Maringá na Gerência de Epidemiologia. A
proposta baseou-se na adaptação do Curso Básico de Vigilância Epidemiologia em
metodologias ativas para a inserção do conhecimento aos discentes do Sistema Nacional de
Vigilância Epidemiológica (SNVE). As atividades são desenvolvidas em quatro
etapas/semanas, em sub-grupos de no máximo cinco alunos, e cada semana são
desenvolvidas atividades práticas pela discussão baseado na técnica de Brainstorm. No
primeiro encontro com o sub-grupos, os alunos recebem um banco de dados, podendo ser
de agravos ou de doenças transmissíveis, por definição da docente preceptora. Na primeira
semana, o aluno é inserido conceitualmente ao SNVE, realizando atividades de abstração e
percepção aos conteúdos programáticos. Na segunda semana, objetiva-se compreender a
vigilância epidemiológica como instrumento na interpretação dos dados para análise e
informações em saúde. Na terceira semana, compreender as relações das informações e seu
caráter estratégico na gestão para as ações em saúde. Na quarta semana, apresentação dos
indicadores de saúde na análise epidemiológica e as etapas do método epidemiológico. Na
sequência há apresentação em power point das análises realizadas para os servidores da
gerência de epidemiologia e profissionais da assistência e promoção à saúde, conforme a
pertinência do agravo. Há também a apresentação coletiva para todo o grupo em momento
de concentração da disciplina. As informações trabalhadas das análises: óbitos de mulheres