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EIXO 5 Ciência, Tecnologia, Comunicação e Inovação em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
REALIZAÇÃO DE BUSCA ATIVA PARA PACIENTES PÓS CIRÚRGICOS ATRAVÉS DE LIGAÇOES
FONADAS NO PERÍODO DE FEVEREIRO A ABRIL DE 2022 EM UM HOSPITAL MUNICIPAL
DA CIDADE DE CURITIBA
Autores: MARIANA LETÍCIA PADILHA | Flávia Cunha Gomide Capraro, Jeferson Bueno de Lima Souza, Tiago
Almir Rodrigues Silva. Instituição: FEAES - Fundação Estatal de Atenção à Saúde
PALAVRAS-CHAVE: Infecção do Sítio Cirúrgico, Busca Ativa de Ligações
Caracterização do Problema: A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções relacionadas à assistência
à saúde no Brasil, ocupando a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e compreendendo de 14%
a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. Foi realizado um estudo nacional pelo Ministério da Saúde no
ano de 1999, que encontrou uma taxa de ISC de 11% do total de procedimentos cirúrgicos analisados. Esta taxa atinge
maior relevância em razão de fatores relacionados à população atendida e procedimentos realizados nos serviços de saúde.
Justificativa: Tendo em vista que as infecções de sítio cirúrgico têm grande prevalência nos serviços de saúde, verificou-se
a necessidade de se realizar, mensalmente, a busca ativa dos pacientes de cirurgias classificadas como limpas realizadas
em um hospital municipal na cidade de Curitiba. Objetivo: Acompanhar os pacientes no pós-cirúrgico em até 30 dias, em
busca de infecção de sítio cirúrgico. Descrição da Experiência: A partir de fevereiro de 2022, foram iniciadas ligações para
pacientes com 30 dias de procedimento cirúrgico, os procedimentos foram escolhidos pelos critérios da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) pelo potencial de contaminação, os quais pertencem à classificação de cirurgias limpas. Tivemos
204 procedimentos cirúrgicos limpos nesse período. Foi realizado contato com 65 pacientes dos quais nenhum apresentou
infecção do sitio cirúrgico. Reflexão sobre a experiência e Recomendações: Observou-se que existiu uma boa assistência
prestada ao paciente, atrelada a uma qualidade cirúrgica conforme critérios da ANVISA. Entendemos que o número de
ligações em busca de pacientes pós-operatório pode aumentar para uma análise mais abrangente, assim será possível
realizar a validação da qualidade na assistência cirúrgica.
UMA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM NA UTI
Autores: ADRIANE APARECIDA LOPER | Aline Juliana Loper. Instituição: Unopar
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia; Saúde; Aprendizagem
Caracterização do problema: Como a tecnologia pode contribuir e criar novos espaços de aprendizagem quando a saúde da
pessoa não permite a aprendizagem formal estabelecida? Esse relato narra o processo de comunicação e aprendizagem de
uma criança (F.) com Atrofia Muscular Espinhal(AME) . Traz a teoria de Lev. S. Vigotski,para a defectologia. Justificativa: Serão
mostradas as possibilidades de aprendizagem exercidas no espaço de UTI, com uma criança que não se comunica através
da fala, porém com uma tecnologia adequada, pode exercer seu potencial de aprendizagem e comunicação. A experiência
com F. em uma UTI também nos possibilitou uma reflexão sobre a necessidade de se ressignificar este espaço como um
espaço de aprendizagem e desenvolvimento. Objetivo:A presente experiência inovadora teve por objetivo propor, implantar
e avaliar o ensino, aprendizagem e a comunicação com mediação de uma tecnologia adequada que visou solucionar as
limitações dos métodos tradicionais. Descrição da experiência:Como garantir o direito à uma infância com qualidade de
vida em uma doença crônica, degenerativa, na qual a criança perde seus movimentos, não fala e depende de aparelhos para
manutenção da sua vida? Sim, apesar de todos os pontos negativos trazidos pela Atrofia Muscular Espinhal (AME), a parte
cognitiva da criança é preservada. Partindo desse princípio, como nos recomenda Vigotski, vamos voltar nossas perspectivas
para as possibilidades. Uma das dificuldades dele era a pouca comunicação. A parte cognitiva estava preservada, mas da
parte motora restavam apenas alguns movimentos de braços, pernas, mãos e pés. Uma das características bem marcantes
nessa patologia é um olhar “vibrante”, como se a criança “falasse” com os olhos.As primeiras tentativas a partir dos três anos,
foram tradicionas. A segunda foi baseado em um capacete capacete, camera e computador e a terceira foi com a tecnologia
ampliada de sensores,computador e telas adaptadas. Nessa vez ele entendeu o funcionamento do software e conseguiu
digitar com os olhos. Seguindo setas (direita, esquerda, baixo e cima) e uma piscada (enter). F. conseguiu começar a montar
suas palavras. Reflexão sobre a experiência: Com a digitação de F. conseguimos atribuir significados para sua vivência,
abrir perspectivas diferentes, possibilitando sua inscrição na história. Recomendações: Que a tecnologia seja construída
para melhorar a vida das pessoas e vá em busca de soluções ainda não experenciadas.
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