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EIXO 5   Ciência, Tecnologia, Comunicação e Inovação em Saúde
                                                                                   RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE

                EDUCAÇÃO EM DOR NA PALMA DA MÃO: DESENVOLVIMENTO DE E-BOOK PARA INDIVÍDUOS
                                       COM DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA

                  Autores: MARINA PEGORARO BARONI | Kauane Vandresen dos Santos, Pedro Augusto Clemente, Christiane Riedi
                  Daniel, Felipe José Jandre Reis, Bruno T Saragiotto. Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste

               PALAVRAS-CHAVE: dor crônica, educação, tecnologia digital
               Caracterização do problema: As diretrizes de prática clínica recomendam a educação em dor como opção terapêutica de primeira
               linha no manejo da dor musculoesquelética crônica. Porém, esta prática é pouco implementada ou inexistente na maioria dos serviços
               de saúde pública do Brasil. O baixo número de profissionais da saúde com capacitação adequada para a abordagem moderna da
               dor, somado à priorização do sistema público de saúde em atender outras condições crônicas de saúde com maior impacto na
               mortalidade, podem explicar a falta de implementação da educação em dor como abordagem terapêutica. O uso de tecnologias
               digitais  na  saúde  pode  ampliar  o  acesso  da  população  a  informações  sobre  educação  em  dor.  Objetivo:  Elaborar  um  e-book
               interativo de educação em dor e estratégias de enfrentamento para indivíduos com dor musculoesquelética crônica. Descrição
               da experiência: O e-book intitulado “EducaDor: aprenda a controlar sua dor” foi desenvolvido por uma equipe multiprofissional e
               interinstitucional da área da saúde, e registrado no ISBN. O e-book proporciona conhecimentos sobre neurofisiologia da dor, fatores
               que influenciam a dor, práticas corporais e estratégias comportamentais de autogerenciamento da dor, dividido em 10 capítulos.
               Cada capítulo apresenta um rico ambiente de aprendizagem (textos, imagens, esquemas gráficos, podcasts, vídeos e atividade de
               estratégia comportamental) para fornecer uma experiência multissensorial e produzir um aprendizado maior e mais eficiente.
               Reflexão sobre a experiência: Mais de 80% dos brasileiros possuem celulares, o que viabiliza a utilização de tecnologias digitais
               como forma de inovação em saúde e escalabilidade na disseminação de conteúdo atualizado e adequado sobre a condição de
               saúde do indivíduo. Assim, a informação sobre dor pode ser acessada de forma rápida e simples pelos usuários com smartphones.
               Acreditamos que divulgar as informações de uma forma mais interativa, com linguagem simples e objetiva pode aumentar o
               engajamento e a autorresponsabilidade do indivíduo no cuidado da sua saúde. Recomendações: Estudos de implementação, nos
               diferentes níveis organizacionais (gestores, organização, usuário final), são necessários para analisar os desfechos da implementação
               da tecnologia digital no serviço de saúde público. Estes estudos podem contribuir para a tomada de decisão dos gestores de saúde e
               fomentar a expansão das intervenções digitais para indivíduos com dor musculoesquelética crônica na saúde pública.



                 CIÊNCIA DA MELHORIA CONTÍNUA APLICADOS PARA A DIMINUIÇÃO DAS DENSIDADES DE
                 INCIDÊNCIA DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM SERVIÇO DE NEONATOLOGIA

                  Autores: FERNANDA NOVAES MORENO BRANCALION | Suellen Karina de Oliveira Giroti, Fernanda Caroline Mattos
                  Silva, Jackeline Martins Leôncio, Stela Biguetti Cardoso, Karen Gomes. Instituição:  Universidade Estadual de
                  Londrina
               PALAVRAS-CHAVE: Gestão em Saúde; Gestão da Qualidade Total; Administração Hospitalar
               Caracterização do problema: Altas densidades de incidência de infecção de corrente sanguínea. Justificativa: Inquietação da
               equipe frente as altas densidades de infecção de corrente sanguínea, sem melhorias. Objetivo: Relatar como foi construído um
               diagrama direcionador para redução das densidades, de 12 a cada mil para zero a cada mil em um período de 8 meses, das
               infecções de corrente sanguínea em um Serviço de Neonatologia. Descrição da experiência: Foi criado um projeto de melhoria
               com interações efetiva das áreas: Neonatal e Comissão de Terapia Infusional, para revisão dos processo que envolvem rede venosa.
               A partir das observações dos processos evidenciou-se necessidade de mudanças em pontos importantes, que desdobraram nos
               seguintes itens do diagrama direcionador primário: Engajamento Transformador; Cuidados seguro e com valor agregado, Realizar
               inserção de cateter CCIP nas unidades neonatais, conforme as melhores evidências; Revisão do processo de trabalho da equipe
               de enfermagem nas práticas de manutenção do cateter CIPP, Revisão do processo de trabalho da equipe de enfermagem para
               as práticas de administração de medicações, Capacitação da equipe  sobre o Bundle  de prevenção de ICS.  Os direcionadores
               se desdobram em seis direcionadores secundários  e estes desdobram em 34  conceitos de  mudanças, os quais  estão sendo
               trabalhados junto às equipes assistenciais, táticas e estratégicas. Reflexões sobre a experiência: O conceito de melhoria contínua
               traz inovações no próprio modelo de gestão uma vez que traz visão sistêmica de como os processos podem ser melhorados a partir
               da interação de áreas e hierarquias. Recomendações: Para aplicação do modelo de melhoria, é necessário aliar o conhecimento
               prático ao conhecimento do funcionamento do sistema a ser melhorado, por meio de observações e mudanças que permitam a
               mensuração de seus resultados. Os ciclos PDSA (Plan-Do-Study-Act) estruturam o desenvolvimento de mudanças, seja como um
               método autônomo ou como parte de abordagens de melhoria da qualidade mais amplas. Os usuários do método PDSA seguem
               uma abordagem de aprendizagem cíclica prescrita em quatro etapas para adaptar mudanças destinadas à melhoria. Na etapa
               planejar (Plan), é identificado uma mudança voltada para a melhoria; a etapa fazer (Do) vê essa mudança testada; a etapa estudar
               (Study) examina o sucesso da mudança por meio de dados e indicadores e a etapa agir (Act) identifica adaptações e os próximos
               passos para informar um novo ciclo.



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