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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                   SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS NO PARANÁ, BRASIL (1996 – 2018):
                                          INDICADORES E QUALIDADE DE DADOS

                     Autores: ALINE VERONEZE DE MELLO CESAR | Zilda Pereira da Silva. Instituição:  Universidade de São Paulo
                  PALAVRAS-CHAVE: Saúde Materno-Infantil; Sistemas de Informação em Saúde; Nascidos Vivos
                  Introdução:  O  Sistema de  Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC)  foi  desenvolvido  pelo  Ministério  da  Saúde,  em
                  1990, no intuito de obter informações epidemiológicas acerca dos nascidos vivos no Brasil. Neste sentido, SINASC torna-se
                  ferramenta útil na análise de indicadores de saúde e essencial para gestão e avaliação da situação de saúde materno-
                  infantil. Para tanto, é importante avaliar constantemente a qualidade das informações. Objetivo: Analisar indicadores de
                  saúde e a qualidade dos dados do SINASC no Paraná, Brasil entre 1996 e 2018. Métodos: Dados do SINASC do estado do
                  Paraná, referente aos anos de 1996, 2000, 2006, 2012 e 2018, foram coletados em plataforma online (TabNet). A qualidade
                  das informações foi analisada pelo cálculo da cobertura (razão SINASC/IBGE), incompletude (excelente <5%; bom, 5 a 10%;
                  regular, 10 a 20%; ruim, 20 a 50%; e muito ruim, >50%) e consistência (sexo - razão entre nascidos vivos do sexo masculino
                  e do sexo feminino e peso ao nascer - curva de Lubchenco). Foram analisadas proporções de: mães adolescentes, mães
                  com 7 ou mais consultas pré-natal, cesáreas, pré-termos e baixo peso ao nascer, por meio do software Microsoft Excel
                  365®. Resultados/discussão: Observou-se que mesmo com redução no número de mães adolescentes (1996: 21,7%; 2018:
                  13,2%) e aumento na proporção de mulheres com 7 ou mais consultas pré-natal (1996: 49,4%; 2018: 85,2%), ainda há uma
                  preocupação devido aos indicadores de proporção de cesárea (1996: 46,1%; 2018: 61,9%), crianças nascidas pré-termo
                  (1996: 4,3%; 2018: 10,5%) e com baixo peso (1996: 7,3%; 2018: 8,5%) terem aumentado no Paraná entre 1996 e 2018.
                  Ainda,  o  número  de  nascidos  vivos  obtidos  pelo  SINASC  é  superior  ao  do  Registro Civil  (acima de  100%).  Observou-se
                  boa qualidade do SINASC quanto à incompletude (<5%) e consistência, a razão entre sexo masculino e feminino esteve
                  próximo ou igual a 1,06, e o peso ao nascer - associada ao período de duração da gestação, na categoria “correto”, acima
                  de 95%. Conclusões: Observou-se que os parâmetros de qualidade cobertura, completitude e consistência das variáveis
                  do SINASC, no estado do Paraná, que já se apresentavam adequados e com boa qualidade, melhoraram ainda mais com o
                  passar dos anos. Reforçamos a importância de realizar constantemente o monitoramento das informações dos sistemas
                  de estatísticas vitais, tendo em vista sua importância no acompanhamento da situação de saúde, além de nortear políticas
                  públicas focadas na saúde materno-infantil.





                   MORTALIDADE INFANTIL: COMPARATIVO ENTRE O BRASIL, O ESTADO DO PARANÁ E A
                                                  CIDADE DE MATINHOS

                     Autores: NEIVA DE SOUZA DANIEL | Mariangela Cristina Henz, Vanessa Wosniak, Lauany da Silva D’avila,
                     Clóvis Wanzinack, Tainá Ribas Mélo. Instituição:  Universidade Federal do Paraná

                  PALAVRAS-CHAVE: Saúde da criança; Vigilância em saúde; Atenção à saúde
                  Introdução: A mortalidade infantil (MI) ainda é grande preocupação para a saúde pública, por serem mortes precoces, e
                  muitas vezes evitáveis. A MI é consequência de diversos fatores como os biológicos, sociais, culturais e de falhas nos serviços
                  de saúde. Objetivo: analisar as taxas de mortalidade infantil (TMI) no Brasil, estado do Paraná e cidade Matinhos, litoral
                  do Paraná, de 2010 a 2020. Métodos: estudo ecológico de tendência temporal sobre a TMI, dados obtidos do DATASUS
                  referentes aos nascidos vivos (NV) e óbitos infantis (menores de 1 ano), calculadas as TMI/mil NV, analisados e tabulados
                  por estatística descritiva. Resultados: observa-se diminuição na TMI no Brasil no período analisado, de (13,9) mortes a cada
                  mil NV em 2010 para (11,5) em 2020, o estado do Paraná segue a tendência nacional de queda na TMI, registrando (12,1)
                  em 2010 e em 2020 (9,3) mortes a cada mil NV. O município de Matinhos demonstrou TMI oscilante, registrou-se em 2011 e
                  2017, respectivamente (23,6) e (20,7) mortes para cada mil NV, valor superior a TMI estadual e nacional. Em 2012, 2015, 2016
                  e 2018 registrou-se menores TMI, abaixo de (10) mortes para cada mil NV. Em 2010, 2013, 2014, 2019 e 2020 registrou-se
                  taxas acima de (10) mortes para cada mil nascidos vivos, nesses anos os valores são superiores a TMI do estado do Paraná
                  e do Brasil. Conclusões: conclui-se que a TMI vem diminuindo no país e estado do Paraná, sem que essa mesma tendência
                  seja observada de forma constante em Matinhos possivelmente pelos valores oscilantes, alertando para o aumento da TMI
                  ocorrida no ano de 2020. A TMI é considerada grande preocupação para a saúde pública, taxas elevadas indicam grande
                  risco de um recém-nascido não completar seu primeiro ano de vida é preciso o seu monitoramento e a realização de ações
                  para melhorias no sistema de saúde.









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