Page 168 - ANAIS_6congresso_8Mostra
P. 168

EIXO 6   Vigilância em Saúde
                                                                                    TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE

                RASTREAMENTO DE FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A PREMATURIDADE EM CURITIBA - PR
                   Autores:  ARIANNY  DE  MACEDO  BRONDANI  |  Gabriel  Galvão Elbl,  Felipe  Bittarello, Loraine  de  Fatima Mendes,
                   Sérgio Aparecido Ignácio, Deborah Ribeiro Carvalho. Instituição:  Pontifícia Universidade Católica do Paraná
                PALAVRAS-CHAVE: Recém-Nascido Prematuro; Modelos Lineares; Cuidado Pré-Natal
                O Brasil apresenta dados com tendência crescente prematuridade, taxa de 11% em 2019, taxa de 11,31% em 2020 e em 2021
                a taxa de prematuridade aumenta para 12,19%. Em Curitiba - Paraná observa-se uma redução do número dos nascidos vivos e
                um aumento do número de prematuros. O objetivo deste estudo é identificar os fatores associados a gestação que contribuem
                para a  prematuridade. Trata-se de estudo transversal quantitativo,  com dados coletados  no Sistema de Informações sobre
                Nascidos Vivos (SINASC) do Município de Curitiba durante o período 2012 – 2017; as variáveis utilizadas foram: prematuridade
                (idade gestacional < 37 semanas); ano nascimento; idade, estado civil; escolaridade da mãe; sexo, gravidez única ou múltipla;
                número de consultas de pré-natal e quantidade de filhos nascidos mortos. A análise foi realizada no software SPSS, versão
                25.0, considerando as prevalências anuais, totais e por categorias. Também foi adotada a regressão linear generalizada pelos
                métodos:  a)  log  linear  de  Poisson:  razões  de  prevalência  de  prematuridade  com  intervalos  de  confiança  de  95%  (p<0,05),
                bivariada e ajustada pelo ano; b) associação entre prematuridade e característica maternas e da gravidez, controlada pelo ano
                do nascimento e modelo explicativo final com intervalos de confiança de 95% (p<0,05). A partir de 142.594 registros sobre
                nascidos vivos foram identificados 12.863 nascimentos prematuros. No modelo multivariado os fatores que contribuíram para a
                prematuridade foram: idade materna maior que 35 anos, escolaridade inferior a quatro anos, gestação do sexo masculino, tipo
                dupla ou mais (IC 95%: 7,35-8,07, p = 0,00), histórico de dois ou mais filhos nascidos mortos e sem acompanhamento de pré-natal
                (IC 95%, 3,17 – 4,43, p = 0,00). Ao analisar a regressão no método linear de Poisson evidenciado que os fatores que apresentaram
                significância para a prematuridade foram a idade superior a 35 anos, com nenhuma ou até três anos de escolaridade, gestação
                do sexo masculino, gestação dupla ou mais (IC 95%, 7,49 - 8,21, p=0,00) e sem acompanhamento gestacional. A situação conjugal
                não apresentou significância em nenhum modelo utilizado no estudo. O estudo evidenciou os fatores que contribuíram para
                a prematuridade no Município de Curitiba. Os resultados podem ser utilizados para o planejamento público e privado afim de
                reduzir a prematuridade, principalmente relacionado ao quantitativo de consultas de pré-natal.



                        USO DE ANTIMICROBIANO DURANTE A COVID-19 EM UM HOSPITAL PRIVADO
                                                NO NOROESTE DO PARANÁ

                   Autores: JESSICA CLEMENTINA WAISS | James Albiero, Gabrielle Rodrigues Munhoz. Instituição:  Universidade
                   Estadual De Maringá
                PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; SARS-CoV-2; Antimicrobianos na Pandemia.
                Introdução: A epidemia de SARC-CoV-2 causou uma catástrofe na organização de todos os serviços de saúde, gerando um
                grande aumento no consumo de antimicrobianos e possivelmente na resistência microbiana. Os sintomas clínicos da COVID-19
                grave e da sepse bacteriana ou fúngica podem ser indistinguíveis podendo causar uso excessivo dos antimicrobianos. Objetivo:
                Analisar as práticas de prescrições de antimicrobianos em pacientes com COVID-19. Métodos: A coleta de dados foi por meio
                do sistema eletrônico de um hospital de médio porte da região norte do Paraná, em que se avaliou o consumo em frascos
                dos antimicrobianos no período da epidemia de SARC-CoV-2 (01/01/2021-30/09/2021) (INTRA) e comparado com o período
                pré-pandemia  (01/01/2018-30/09/2018)  (PRE).  Resultados:  Comparando  a  quantidade  consumida  dos  07  antimicrobianos
                intravenosos com maior variabilidade, houve aumento destacado no uso da Azitromicina 500 mg (PRE: 926; INTRA: 3.540;
                Aumento: 382%), Claritromicina 500 mg (PRE: 74; INTRA: 1.367; Aumento: 1.847%) e Ceftriaxona (PRE: 4.875; INTRA: 13.693;
                Aumento: 280,9%). O uso aumentado desses agentes pode ser justificado pela ação contra as principais bactérias causadoras de
                pneumonia comunitária (Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella Catarrhalis, Legionella pneumophila,
                Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae), e o difícil diagnóstico diferencial na COVID. Houve também aumento no
                consumo dos antimicrobianos contra bactérias Gram-positivas oxacilina resistentes, como a Vancomicina 1000 mg (PRE: 446;
                INTRA: 2.815; Aumento: 631%) e Linezolida 600mg (PRE: 130; INTRA: 691; Aumento: 532%), que pode ser reflexo do agravamento
                dos casos e o longo tempo de internação propiciando a infecção por bactérias multirresistentes. Entretanto, de forma inversa,
                houve a redução no consumo de cefazolina 1g (PRE: 6.397; INTRA: 6.269; Redução: 33,29%), possivelmente justificado pela
                proibição dos procedimentos cirúrgicos eletivos no período INTRA avaliado, reduzindo seu uso porque é o antimicrobiano
                mais empregado nas profilaxias cirúrgicas. Conclusão: Os resultados apresentados demonstram consumo aumentado para
                a maioria dos antimicrobianos avaliados, favorecido possivelmente pela indisponibilidade de métodos diagnósticos para
                confirmar a presença de co-infecção bacteriana nos pacientes com COVID-19, como também a maior gravidade e tempo de
                internação, os quais levam aumento nos custos da assistência hospitalar e seleção de patógenos resistentes.



                                                           168
   163   164   165   166   167   168   169   170   171   172   173