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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                  PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO OPERACIONAL DOS PACIENTES DIAGNÓSTICOS
                                       PELA TUBERCULOSE NO ESTADO DO PARANÁ

                    Autores: PAOLA OBRELI BERSI | Mariane Cândido da Silva, Tainá Vier Bernardo, Edivaldo Cremer, Maria José
                    Quina Galdino, Alessandro Rolim Scholze. Instituição:  Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP

                 PALAVRAS-CHAVE: Tuberculose; Enfermagem; Saúde pública; Perfil epidemiológico; Atenção à saúde.
                 Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença respiratória infecciosa, causada pelo mycobacterium tuberculosis, sendo um
                 grave problema de saúde pública que afeta todo o mundo principalmente os países em desenvolvimento como o Brasil
                 (GIOSEFFI et al.,2022). Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e clínico operacional dos pacientes diagnósticos pela
                 tuberculose no Estado do Paraná. Método: Estudo ecológico desenvolvido nos 399 munícipios do Paraná. Para este estudo
                 foi considerado todos os casos notificados de TB na ficha de notificação do SINAN entre o período de 2008 a 2018. Os dados
                 foram analisados de forma descritiva por meio da frequência absoluta e relativa no SPSS versão 25. Este estudo foi aprovado
                 pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto sob o parecer número 3.836.401. Resultados/
                 discussão: Entre o período foram diagnosticados 29.498 casos de TB. Ao analisar as características sociodemográficas,
                 observa-se um predomínio do sexo masculino (n=20.278;68,7%), faixa etária de 30 a 59 anos (n=16.930;57,4%), raça/cor
                 branca (n=19.331;67,2%) e escolaridade do 5° e 8° ano incompletos (n=5.849;19,8%). Este estudo vem de encontro com a
                 literatura visto que, a caracterização sociodemográfica e os fatores sociais são considerados como um fator de risco para o
                 desenvolvimento da TB bem como, os piores desfechos (BASTOS et al.,2019). Referente ao perfil clínico operacional houve
                 uma maior prevalência de casos novos (n=24.965;84,6%), forma clínica pulmonar (n=24.117;81,8%), radiografia de tórax
                 suspeito (n=23.668;80,2%), cultura de escarro não realizado (n=18.667;63,3%), resultado negativo para HIV (n=21.741;73,7%),
                 não realizado histopatológico (n=23.954;81,2%), e situação de encerramento cura (n=21.586;73,2%) seguido por abandono
                 (n=2.455; 8,3%). As características clínicas analisadas revelaram o predomínio da forma clínica pulmonar da TB sendo a
                 mais  prevalente  na população, tendo  uma  importância epidemiológica  visto que  a transmissão  da  doença ocorre  por
                 inalação de gotículas de indivíduos com TB ativa (AGUIAR et al.,2021). Conclusão: Os dados evidenciados veem de encontro
                 com o restante dos Estados brasileiros. Neste sentido, este estudo contribui para o desenvolvimento de políticas públicas
                 direcionadas  para  atingir  as  metas  estipuladas  pela  OMS  bem  como,  ao  desenvolver  pesquisas  direcionadas  ao  perfil
                 epidemiológico da população é possível direcionar as estratégias de saúde para os indivíduos mais expostos.






                   PERFIL SOCIOECONÔMICO, ESTADO NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE INSEGURANÇA
                            ALIMENTAR EM GRADUANDOS QUE RECEBEM O AUXÍLIO-REFEIÇÃO

                    Autores: ÉRIKA TANAKA SUZUKI | Doroteia Aparecida Höfelmann. Instituição:  Universidade Federal do Paraná
                 PALAVRAS-CHAVE: insegurança alimentar, estudante, universidade, estado nutricional
                 A prevalência de insegurança alimentar (IA) na população brasileira tem aumentado desde 2015, impulsionada
                 principalmente pela crise econômica presente no país. Descrita como um dos eixos de desenvolvimento do Programa
                 Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), a alimentação no âmbito universitário visa assegurar a permanência e a
                 melhoria no desempenho acadêmico. O objetivo do estudo foi descrever o perfil socioeconômico, o estado nutricional, e a
                 insegurança alimentar entre graduandos que recebem o auxílio-refeição. Foi um estudo de delineamento transversal e o
                 convite para participar do inquérito online foi enviado por e-mail para todos os graduandos que recebiam auxílio-refeição
                 de uma universidade pública do Paraná. A coleta de dados foi realizada nos meses de março e abril de 2022, por meio de
                 um questionário online com questões sobre as características socioeconômicas, estatura, peso e insegurança alimentar,
                 sendo esta última investigada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Participaram do estudo um total 395
                 graduandos, dos quais 68,1% eram mulheres, 59,5% brancos e 38% pretos ou pardos. Relataram viver com renda familiar
                 per capita menor que 1 salário-mínimo 58,5% dos participantes. Verificou-se também que 48,6% das mães e 50,3% dos pais
                 dos alunos possuíam formação menor ou igual ao fundamental completo e que apenas 14,9% e 12,9%, respectivamente,
                 possuíam o ensino superior completo. A classificação segundo o índice de massa corporal (IMC) mostrou que 7,1% dos
                 alunos estavam com baixo peso, 58,5% com peso adequado e 34,4% com peso elevado. Os resultados indicaram que mais de
                 2/3 dessa população se encontrava em algum nível de insegurança alimentar: 33,7% em insegurança alimentar leve, 18,9%
                 em insegurança alimentar moderada e 21,7% em insegurança alimentar grave. Os resultados reforçam a vulnerabilidade
                 socioeconômica dos participantes. Destaca-se a alta prevalência de baixo peso e de IA, especialmente a IA grave, entre os
                 graduandos que recebem o auxílio-refeição, o que ressalta necessidade de um olhar mais atento à essa população.




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