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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                  MANUTENÇÃO DA IMUNOGENICIDADE COM O USO DA VACINA CORONAVAC E OXFORD-
                                               ASTRAZENECA APÓS 2ª DOSE

                   Autores: LETÍCIA AUGUSTA LINS MACHADO  | Ricardo Castanho Moreira, Camila Aparecida da Silva Pereira,
                   Fernanda Prado Marinho, Gabriel Henrique Gonzaga Stechi. Instituição:  Universidade Estadual do Norte do
                   Paraná
                PALAVRAS-CHAVE: Covid-19; relações comunidade-instituição; indicadores de Saúde.
                Introdução: O objetivo do presente trabalho é verificar a duração da detecção de anticorpos contra Covid-19 após a vacinação.
                Metodologia:  Desenho  do  estudo  Trata-se  de  uma  pesquisa  observacional,  com  delineamento  longitudinal.  População,
                amostra e amostragem A população do estudo é composta por 60 pessoas na proporção 1:1. Divididos conforme a vacina
                recebida. Critérios de inclusão: ter maioridade; residir no município sede da pesquisa; ter recebido a segunda dose da
                vacina contra Covid-19 a pelo menos 14 dias. E os critérios de exclusão foram: cardiopatas, pneumopatas, imunodeprimidos;
                doentes  renais  em  estágios  avançados;  Diabetes  mellitus  e  gestantes.  O  recrutamento  dos  participantes  foi  voluntário  e
                assegurado que a recusa em participar não implicaria em prejuízo. Variáveis do estudo e procedimento de coleta de dados A
                variável de desfecho é a imunogenicidade, verificada a partir de anticorpos presentes na amostra biológica. Utilizando o teste
                OnSite®? CTK Biotech, dispondo os testes em superfície plana com boa iluminação. Análises Os dados foram digitados na
                planilha do software Excel®?. Aspectos éticos foi apreciada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (Certificado
                de  Apresentação  de  Apreciação  Ética  -  CAAE  37319020.5.0000.8123)  e  obteve  parecer  favorável  (Parecer  nº  4.283.523).
                Resultados: A soroprevalência de anticorpos contra a Covid-19 após 6 meses da 2ª dose da vacina anticovídica foi de 66,7%
                para os indivíduos que receberam a vacina Coronavac e de 96,5% para os indivíduos que receberam a vacina Astrazeneca,
                sendo esta, com razão de prevalência de 1,45 havendo um participante que não realizou o teste. Conclusões: O estudo
                confirmou a capacidade das vacinas em induzir a produção de anticorpos e o ótimo desempenho do teste para detectá-los.
                Ressalta-se a importância do reforço das vacinas pois é visto uma queda na imunização após 6 meses. Agradecimentos:
                agradecemos às empresas CTK Biotech e Bio Advanced Diagnósticos pelas doações dos testes rápidos, a Nádia Aparecida
                Costa e ao Vasco Liberal pelo treinamento, à Fundação Araucária pela bolsa de iniciação científica e à UENP.







                      MORTALIDADE DE GESTANTES POR COVID-19 NO MUNICÍPIO DE LONDRINA – PR

                   Autores: MARSELLE NOBRE DE CARVALHO | Priscila Colmiran. Instituição:  SMS Londrina; UEL
                PALAVRAS-CHAVE: Saúde da Mulher; Mortalidade Materna; Pandemia
                A COVID-19 é uma doença infecciosa, causada pelo vírus SARS-CoV-2, um novo tipo de coronavírus que se relaciona a quadros
                de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo particularmente preocupante em crianças, idosos e gestantes. Depois
                de quase uma década com taxas inferiores a 30 mortes por 100 mil nascidos vivos, o Brasil voltou a piorar neste indicador
                mesmo antes da pandemia e ultrapassou a meta estabelecida internacionalmente em função da pandemia. De acordo com
                o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, o Brasil desde o início da pandemia, morreram aproximadamente 2 mil
                gestantes por SRAG associada a COVID-19, sendo 37,7% no 3o trimestre da gestação. Só em 2021, a taxa foi de 107 mortes por
                100 mil nascidos vivos. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo analisar os óbitos maternos por COVID-19 registrados
                nos anos de 2020 e 2021 no município de Londrina – PR. Em Londrina, entre 2015 e 2019, o número de mortes maternas caiu
                de 4 para 3, o que significou redução da taxa de mortalidade materna de 54,31 a 43,43 por 100 mil nascidos vivos. Já em 2020,
                esta taxa atingiu 109,03 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos, o que provavelmente resultou da exposição ao novo
                coronavírus. O biênio 2019 - 2020, o município registrou 75,5 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com as notificações
                de SRAG por COVID-19, a maioria das gestantes internadas estavam no 3º trimestre, eram autodeclaradas brancas, com
                ensino superior, da zona urbana, sem co-morbidades e com sintomas de febre, dispneia e desconforto respiratório. Não há
                registro de óbito por COVID-19 em 2020, embora a taxa de mortalidade materna tenha sido de 109,03 mortes por 100 mil
                nascidos vivos. Já em 2021 foram 11 mortes de gestantes, sendo 08 confirmadas por COVID-19, com idade acima de 35 anos
                e internação em UTI. De modo geral, pode-se concluir que a pandemia da COVID-19 agravou a mortalidade materna em
                Londrina, que já apresentava em 2019 valores acima dos pactuados internacionalmente e seguia em ascensão. Recomenda-
                se a investigação detalhada dos óbitos e quase óbitos (near miss) de gestantes no contexto da pandemia afim de avaliar se
                ocorreram em função da infecção ou falha em um ou mais fatores relacionados ao pré-natal. Além disso, é muito importante
                incentivar a vacinação das gestantes para evitar quadros graves e internações pela COVID-19.




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