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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                         ADOLESCENTES VIVENDO COM HIV NO ESTADO DO PARANÁ: 2010 A 2019
                   Autores: FABIANE PUERARI DA SILVA CAMATTI | Douglas Fernando Dias, Flavia Meneguetti Pieri, Rosane Meire
                   Munhak da Silva, Adriana Zilly. Instituição:  Universidade Estadual do Oeste do Paraná
                PALAVRAS-CHAVE: Adolescentes; Infecção por HIV; Análise Espacial.
                Introdução: a importância de retornar ao assunto das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do Vírus da Imunodeficiência
                Humana (HIV) entre todas as faixas etárias se faz urgente devido à ampliação do número de pessoas infectadas, sobretudo
                entre adolescentes de 15 a 19 anos. Objetivo: identificar o perfil sociodemográfico dos adolescentes vivendo com HIV no estado
                do Paraná (PR). Método: estudo de caráter ecológico, retrospectivo com abordagem quantitativa. A população foi composta
                por todos os adolescentes, com idade de 13 (treze) a 18 (dezoito) anos, vivendo com HIV notificados no Sistema de Informação
                de Agravos de Notificação (SINAN) do estado do PR, no período de 2010-2019. CAAE: 00603718.6.0000.5231. Resultados e
                Discussão: O estudo identificou que, dos 1.208 adolescentes vivendo com HIV no PR, mais da metade concentrava-se na
                faixa etária entre 17 e 18 anos (24,7% e 44,8%, respectivamente) e declararam-se da raça/cor branca (71,8%). Do total, 55,0%
                do sexo masculino e 45,0% feminino, 28,1% não concluíram o Ensino Fundamental e apenas 200 deles (16,5%) concluíram
                o Ensino Médio. Observou-se que a maioria dos casos ocorreu por relação sexual entre indivíduos heterossexuais (47,8%),
                seguido pelas relações homossexuais (32,9%), transmissão perinatal (5,6%), bissexuais (5,4%) e usuários de drogas (2,1%).
                Quanto à disposição territorial, identifica-se que a segunda Regional de Saúde de Curitiba apresenta o maior número de casos
                (566 - 47,2%), pertencente a Região Macro Leste do estado. Ainda, observa-se que cada Região Macro possui um município
                de destaque: Região Macro Noroeste com a cidade de Maringá, Cascavel representando a Região Macro Oeste e Londrina
                destacando a Regional Macro Norte. Juntos, os três municípios somam 230 (19,2%) dos casos. Conclusões: o vírus do HIV entre
                adolescentes no estado do PR é uma realidade que requer atenção, informação e ações preventivas para reduzir o contágio.
                Considerando que a faixa etária selecionada para este estudo é escolar, sugere-se estratégias para melhorar a educação em
                saúde no ambiente escolar, tendo em vista o aperfeiçoando de técnicas de ensino por parte dos professores e possibilitando
                mais informações para aumentar a conscientização deste segmento populacional.





                MORTALIDADE POR CÂNCER DA CAVIDADE ORAL EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA NO NORTE
                                        DO PARANÁ, NO PERÍODO DE 2005 A 2010

                   Autores: JULIANA MARIANO MASSUIA VIZOTO | Patrícia Costa Oliveira, Hélio Junji Shimozako, Vanessa Schulz
                   Martins, Berenice Tomoko Tatibana. Instituição:  Instituto Federal do Paraná - IFPR
                PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade; Câncer da cavidade oral; letalidade.
                Introdução: O câncer de boca é caracterizado por alta prevalência, mortalidade e baixa sobrevida. Neste estudo, avaliamos
                o perfil epidemiológico de pacientes com câncer bucal, diagnosticados em um hospital de referência no norte do Estado do
                Paraná. Objetivos: Descrever a mortalidade por câncer da cavidade oral em um hospital referência em pacientes atendidos
                e acompanhados no período de 2005 a 2010. Métodos: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo, construído por meio
                de dados obtidos entre janeiro de 2005 e dezembro de 2010 do Hospital de Câncer de Londrina (HCL). Para coleta de dados,
                foram utilizados os prontuários dos pacientes diagnosticados com a condição. O desfecho foi o óbito pós diagnóstico de câncer
                bucal. O tempo de seguimento foi o período entre a data do diagnóstico até a data do óbito e para os casos censurados (não
                óbitos), foi a data da última informação. Para a análise descritiva utilizou-se a distribuição de frequência absoluta e relativa,
                ao passo que para a análise bivariada foi utilizado o teste de qui-quadrado por regressão logística. As análises estatísticas
                dos dados foram desenvolvidas em linguagem R por meio do interpretador R Studio, versão 1.4.1717. O presente estudo
                foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) sob o parecer 1.965.771 (CAAE:
                64067317.0.0000.0108) e autorizado pela gestão do HCL. Resultados: A taxa de letalidade de câncer bucal para os pacientes do
                hospital no período analisado foi de 49,4%. Dos 326 pacientes com diagnóstico de câncer bucal entre 2005 e 2010, apenas 22,4%
                pacientes seguiram com vida e 28,2% foram perdidos no período analisado. A maioria dos pacientes que faleceram eram do
                sexo masculino, da cor branca, com nível de escolaridade até o nível fundamental e trabalhadores braçais expostos à radiação
                solar. Foi verificado, também, que a maioria era tabagista e etilista. Quase que a totalidade dos pacientes que faleceram
                receberam o diagnóstico inicial de CEC (98%) e a localização anatômica do tumor mais frequente para esse grupo foi a língua
                (42%), seguida pelo soalho bucal (16%) e palato mole (12%). A respeito do tipo de tratamento, 45% passou pela radioterapia,
                37% recebeu quimioterapia associada à radioterapia e 28,5% foram submetidos à intervenção cirúrgica.  Conclusões:  Os
                resultados mostraram uma elevada taxa de letalidade, nesses indivíduos, pós diagnóstico de câncer de cavidade oral.




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