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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                  ANÁLISE E LEVANTAMENTO DESCRITIVO DOS IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS NA SAÚDE
                 DOS AGENTES DE CONTROLE DE ENDEMIAS, AGRICULTORES, FAMILIARES E AMBIENTE NO
                                            MUNICÍPIO DE MARIALVA, PARANÁ

                   Autores: RAIMUNDO DE CARVALHO FRANCO REIS FILHO | José Ozinaldo Alves de Sena, Greyci César do Amaral.
                   Instituição:  Secretaria De Estado Da Saúde Do Paraná - 15 Regional De Saúde Maringá

                PALAVRAS-CHAVE: Contaminação; Intoxicação; Proteção À Saúde.
                Resumo: O município de Marialva, Estado do Paraná, ainda depende, em termos econômicos, do agronegócio e do cultivo
                de videiras para produção das uvas finas, cultivadas no modelo convencional de produção. O uso intensivo, exacerbado dos
                agrotóxicos oriundos do agronegócio e da monocultura familiar, contribuiu para ocorrência de sérios impactos ambientais
                e na saúde da população. As intoxicações agudas, crônicas e doenças associadas aos agrotóxicos tornaram-se prevalentes
                no território, resultando em sequelas e mortes. Nesse contexto, o estudo buscou diagnosticar de forma descritiva os
                impactos dos agrotóxicos relacionados à saúde do trabalhador e ambiente. A partir da pesquisa de campo, análises físico-
                químicas da água tratada de consumo humano no município. O Público-alvo do estudo foram os trabalhadores agentes
                de saúde municipais que manuseiam os agrotóxicos, e trabalhadores rurais que tinham como principal atividade laboral
                a agricultura, monocultura familiar e que de alguma forma, apresentassem sintomas de intoxicações exógenas com nexo
                causal  possivelmente  relacionados  aos  agrotóxicos.  Os  dados  foram  coletados  no  segundo  semestre  de  2020  e  primeiro
                semestre de 2021, utilizando-se de entrevistas pré-elaboradas. Foram entrevistados agricultores familiares dos distritos rurais
                Marialva, totalizando 125 produtores e familiares entrevistados. Esta amostragem correspondeu a 8% do total de produtores,
                famílias dos distritos rurais no município e 20 profissionais de saúde. Realizou-se análises físico-químicas da água de consumo
                humano desses distritos e regiões urbanas. Realizamos análises multivariadas dos dados, que em um segundo momento, após
                conclusão da pesquisa que podem se converter na produção de gráficos de calor. Evidenciou-se com a pesquisa dimensionar
                os riscos no uso dos agroquímicos tóxicos, estabelecer uma correlação entre uso desses insumos com as intoxicações agudas,
                crônicas e doenças prevalentes. A fim de propor mudanças na política pública municipal para mitigar os impactos ao ambiente
                e à saúde da população no município, após conclusão da pesquisa. Priorizou-se contribuir de forma significativa para melhorias
                nas notificações exógenas por agrotóxicos a fim de ampliar o nexo causal, principalmente, a realização de ações de promoção,
                prevenção e proteção à saúde do trabalhador e ambiente. Tivemos como premissa o fator de precaução, na busca de impedir
                que os trabalhadores viessem a ser diagnosticados na fase crônica das intoxicações.




                  LIMITAÇÃO DO ESTADO FUNCIONAL DE PESSOAS COM DIAGNÓSTICO DE COVID-19 NÃO
                                     HOSPITALIZADAS APÓS UM ANO DE SEGUIMENTO
                AUTORES: Giovana Rafaela Pontes da Silva | Larissa Laskovski, Michelle Moreira Abujamra Fillis, Josiane Marques Felcar,
                Celita Salmaso Trelha. Instituição:  Universidade Estadual de Londrina
                PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; SARS-CoV-2; Estado funcional
                Introdução:  Algumas pessoas experimentam sintomas persistentes e incapacitantes por duração indeterminada após a
                COVID-19 aguda, mesmo aquelas que não foram hospitalizadas.  Objetivo:  Analisar o estado funcional e fatores de risco
                associados de pessoas que tiveram a infecção por SARS-CoV-2 e não foram hospitalizadas, após 30 dias e após um ano do
                diagnóstico de COVID-19. Método: Trata-se de estudo observacional prospectivo que teve autorização da Secretaria Municipal
                de Saúde e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os  participantes foram indivíduos residentes em Londrina, com
                diagnóstico de COVID-19, com idade maior ou igual a 18 anos. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário
                (Google Forms) pelo aplicativo de conversa (WhatsApp) após 30 dias e um ano do diagnóstico da doença e consistiu em dados
                sociodemográficos, sintomas persistentes e a Escala de Estado Funcional Pós-COVID-19 (PCFS). Além da análise descritiva, foi
                realizada análise estatística uni e multivariada. Resultados/discussão: De 140 indivíduos analisados, 102 (68%) eram do sexo
                feminino com mediana de idade de 35,5 (27-46) anos. Quanto ao estado funcional após um ano do diagnóstico, 40,7% relataram
                alguma limitação, sendo 38,6% muito leve ou leve e 2,1% moderada. Verificou-se associação univariada entre presença de
                limitação no estado funcional com o sexo feminino, diagnóstico de ansiedade e depressão, presença de sintomas persistentes
                após um ano, fadiga e dispneia. Na análise multivariada, as variáveis preditoras para limitação de estado funcional foram:
                sexo feminino, diagnóstico de ansiedade/depressão, presença de pelo menos um sintoma persistente e fadiga após um ano
                do diagnóstico da COVID -19. Conclusões: Após um ano da doença, indivíduos acometidos pela COVID-19 não hospitalizados
                apresentavam limitação no estado funcional. Os fatores de risco associados à essa limitação foram: sexo feminino, presença
                de fadiga, ansiedade e depressão e ao menos um sintoma persistente após um ano do diagnóstico da COVID-19.




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