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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                    IMPACTOS DA ANSIEDADE NA PRIMEIRA ONDA DA PANDEMIA COVID-19 NO BRASIL
                   Autores: GUILHERME HENRIQUE RODRIGUES PINTO | Juliana Lopes de Macedo, Lucas Pitrez Mocellin, Marilyn
                   Urrutia-Pereira, Laissa Santana de Jesus. Instituição:  Universidade Federal do Pampa
                PALAVRAS-CHAVE: Ansiedade; Fatores de Risco; COVID-19
                O Brasil se tornou um dos principais países afligidos com gravidade pela COVID-19. Logo, nosso objetivo foi compreender os
                impactos psicológicos, especialmente aqueles relacionados ao aumento de sintomas de ansiedade relacionados à pandemia
                na população brasileira. Foi desenvolvido um estudo transversal, caracterizado como um websurvey, entre abril e junho de
                2020. Foram coletados dados demográficos, econômicos, estilo de vida, conhecimento relacionado a COVID-19, e a ansiedade,
                averiguada através de sete perguntas, com cada uma variando entre 0 a 3 pontos, sendo a variação de 0 a 21, no qual nível
                de ansiedade era mínimo (0-4), leve (5-9), moderado (10-14) e severo (15-21), que são do instrumento Generalized Anxiety
                Disorder-7 items Scale - GAD-7. Com isso, na pesquisa para um indivíduo ser classificado com sintomas ansiosos, teria que
                estar na faixa de moderado ou severo. Foi realizada uma análise descritiva dos dados e um modelo de regressão logística
                a fim de avaliar os fatores associados ao desfecho ansiedade. Um total de 1270 pessoas participaram da pesquisa, na qual
                a prevalência de sintomas ansiosos do público foi 31.8%. Verificou-se que entre os principais fatores de risco para o agravo
                referido estão o medo da COVID-19, idade entre 18 a 24, morar sozinho ou com familiares, número de cômodos por residente,
                qualidade do sono ruim, menor renda, estudante e profissional da educação ou da saúde. Esses fatores caracterizam-se como
                determinantes sociais de saúde, no qual as condições de vida e trabalho e os seus fatores sociais, econômicos, culturais,
                étnico-raciais,  psicológicos  e  comportamentais  influenciam  nos  processos  de  adoecimento.  Desse  modo,  a  pandemia
                fragilizou de forma repentina as condições de saúde da população. Com isso, a ansiedade pairou sobre esses indivíduos, visto
                que não conseguiam ter uma esperança de melhora tanto a curto prazo como no longo prazo para sua situação. Além disso,
                essas pessoas poderiam ter um escape desse pensamento por estarem ocupados com seus afazeres cotidianos, tais como o
                estudo, trabalho e relações presenciais com sua rede de apoio, a qual foi abruptamente cerceada por medidas de contenção
                da disseminação da COVID-19. Desse modo, os achados do estudo demonstram um aumento desse transtorno no período
                da pandemia, assim como a identificação de seus fatores de risco. Com base nisso, recomenda-se a elaboração de políticas
                públicas voltadas para aplacar os danos associados à saúde mental decorrentes da pandemia.




                 PERFIL DE ENCAMINHAMENTOS A FISIOTERAPIA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO
                                            MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA – PR
                   Autores: ANNA FLÁVIA DE FREITAS LOIOLA | Instituição:  Universidade Estadual Do Centro Oeste - Unicentro

                PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia; Atenção Primária à Saúde; Necessidades de Atenção à Saúde;
                Introdução: A fisioterapia é uma ciência que visa à prevenção e o tratamento de distúrbios cinético-funcionais em órgãos e
                sistemas do corpo humano, sendo suas atribuições convenientes a todas as esferas da atenção em saúde: primária, secundária
                e terciária. Sua efetivação na atenção primária à saúde se deu a partir da publicação da Portaria no 154/2008, pelo Ministério
                da Saúde, que instituiu o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), e incluiu o fisioterapeuta como
                um dos profissionais aptos a compor a equipe, desempenhando a função geral de matriciamento, e funções mais específicas
                como avaliação, diagnóstico e prescrição de serviços fisioterapêuticos e atenção domiciliar aos usuários restritos ao domicílio.
                Objetivo: Verificar o perfil dos encaminhamentos médico recebidos por uma fisioterapeuta residente em atenção primária,
                em uma Unidade Básica de Saúde do município de Guarapuava – PR. Método: Estudo com abordagem quantitativa, sendo
                realizada  estatística  descritiva  das  guias  de  solicitação  para  fisioterapia  entre  os  anos  de  2021/2022.  Resultados:  Foram
                recebidos 113 encaminhamentos para fisioterapia, dentre os quais 70 (62%) eram de mulheres, e 43 (38%) eram de homens.
                A média de idade foi de 43 anos, o usuário mais novo possuía quatro anos e o mais velho 86. Dentre as motivações para a
                solicitação de fisioterapia, a maior frequência se deu aos distúrbios da coluna lombar (16), seguidos pelos casos de fratura
                em algum seguimento do corpo (12), tendinopatias de membro superior (11), cervicalgia (11), pós Covid-19 (10), pós acidente
                vascular encefálico (9), artralgia e osteoartrose (7), casos de pós operatório imediato (6) e atendimentos de órtese e prótese
                (4).  Em  relação  à  classificação  de  risco  dos  encaminhamentos,  52  não  possuíam  especificação,  42  eram  considerados  de
                baixo risco na fila de espera e 11 de médio risco. Quanto ao desfecho do encaminhamento desses usuários, 93 (82,3%) deles
                ficaram sob responsabilidade da fisioterapeuta residente, onde 73 foram atendidos na própria unidade básica de saúde e
                20 foram acompanhados de forma domiciliar. Os 20 usuários restantes foram redirecionados à atenção secundária para
                realizar seu tratamento em clínica especializada. Conclusão: O público feminino foi o principal requerente de atendimento
                fisioterapêutico. Houve predomínio das condições musculoesqueléticas, com destaque aos distúrbios de coluna vertebral.




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