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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                TENDÊNCIA TEMPORAL E FATORES ASSOCIADOS A PREMATURIDADE EM SÉRIE HISTÓRICA DE
                                            NASCIDOS VIVOS DE CURITIBA - PR

                  Autores:  GABRIEL  GALVÃO  ELBL |  Arianny  de  Macedo  Brondani,  Deborah  Ribeiro  Carvalho, Sérgio  Aparecido
                  Ignácio, Samuel Jorge Moysés, Márcia Helena Baldani. Instituição:  Universidade Estadual de Ponta Grossa

               PALAVRAS-CHAVE: Estudos de Séries Temporais; Recém-Nascido Prematuro; Prevalência
               O cuidado com a saúde materno-infantil é uma estratégia chave para o combate às iniquidades em saúde, e deve constituir
               prioridade em políticas de saúde pública e de proteção social. No Brasil, o Ministério da Saúde considera como prematura a
               criança nascida com menos de 37 semanas de gestação. Em Curitiba, a Rede Mãe Curitibana Vale a Vida foi implantada em 1999,
               buscando ampliar o cuidado às gestantes e crianças. Esse estudo teve por objetivo analisar fatores associados à prematuridade
               em uma série histórica de nascidos vivos no município de Curitiba – PR, identificando desigualdades na tendência de nascimentos
               prematuros. Foram utilizados dados coletados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) para o período 2000
               – 2017, sendo as variáveis: sexo da criança, idade, escolaridade e estado civil da mãe, idade gestacional no parto, gestação
               única ou múltipla e número de consultas de pré-natal. Os dados foram analisados com o software SPSS, versão 25.0. Foram
               obtidas as prevalências anuais de prematuridade, total e por categorias das variáveis. As análises utilizaram regressão linear
               generalizada pelos métodos: a) log linear de Poisson: razões de prevalência de prematuridade com intervalos de confiança
               de 95% (p<0,05), bivariada e ajustada pelo ano; b) Prais-Winsten: análise de tendência, sendo que as variações anuais foram
               verificadas pela análise do coeficiente de regressão, com intervalos de confiança de 95% (p<0,05). Um total de 447318 nascidos
               vivos (99,4% dos registros) tinham informação sobre idade gestacional. A prevalência de prematuridade no período foi de 7,5%,
               com tendência crescente e variação anual de 2,6% (p<0,001). Maiores prevalências foram verificadas entre os recém-natos do
               sexo masculino, gestações múltiplas, de mães com mais de 35 anos de idade, muito baixa escolaridade e que tiveram menos
               que 6 ou nenhuma consulta de pré-natal. Foram identificadas desigualdades nas tendências. Exceto para as mães que não
               passaram por consultas de pré-natal, que tiveram prevalência elevada (25,5%) e estável de prematuridade, as categorias das
               demais variáveis mostraram crescimento, sendo que a variação anual foi maior entre as mães com nenhum até 3 anos de
               estudo: 6,2% (p<0,001). Houve aumento nos nascimentos prematuros registrados no SINASC e associação com as condições
               sociodemográficas e o pré-natal. Destaca-se a importância do acesso e a identificação de fatores desfavoráveis no pré-natal,
               com atenção às gestantes mais vulneráveis.





                 (RE)VACINAR É PRECISO: A RELEVÂNCIA DA DOSE DE REFORÇO NO PERFIL DE ÓBITOS POR
                              COVID-19 DA 17ª REGIONAL DE SAÚDE - LONDRINA/PR EM 2022

                  Autores: FELIPE ASSAN REMONDI | Juliana Cardoso da Silva Bigonha, Willian Herbert Nogutti de Lima, Luciana
                  Guazzi Sipolli, Gisele Negrao Paes, Glauci Regina Morimoto. Instituição:  17ª Regional de Saúde - Secretaria de
                  Estado da Saúde
               PALAVRAS-CHAVE: Vacinação; COVID-19; Mortalidade
               A vacinação contra a COVID-19 representa um marco no enfrentamento da doença, com expressiva redução do número de casos
               graves e óbitos. Desde setembro de 2021 têm sido recomendadas a aplicação de doses de reforço. Em que pese, mais de 90%
               da população paranaense já tenha concluído o esquema primário, houve estagnação no ritmo de aplicação das doses de reforço
               dada a crescente hesitação e recusa vacinal, com consequente impacto sob o número de casos graves e óbitos pela doença. O
               objetivo do trabalho foi analisar a situação vacinal dos óbitos por COVID-19 ocorridos na 17ª Regional de Saúde - Londrina/PR
               no ano de 2022. Foi realizado um estudo transversal a partir dos óbitos notificados no sistema SIVEP-Gripe de 01 de janeiro a 31
               de maio de 2022 nos municípios da 17ª Regional de Saúde, com o relacionamento determinístico com o sistema Si-PNI COVID
               para definição da situação vacinal. Os óbitos foram caracterizados segundo faixa etária, sexo, local de residência, número de
               comorbidades e doses contra a COVID-19 recebidas. Foram realizadas analises descritivas de frequência e mediana. De 01 de
               janeiro a 31 de maio de 2022, a 17ª RS teve a notificação de 976 internações por COVID-19, sendo registrados 282 (29%) óbitos.
               Houve predominância do sexo masculino (53%), da faixa etária de 80 a 89 anos (31%). A mediana de idade foi de 78 (11 a 105)
               anos. Apenas 9% dos óbitos não possuíam nenhum tipo de comorbidade, sendo a mediana de 2 (0 a 6) condições por óbito. O
               tempo mediano do início dos sintomas até a internação foi de 15 dias e o de internação de 17 dias. Em relação a situação vacinal,
               20% (n=57) não haviam tomado ou tomado apenas uma dose e 53% (n=149) haviam recebido apenas o esquema primário
               (D1+D2), completos em média a 267 dias do óbito, ou seja, 73% dos óbitos não haviam recebido a dose de reforço. Dos 75 (27%)
               óbitos que receberam a dose de reforço, a média de tempo de aplicação foi de 26 dias. O perfil de óbitos permanece semelhante,
               com maior concentração de idosos e de pessoas com comorbidades. Nesse novo cenário, o estudo evidencia a importância não
               só da completude do esquema vacinal primário, mas também da aplicação dos reforços visando manter a proteção individual e
               coletiva contra a COVID-19. Apesar de não se tratar de um estudo analítico, as doses de reforço desempenham papel fundamental
               na diminuição dos óbitos e tal informação precisa ser disseminada para a população em geral.




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